quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A flor na Selva

Estendeu o braço e apanhou a flor. Quanto valeria aquilo em Portugal! E a mata estava cheiinha delas! Eram orquídeas preciosas, de recorte singular e surpreendentes cores, cactáleas de pétalas tersas de lírio, que tinham algo de sexo virgem e fascinavam como uma ilusão. Parasitárias, as raízes que lhe davam vida prendiam-se, como tentáculos, a caules de seiva rica e nunca mais desfaziam o abraço. E o drama não era único. Metade da selva vivia da outra metade, como se a terra não bastasse para o império vegetal e fosse necessário sugar as árvores que chegaram primeiro. Não havia ramagem que não alimentasse, com o próprio sangue, o seu parasita – as grinaldas estranhas que a envolviam. O apuizeiro, de vasta bibliografia, levava mais longe o despotismo: a princípio, era semente anónima caída sobre uma forquilha; depois, raiz bamboleante e humilde, procurando a medo o chão distante; e por fim devorava toda a árvore, até ficar sozinho. Na sua mudez, aquele mundo vegetal tinha cruéis egoísmos, ferocidades insuspeitadas e tiranias inconfessáveis. Viver! Viver, à sua custa ou à custa de outrem, era a ânsia de todo o rami, de toda a folha, por mais despersonalizados que se apresentassem aos olhos de quem os via.



Com a cactálea na mão, Alberto contemplou, um instante, a sua blusa de riscado. Ao tinha botoeira; seria acto grotesco prendê-la ali. E, contudo, se a houvesse adquirido outrora, numa florista do Chiado, subiria a rua envaidecidamente, alegre por ostentar a flor exótica. A recordação da cidade longínqua, panóplia dos troféus da sua juventude, de novo o entristeceu. (…) Atirou-a finalmente à água. E ela quedou-se a flutuar, as pétalas abertas, a haste mergulhada – uma estrela acendia na superfície negra.

CASTRO, Ferreira de, A Selva, Lisboa, 38.ª edição, Guimarães Editores Lda., 1991, p.p.130-131.

domingo, 28 de outubro de 2012

Rua Diogo Cão






Évora 
 
Diogo Cão foi um navegador português do século XV que possivelmente nasceu na Freguesia de Sá, concelho de Monção, ou na região de Vila Real, ou até em Évora, em data desconhecida, pois somente a realeza fazia registos concretos da data de nascimento e falecimento.
 
Escudeiro e depois Cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique, enviado por D. João II de Portugal, realizou duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486. Chegou à foz do Zaire e avançou pelo interior do rio, tendo deixado uma inscrição comprovando a sua chegada às cataratas de Ielala, perto de Matadi. Ao chegar à foz do rio Zaire, Diogo Cão julgou ter alcançado o ponto mais a sul do continente africano (Cabo da Boa Esperança), que na verdade foi dobrado por Bartolomeu Dias pouco tempo depois, e ao qual inicialmente chamara Cabo das Tormentas.
 
FONTE: WIKIPÉDIA.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Rua Romão Ramalho















 
Em Évora, a Rua Romão Ramalho, era a antiga cadeia mas que passou a homenagear  o nome de Romão do Patrocínio Ramalho, veterinário, intentende de pecuária, foi dramaturgo e jornalista.
 
Nascido em Portalegre em 1871 e falecido em Évora em 1909, cidade onde frequentou o liceu. Pertenceu  a uma comissão para estudo bacterológico nas doenças do gado bovino nos distritos do Alentejo, Leiria, Castelo Branco e Bragança.
Em 1906 foi convidado por Miguel Bombarda como delegado do Congresso Internacional de Medicina.
 
Cultivava com grande paixão a arte de Moliére, tendo escrito as peças de teatro "Mentiras", "O avô João" e "O colega".
 
Na imprensa trabalhou no Notícias d'Évora.
 
Citado de: MONTE, Gil do, Dicionário histórico e biográfico de artistas amadores e técnicos radicados em Évora, Évora, 1976.

Beco de Alconchel






A cidade de Évora é cheia de pequenos becos, como este ao lado da rua Serpa Pinto, recordando o seu antigo nome, que ainda é lembrado pela população.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Rua Serpa Pinto



A antiga rua de Alconchel, em Évora, posssui actualmente o nome do ilustre explorador do continente africano, Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto nasceu a 20 de abril de 1846 e morreu a 28 de dezembro de 1900.Depois de ter participado em várias expedições, Serpa Pinto foi nomeado para fazer parte, conjuntamente com Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens, da expedição portuguesa ao centro de África em 1877, tendo por missão estudar as relações hidrográficas do Congo, do Zambeze e do Cuango.

O seu desejo de tentar a travessia de África, em vez de efetuar um simples reconhecimento das regiões interiores, levou a que se separasse dos acompanhantes, tendo atingido o Rio Zambeze em 1878 e completado a travessia em 1879. Da travessia ficou o notável relato do próprio Serpa Pinto, com o título "Como Eu Atravessei a África". A sua expedição produziu efeitos consideráveis, contribuindo para o conhecimento do continente negro e para o prestígio internacional de Portugal no contexto das nações imperiais da segunda metade do século XIX.

Passagem do tempo

Portimão

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Exposição "Era uma vez Marionetas"

Organizada pela Companhia Era Uma Vez, Teatro de Marionetas, a exposição encontra-se patente na Fundação INATEL - Galeria do Palácio do Barrocal, em Évora, de 6 de Setembro a 21 de Dezembro de 2012. Esta pequena exposição é acompanhada com espectáculos, criados por uma família eborense - um pai e seus filhos, responsáveis desde a execução dos bonecos ao levantamento de histórias!!



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Numa parceria com a Fundação INATEL e contando com o apoio da Direção Regional de Cultura do Alentejo, Câmara Municipal de Évora e Diana FM- 94.1, a exposição retrata vinte anos de espetáculos, de retábulos, barracas e teatrinhos; vinte anos de fantoches, de sombras, de bonecos de varão, de marionetas de fio e muito, muito mais... Resumindo histórias divertidas, recriadas numa excelente visita guiada pelo responsável do teatro, um senhor muito simpático e prestável, o que foi uma mais valia na minha visita de ontem!

Horário de visita:
De terça a domingo, das 10h às 13h e das 14 às 18h.

Para mais informações:
Site: http://eraumavezmarionetas.com
E-mail: eraumavez.marionetas@gmail.pt

Fonte_DRCA

sábado, 20 de outubro de 2012

TRAVESSA DO BAGULHO



ÉVORA

Terá a ver com o seu significado o nome desta travessa?  Bagulho é uma semente de certos frutos, como a uva e a pêra, contida no bago. Na gíria brasileira significa coisa clandestina, produto de furto ou roubo. Objeto sem valor

Fonte:http://www.dicio.com.br/bagulho/

domingo, 14 de outubro de 2012

UMA TERRA CHAMADA...hortense

Nos Estados Unidos da América existe uma localidade chamada Hortense (in Brantley County, GA):
Community of Hortense - Brantley CountyThe county was formed in 1920 from Charlton, Pierce, and Wayne counties and was named for Benjamin D. Brantley, a member of a prominent local family, although some historians claim the name honored State Senator William Goodman Brantley of Brunswick. Since the Okefenokee Swamp is to the south and west of the county, passage through Brantley County was essential to the railroads running from the coast through the southern part of the state.
FONTE: C:\Documents and Settings\hp\Ambiente de trabalho\Hortense Populated Place Profile - Brantley County, Georgia Data.mht e http://hortense.georgia.gov/05/home/0,2230,23142225,00.html;jsessionid=608C215771B1819245357E0AE5B33376

sábado, 13 de outubro de 2012

IGREJA DO ESPÍRITO SANTO


A Igreja do Espírito Santo é um monumento religioso da cidade de Évora, estando situado no Largo dos Colegiais, freguesia da Sé e São Pedro.
A construção desta igreja resultou da fundação do Colégio do Espírito Santo, da Companhia de Jesus, instituído na cidade de Évora, na segunda metade do século XVI. Os jesuítas desenvolveram um importante centro educativo no dito colégio, desempenhando um importante papel na evangelização do Alentejo. Sucede porém que, dado que a primitiva capela colegial se situava no Claustro (actual Sala dos Actos da Universidade de Évora) e portanto de acesso restrito, decidiu o Cardeal-Infante D.Henrique, ao tempo Arcebispo de Évora, construir uma nova igreja para o Colégio dos Jesuítas, onde toda a população poderia ouvir os famosos pregadores. 
A construção da igreja iniciou-se em 4 de Outubro de 1566, sacrificando-se o primitivo Convento do Salvador (de freiras clarissas), que a rogo do Cardeal se mudaram para a Praça do Sertório. A sagração solene da nova igreja, presidida pelo fundador deu-se no Domingo de Páscoa de 1574. A Igreja segue o modelo da jesuíta da Igreja de Gesù, em Roma, tendo depois servido de modelo a muitas outras igrejas de colégios jesuítas de Portugal, Ilhas e Brasil.
O exterior, de aspecto pesado e imponente, tem alpendre de sete arcos graníticos, por onde se faz a entrada na igreja. O interior, de planta rectangular, bem iluminada por galerias altas (onde os estudantes da Universidade, criada em 1579, participavam nas cerimónias solenes. A decoração das dez capelas laterais revestiu-se de grande sumptuosidade, particularmente com a aplicação de talha dourada, nos dois séculos seguintes. Destacam-se as capelas de Santo Inácio de Loyola, do Senhor Jesus dos Queimados (onde se conserva o crucifixo dado a beijar aos condenados da Inquisição) e da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos da Cidade de Évora (transferida para esta Igreja em 1845, após a profanação do Convento da Graça, de belíssimos mármores coloridos e embutidos. No cruzeiro, à esquerda, está arca sepulcral destinada a receber as ossadas do Cardeal D.Henrique (que em vida a mandou preparar), vazia, porque o mesmo viria a morrer Rei de Portugal, após a morte de D.Sebastião, estando sepultado nos Jerónimos, em Lisboa.
Após a expulsão dos Jesuítas, por Pombal, em 1759, que ditou o encerramento da Universidade de Évora, a igreja foi entregue aos frades da Ordem Terceira Regular de São Francisco, até 1834 (expulsão das restantes ordens religiosas de Portugal). Esteve depois afecta à Casa Pia de Évora (então instalada na antiga Universidade), até meados do século XX, quando entrou na posse do Seminário Maior da Arquidiocese de Évora.
Fonte: Wikipédia.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Foz do rio Arade


Portimão despediu-se do cruzeiro semanal para a Madeira em Janeiro deste ano...

domingo, 7 de outubro de 2012

O Portugal de hoje

O Portugal de hoje prolonga, o antigo regime. A não inscrição não data de agora, é um velho hábito que vem sobretudo da recusa imposta ao indivíduo de se inscrever. Porque inscrever implica acção, afirmação, decisão com as quais o indivíduo conquista autonomia e sentido para a sua existência. Foi o salazarismo que nos ensinou a irresponsabilidade - reduzindo-nos a crianças, crianças grandes, adultos infantilizados. (P. 17)

GIL, José, Portugal - o medo de existir.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Convento de S.Paulo, Redondo

O Convento de São Paulo foi erguido a meia encosta da Serra d' Ossa pelos monges da ordem de São Paulo Eremita. Alberga actualmente um requintado hotel. Testemunham várias crónicas que o Convento de São Paulo acolheu, durante séculos, figuras célebres como D. Sebastião, D. João IV e D. Catarina de Bragança.

Como antigo Convento Palaciano, detém um dos mais notáveis núcleos de painéis de azulejos do país, com temas bíblicos e do hagiológio cristão da autoria de artistas anónimos de Lisboa (século XVIII). Mais de 54.000 azulejos, baixos-relevos em terracota e outras preciosidades como a fonte florentina das quatro estações e a Igreja Velha que justificou a sua classificação de interesse público e monumento nacional. (Dec. Lei 28/82 de 26 de Fevereiro).
 


 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ESPANTALHO


Era uma vez um espantalho que vivia na horta do senhor Sebastião, para a guardar dos pássaros que lhe comiam as coisas. Mas o espantalho andava muito triste porque os passarinhos de quem ele tanto gostava, fugiam dele.
Um dia passou por aqueles lados, um esquilo chamado Kiko. Subiu por ele acima e foi sentar-se no chapéu do espantalho.
- Porque estás tão triste, ó espantalho? – perguntou Kiko.
- Porque eu gostava que os passarinhos viessem para a minha beira, e todos fogem daqui.
- E sabes porquê? - perguntou Kiko.
- Sei lá! - respondeu o espantalho.
- É que tu estás tão mal vestido, todo roto, o chapéu a cair aos bocados, que até metes medo. - disse Kiko.
- Achas? - perguntou o espantalho.
- Tenho a certeza. - disse Kiko.
- E que hei-de fazer? - perguntou o espantalho.
- Eu vou-te ajudar.
Kiko saltou para o chão, e aos saltinhos saiu da horta, subiu a uma árvore, dali saltou para outra árvore e ainda outra até que se perdeu de vista. Voltou no dia seguinte já pela tardinha, acompanhado de mais esquilos seus amigos. Uns traziam tecidos muito bonitos, outros botões, outros linhas e agulhas, saltaram para cima do espantalho e começaram a arranjá-lo. Enquanto uns remendavam as calças e o casaco, outros pregavam botões e outros alindavam o chapéu com umas flores. Kiko pintou-lhe os olhos, nas bochechas deu-lhe um tom rosado e na boca colocou-lhe um sorriso. Encheram-lhe as mãos de milho, e rindo de satisfação os esquilos foram-se embora. O espantalho estava lindo de morrer.
Não foi preciso muito tempo para que a passarada viesse visitar o espantalho, que muito feliz, ouvia o chilrear daquela bicharada, comer o milho das suas mãos, e todos gabavam a beleza da sua roupa. Nem queria acreditar que os passarinhos agora em vez de fugirem dele,passavam a visitá-lo todos os dias, e quando o milho das suas mãos acabava não iam embora sem antes experimentar as delícias da horta do Sebastião.
Um dia andava Sebastião a enxotar os pássaros da horta quando reparou no espantalho. Tirou o chapéu, coçou a cabeça e chamou:
- Ó Maria anda cá ver isto. O diabo do espantalho está como novo, e não mete medo à passarada, em vez de espantar, até parece estar a chamar os pássaros. Tu alindaste o espantalho?
A senhora Maria saiu de casa a limpar as mãos ao avental, e respondeu:
- Ó homem tu tens cá cada uma, eu lá tenho tempo para essas coisas?
Quando chegou à beira do Sebastião a Maria também ficou espantada com o que viu.
-Tens razão, o diabo do espantalho, está mesmo lindo. Quem teria arranjado o espantalho? - disse a Maria
- Se calhar foi alguém que nos quer mal, e arranjou o espantalho para os pássaros virem comer as coisas da horta. Mas isto não fica assim. –disse o Sebastião muito zangado.
- E o que vais fazer?
- Vou esconder-me atrás daquela árvore, para ver se descubro quem fez esta maroteira.
Sebastião escondeu-se e esperou uma hora, duas horas, três horas...quando estava quase a adormecer viu chegar um esquilo que subiu pelo espantalho acima e foi-se sentar no chapéu. Sebastião até era capaz de jurar que ouviu os dois a conversar e a rir.
Quando tentou, pé ante pé chegar à beira do espantalho, o esquilo fugiu e o espantalho pôs-se muito sério como se nada fosse.
O tempo foi passando e sempre que Sebastião punha o espantalho com aspecto de meter medo aos pássaros, no dia seguinte o espantalho estava outra vez todo arranjadinho. Isto andava a irritar o Sebastião porque não sabia quem é que mexia no seu espantalho.
Um dia disse à Maria:
- Já sei o que vou fazer. - disse muito decidido
- O que estás para aí a dizer?
- Vou deitar o espantalho fora, e pôr outro no seu lugar, tão feio, tão feio, que faça fugir a passarada toda.
E dito isto, pegou no espantalho e foi deitá-lo na lixeira à porta da quinta. O espantalho, todo amarrotado, todo descomposto, com o chapéu torcido, o casaco todo sujo, misturado com o lixo, começou a chorar. Chorou tanto, tanto, que as lágrimas chegaram até à árvore aonde vivia o esquilo Kiko. Este ao ver tanta água resolveu descobrir donde vinha. Viu que se tratava das lágrimas do espantalho e foi até junto dele.
- Então amigo, o malvado do Sebastião deitou-te fora?
- É verdade, o ingrato. Logo eu que dava tanta beleza e alegria à horta, não merecia esta sorte.
- Pois, mas tu tinhas que espantar os passarinhos e em vez disso, cada vez eram mais.
- E o que tu querias que eu fizesse, eles gostam de mim e eu deles. -disse o espantalho
- Penso que tenho a solução. -disse Kiko.
- O que é que vais fazer? - perguntou o espantalho.
- Espera que eu volto já. - disse Kiko.
Kiko foi chamar os outros esquilos seus amigos, que a muito custo ajudaram a tirar o espantalho da lixeira, arranjaram-no muito arranjadinho e foram colocá-lo num campo onde havia girassóis, e até lhe puseram as mãos cheias de milho, outra vez.
No dia seguinte os passarinhos foram visitar o espantalho que ficou muito feliz por ver que não se esqueceram dele. Conversaram muito e depois de comerem o milho, foram para a horta do Sebastião para acabar a refeição. Todos os dias esta cena se repetia.
Sebastião andava muito intrigado porque todos os dias faltava milho no celeiro onde o guardava para todo o ano e porque a passarada que costumava passar o dia todo a rondar a sua horta, agora só apareciam ao fim da tarde e por vezes nem apareciam.
Mais uma vez tinha que descobrir este mistério. Pôs-se à coca, quando reparou que um esquilo entrou no celeiro e encheu um saco com milho. Deixou-o sair e foi atrás dele para ver para onde ele ia. Espanto seu, quando viu o seu antigo espantalho no campo de girassóis, rodeado da passarada a comer do seu milho. A alegria era enorme e até fez chorar de emoção o senhor Sebastião.
Sebastião foi contar à mulher o que viu, e ela não queria acreditar sem ver com os seus próprios olhos. Não era possível ficar indiferente perante tal acontecimento. Sebastião, daquele dia em diante passou a levar, de manhã cedo, milho ao espantalho para este dar aos passarinhos, bem como coisas da sua horta, legumes tenrinhos ou fruta fresquinha.
O espantalho ficou muito agradecido e os passarinhos também. Passavam o dia na companhia do espantalho e deixaram de ir à horta do Sebastião.
Sebastião aprendeu uma grande lição.
Afinal todos precisamos de viver e deixar viver.
O ESPANTALHO E OS SEUS AMIGOS
Isabel Correia