segunda-feira, 3 de junho de 2013

Em vão...




Em vão estendo os braços para ela, de manhã, ao despertar de um penoso sonho, em vão, de noite, a procuro a meu lado, quando um devaneio feliz e puro me iludiu, quando jugava estar junto dela na campina, e lhe pegava na mão e a cobria de mil beijos. Ah!, quando, ainda meio estonteado de sono, a procuro e a seguir desperto, uma torrente de lágrimas brota do meu coração, e choro, desolado com o sombrio futuro que vejo na minha frente. 

GOETHE, J. W., Werther, Editorial Verbo, Lisboa, s.d., p.78.

Sem comentários: