terça-feira, 30 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Estátua de fogo


Na minha visita a Maastricht descobri numa praça algo peculiar, uma estátua que deitava fogo! Só quando cheguei à minha casinha e fiiz pesquisa na wikipédia é que soube que esta é uma homenagem a Jean-Pierre Minckelers, o inventor da iluminação a gás, natural desta cidade.

Jean-Pierre Minckelers (Maastricht, 1748 - 4 July 1824) was an inventor of illuminating gas. At the age of sixteen, in 1764, he went to the Catholic University of Leuven (French: Louvain), where he studied theology and philosophy at the Collegium Falconis, in which he became professor of natural philosophy in 1772. At this time the question of aerostats and Montgolfier balloons was occupying the mind of scientists, and Louis Engelbert, 6th Duke of Arenberg, a promoter of science and art, engaged a committee to examine into the question of the best gas for balloon purposes.

Minckelers was on this committee, and in 1784, after many experiments, published a work entitled Mémoire sur l'air inflammable tiré de différentes substances, rédigé par M. Minkelers, professeur de philosophie au collège du Faucon, université de Louvain (Louvain, 1784).

In his memoir Minckelers tells us how he made his discovery: from the very beginning of his experiments he had had the idea of enclosing oil in the barrel of a gun and heating it in a forge. Under action of the heat the oil dissolved and gave way to a very light gas, having other advantageous qualities. Having proved that oil gas was the best for balloons, Minckelers used it for many balloons which rose rapidly and travelled great distances in the neighbourhood of Leuven. As we learn from his pupil von Hulstein, who was in his class in 1785, Minckelers at times used this same gas to light his workshop. Moreover, the drift of his memoir proves clearly that in its inventor's eyes the great combustibility of the gas was one of its leading qualities.

FONTE: http://en.wikipedia.org/wiki/Jan_Pieter_Minckeleers

Igreja da Misericórdia, Évoramonte


Não se conhece a data da fundação da Misericórdia de Evoramonte e o documento mais antigo existente no seu arquivo é uma cópia do Compromisso da Misericórdia de Lisboa de 15161. É possível que a confraria estivesse em funcionamento já em 1527, pois remonta, a este ano, um documento entretanto desaparecido, mas que comprovava as actividades da misericórdia, pelo menos, nesse tempo2, sendo regida, muito possivelmente, pelo Compromisso de 15163.

A igreja, certamente erguida entre o final do século XV e o início do XVI, denota características gótico-manuelinas, mas nada indica que tenha sido construída especificamente para a Misericórdia4. Trata-se de um templo de dimensões reduzidas, com capela-mor e nave, de dois tramos, cobertas por abóbadas de nervuras de aresta, sem chave e apoiadas em mísulas de secção piriforme. Os panos murários são revestidos por painéis de azulejo e a abóbada da capela-mor também. Do lado direito desenvolvem-se as dependências anexas, entre as quais o hospital.


Sobre a instituição e o seu património pouco mais se conhece. A pedra de ara do altar, com inscrição gótica, exibe a data de 1575 que não se sabe a que corresponde. Em 1712 o Padre António Carvalho da Costa, na Corografia Portuguesa5 não refere a existência da Misericórdia, mas em 1739 esta beneficiava de estatutos próprios, pelos quais se passou a reger, concedidos em alvará por D. João V, de 16 de Maio.


De acordo com as Memórias Paroquiais de 1758, a igreja da Misericórdia era a única, para além da matriz, que se encontrava no interior das muralhas, exibindo uma imagem de Nossa Senhora da Visitação muito louvada pelo pároco, que ainda refere os rendimentos anuais da confraria – quarenta a cinquenta mil reis. Interessante é o comentário sobre a pureza de sangue dos irmãos, uma consequência já do compromisso joanino, que estipulava regras muito rígidas sobre a admissão dos irmãos: “nam entra nesta irmandade irmam que tenha defeito no sangue e pera serem irmaos se lhe tiram inquirisoens, rigurozamente”.


De acordo com Túlio Espanca, os azulejos que revestem os panos murários da nave e capela-mor e a abóbada desta última, teriam sido executados pela oficina de Policarpo de Oliveira Bernardes em meados do século XVIII, ideia muito pouco credível sob todos os pontos de vista, uma vez que os painéis são muito diferentes dos trabalhos assinados por aquele pintor e as cercaduras denunciam um rococó muito afastado dos modelos e vocabulário próprio do referido mestre.
Fonte: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1775/20/22802_ulfl066731_tm_10_evoramonte.pdf

sábado, 27 de agosto de 2011

FERRAGUDO

Ferragudo é uma freguesia portuguesa situada no extremo poente do concelho de Lagoa, com 5,74 km² de área e 1 867 habitantes (2001). Foi elevada a vila a 13 de Maio de 1999. Ferragudo, serve como "freguesia dormitório" de Portimão, uma vez que alberga habitantes que trabalham e que se movem diariamente para a cidade do concelho vizinho.

É uma terra de pescadores que desde sempre esteve intimamente ligada ao rio e ao mar. Hoje, embora mantenha a mesma ligação ao mar, a sua actividade económica está ligada à actividade turística.


Possui ao longo da sua área territorial uma vasta extensão ribeirinha e marítima, da qual se destaca o seu pitoresco e belo cais de pesca, bem como uma pequena área de costa marítima na qual se destacam as praias: Angrinha, Caneiros, Torrados, Infanta, Afurada, João Lopes, Molhe, Pintadinho e a Praia Grande; assim como outras belezas naturais tais como a Ponta do Altar, falésias, furnas, algares e leixões.


O Forte de São João do Arade, também conhecido como Castelo de São João do Arade ou simplesmente Castelo do Arade, localiza-se sobre a povoação e a foz do rio Arade. A sua elevação separa duas praias: a Praia da Angrinha e a Praia Grande. Cooperava com o Forte de Santa Catarina, que lhe era fronteiro em Portimão, na defesa do estuário do rio.

A primitiva fortificação do local remonta a uma torre de vigia erguida sob o reinado de D. João II (1481-1495). Posteriormente, quando a vila de Ferragudo foi fundada (1520), acredita-se que tenha sido cercada por um muro defensivo erguido sobre os vestígios de outro, mais antigo, que remontaria à época da construção da torre de vigia.

Visando a defesa do estuário, antes da povoação, a jusante, sobre uma elevação rochosa, foi erguido um baluarte artilhado, por volta de 1643. A força das marés e temporais, culminando com um violento temporal em 1669, causaram severos danos ao baluarte.

Reparada, em 1754, numa inspeção efetuada pelo Governador do Reino do Algarve, D. Rodrigo António de Noronha e Meneses, a fortificação foi considerada em perfeito estado de conservação. Apresentava então duas baterias de artilharia: a Bateria Baixa, artilhada com três peças; a Bateria Alta, artilhada por quatro.

No ano seguinte foi severamente danificada pelo terramoto de 1755, inclusive os alicerces. Em 1765 um novo relatório dava conta de que todos os seus alojamentos encontravam-se em ruínas, tendo sido despendidos 80$000 réis na sua reedificação.


No início do século XX, na qualidade de propriedade particular, o poeta Joaquim José Coelho de Carvalho promoveu-lhe extensas obras de adaptação como residência. Actualmente propriedade de família Pereira Coutinho que o adquiriu ao final da década de 1990, foi classificado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) desde 1975.

Fonte: Wikipédia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Panteão dos Duques e Duquesas

A primeira casa religiosa de Vila Viçosa foi fundada no reinado de D. Afonso III. O lançamento da primeira pedra efectuou-se no dia 5 de Maio de 1267, sendo ainda a povoação calipolense simples aldeia do termo concelhio de Estremoz. Sofreu importantes transformações no tempo de D. Jaime, no século XVII quando se tornou panteão dos duques. O primeiro templo estava orientado para o lado do ocidente - o velho terreiro de Santo Agostinho - mas tendo D. Jaime de Bragança edificado o Paço Ducal do Reguengo neste sítio, os seus descendentes instaram com os religiosos para alterarem a fachada do edifício, voltando-o para o Terreiro do Paço. este plano teve completo acordo somente no século XVII, quando D. João II, futuro Rei Restaurador, por escritura pública se considerou padroeiro perpétuo do mosteiro e obteve a posse da capela-mor e cruzeiro com destino a panteão dos seus avoengos e familiares, e se riscou, sob seu beneplácito o novo edifício monástico, de frontispício sobranceiro ao solar dos antepassados.


Convento e Igreja dos Agostinhos, anterior ao foral afonsino de 1270, concedido porventura, entre outras razões, pelo facto da existência do convento primitivo. Após a extinção das ordens religiosas (1834) passou à posse da Casa de Bragança, foi quartel até 1939 e de 1951 ocupado pelo Seminário Menor de São José, cedido definitivamente à Arquidiocese de Évora em 1963. A sua Igreja é considerada Monumento Nacional e é um exemplo do estilo barroco, de fachada um pouco pesada mas imponente, flanqueada por duas altivas torres sineiras. É também desde 1677 panteão dos Duques de Bragança.
Panteão das Duquesas, fundado pelo IV duque de Bragança D. Jaime, em 1514, para panteão das donas da sua estirpe, foi entregue à ordem de Santa Clara, e a vida claustral começou com oito religiosas lóias deslocadas do mosteiro de Beja, no dia 25 de Fevereiro de 1535, quarta-feira de cinza (sendo já morto o seu instituidor), sob protecção da duquesa viúva D. Joana de Mendonça e do enteado herdeiro, D. Teodósio I.
Ali se encontraram os restos mortais daqueles que na história se demarcaram pelo espírito, pelas virtudes e pelas obras: à esquerda de quem entra, D. Afonso, o filho bastardo de D. João I, pelo casamento com D. Brites Pereira, raiz da Sereníssima Casa de Bragança; o seu túmulo é o único feito de granito. Nas seis capelas laterais, de pórtico renascentista algumas, forradas de mármore e de belos azulejos da época outras, descansam D. Fernando II, os dois Teodósio I e II, ambos de tão viva memória pelo muito que se deram ao problema da cultura humanística; de lado da Epístola, estão D. Fernando I, D. Jaime, o grande herói de Azamor, e D. João I.
Em outros túmulos, encontram-se ainda figuras ligadas à mesma nobre família: D. Manuel e D. Maria, filhos do Rei D. João IV, falecidos de tenra idade; D. Alexandre, arcebispo de Évora e seu sobrinho do mesmo nome, D. Filipe irmão de D. Teodósio II; em sepultura rasa, ainda D. Rodrigo de Lencastre, irmão do duque D. Jaime. Vazia uma das caixas tumulares com inscrição explicativa de que se reservara aquele lugar para as cinzas de D. Duarte, irmão de D. João IV, cavaleiro andante de toda a Europa Central, por onde serviu Reis e grandes senhores, e finalmente falecido e sepultado em Milão. Mais recentemente, em Dezembro de 1976, foram ali depositados também os restos mortais de D. Duarte, pai do actual duque D. Duarte Pio.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Arraiolos


Arraiolos é uma vila situada no Distrito de Évora, com cerca de 3 450 habitantes. É sede de um município com 684,08 km² de área e 7980 habitantes (2006) subdividido em 7 freguesias.
Situa-se a uma cota de altitude entre os 300 e os 412 m (Castelo de Arraiolos). Cunha Rivara, historiador Arraiolense, na sua obra “Memórias da Vila de Arraiolos”, depois de se referir à nobreza e antiguidade de Arraiolos, bem como a alguns aspectos históricos da sua origem, afirma: “... seja como for, tenho por certo que em princípios do século XIII já havia povoação no sítio de Arraiolos...” Certo é também que a abundância de vestígios relacionáveis com o final do Neolítico ou mesmo com o calcolitico são um sinal de uma significativa ocupação humana a partir do IV Milénio A.C. e, provavelmente, “na proto-História, o grande local de habitat corresponderia já à actual elevação onde se localiza o Castelo de Arraiolos".

A vila é conhecida pela confecção dos Tapetes de Arraiolos. ARRAIOLOS TERRA DOS TAPETES é ainda os séculos de história bordados à mão por gerações e gerações de bordadeiras que fizeram chegar até aos nossos dias o nosso mais genuíno artesanato o “Tapete de Arraiolos”. Genuidade que é preciso preservar.

Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Termas romanas na villa de BORG

O facto de se ter reconstruído a villa romana de Borg, após escavações e estudos arqueológicos, permite-nos visualizar o quotidiano destes nossos antepassados, conhecer o interior e a decoração das casas, e a forma como se dedicavam ao lazer. As termas romanas de água quente e de água fria são o de mais encantador nesta villa, termas que por vezes não são só visitáveis mas também podem ser desfrutáveis! Compensa sempre visitar a Alemanha!


Segue-se um texto oficial sobre este local em inglês: The manor, the main building in the complex, was and is the structure on which the entire villa complex is focused. Like the Roman Villa Nennig, the reception hall had a large mosaic floor, in this case in black and white. The remains of a coloured mosaic were found in one of the adjacent rooms. The mosaics, marble, and wall compositions of pilasters and cornices all hint at the grandeur of ancient times. The picturesque designs seen in the manor and baths are partly based on original archaeological finds in Borg, and the furniture, doors, windows, hot water boiler in the boiler room, and many of the technical details inside the villa are all exact reproductions of the Roman originals.




The rooms of the manor are today used as a museum, in which the most important finds from Borg are displayed. Civil weddings are also held here. The former residential building and workshop area also houses the media centre, where a multimedia presentation transports visitors back to the ancient world of the Romans. The villa baths Learn all about and be impressed by the ancient Roman baths.



The villa baths are the most interesting historical part of the villa. From the entrance area you reach the cold bath with its large pool. Next to it - in line with ancient bathing customs - is the vaulted room containing the hot bath. The other rooms were used for relaxation and conversation. The villa baths were heated using the Roman floor heating system called the hypocaust. The way in which a hypocaust is constructed is explained in one of the corners of the room. The boiler room, which is located to the side and which houses the hot water boiler, can be reached through a separate entrance at the rear of the building. The villa baths with their Roman ambience can be hired for events on request.


Fonte: http://www.villa-borg.de/pdf/flyer_borg_en.pdf

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vila romana de Borg

A vila romana de Borg fica pertíssimo da fronteira entre o Luxemburgo e a Alemanha, perto da aldeia de Borg, é necessário percorrer uma estrada secundária, bem estreita como as nossas, mas de poucos buracos... Passear até lá é como conhecer o campo deste país (fiquei até a saber que os alemães pagam para colher morangos, como uma forma de se divertirem!).
Toda a vila está vedada. Estaciona-se o carro, anda-se um pouco a pé, e após passar a recepção e pagar o bilhete, descobre-se uma vila rural cheia de comodidades! Quem quiser, até pode comer petiscos deste tempo! Ou apenas passear ao pé do lago, no jardim ou na horta! Os romanos sabiam bem gozar a vida...


It stands on the original foundations, and today probably looks much as it did during the 2nd and 3rd century AD. The interior has been designed to meet contemporary requirements and accommodates the ticket office, museum shop and administrative offices.



More than 100 years ago, a teacher called Johann Schneider discovered traces of a Roman settlement between Borg and Oberleuken and carried out the first small-scale excavations. Since 1 April 1987, the cultural foundation for the district of Merzig-Wadern in collaboration with the state conservation office, the public employment service and the municipality of Perl, have all been involved in the scientific excavation of a Roman villa in Borg.

It has emerged that the site hides the remains of one of the largest Roman villa complexes in the Mosel- ar region, and in 1994 the decision was taken to reconstruct the entire site in line with the discoveries made during excavation work and current knowledge of Roman villas. Since then, the villa baths, the tavern, the manor with a museum section, the courtyard, the residential building and workshop area, and the gatehouse have all been rebuilt. The ongoing nature of the work means that the appearance of the complex changes almost daily. Excavation work on the site, which covers an area of more than 7.5 hectares, also continues, and currently the Roman kitchen is being reconstructed.

In the tavern of the Roman villa, our chefs prepare Roman specialities based on recipes drawn up by the gourmet Marcus Gavius Apicius. Both the tavern and the "Great Hall" with its unique atmosphere are ideal for festivities involving up to 120 people. Only the outside appearance of the reconstructed residential building and workshop area is similar to its ancient predecessor.
In June 2000 the villa complex was expanded in the wake of the EU project "Gardens without Limits". Six gardens were created on the complex site: the courtyard garden, the herb garden, the rose room, the fruit garden, the vegetable garden and the flower garden. The scent of roses, herbs and flowers and the sight of the box treelined courtyard with the pool in the middle all hint at past splendour. At the Roman Villa Borg the ancient garden world of the Romans is brought back to life.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

CAIS

O gesto de partir nada tem de mágico.
Os mares que percorro são profundos
e as noites que miro săo escuras.
O barco que me leva, busca um porto
onde eu possa germinar silenciosa.
Os faróis mal iluminam os recifes
e vez por outra um tranco me sacode.
As garrafas de gim estăo vazias
e a lucidez me espreita nas balsas
que procuram náufragos e bêbados.
A manhã vem rompendo macia
na boca e nos beijos de uma mulher
saindo das conchas dos sonhos.
O gesto de partir nada tem de mágico.
E ancorado nuns braços
em meio a tormenta, fico.
O gesto de ficar é mais fascínio.
Ah! Quanta ventura em jogar a âncora
e ir ficando, no teu corpo, ir ficando…

Jurema Barreto de Souza

FONTE: http://www.kplus.com.br/materia.asp?co=689&rv=Cigarra

domingo, 21 de agosto de 2011

Poesia de Jorge de Sena

Vai o bem fugindo,
cresce o mal com os anos
vão-se descobrindo
com o tempo os enganos.


Fonte: http://www.letras.ufrj.br/posverna/mestrado/QueirozFTH.pdf

sábado, 20 de agosto de 2011

Hidrovião

No fim da visita do Museu da Marinha, em Lisboa, conhecemos um dos hidroviões que fez a famosa travessia aérea Portugal-Brasil.
A primeira travessia aérea do Atlântico Sul foi concluída com sucesso pelos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922, no contexto das comemorações do Primeiro Centenário da Independência do Brasil.

A épica viagem iniciou-se em Lisboa, às 16:30h de 30 de Março de 1922, empregando um hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor Rolls-Royce e baptizado Lusitânia. Sacadura Cabral exercia as funções de piloto e Gago Coutinho as de navegador.

A primeira etapa da viagem foi concluída, no mesmo dia, sem incidentes em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, embora tenha sido notado, por ambos, um excessivo consumo de combustível.

No dia 5 de Abril, partiram rumo à Ilha de São Vicente, no Arquipélago de Cabo Verde, cobrindo 850 milhas. Lá se demoraram até 17 de Abril para reparos no hidroavião - que fazia água nos flutuadores -, tendo partido das águas do porto da Praia, na Ilha de Santiago, rumo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em águas brasileiras, onde amararam, sem o auxílio do vento, no dia 18. O mar revolto naquele ponto, entretanto, causou danos ao Lusitânia, que perdeu um dos flutuadores. Os aeronautas foram recolhidos por um Cruzador da Marinha Portuguesa, que os conduziu a Fernando de Noronha. Apesar de exaustos pelo vôo de 1.700 quilômetros e pelo pouso acidentado, comemoraram o achamento, com precisão, daqueles rochedos em pleno Atlântico Sul, apenas com o recurso do método de navegação astronómica criado por Gago Coutinho.

Com a opinião pública portuguesa e brasileira envolvida no feito, o Governo Português enviou outro hidroavião Fairey, baptizado como Pátria, a partir de Fernando de Noronha, pelo navio brasileiro Bagé, que chegou no dia 6 de maio. Tendo o hidroavião sido desembarcado, montado e revisado, a 11 de maio decolaram de Noronha. Entretanto, nova fatalidade acometeu os aeronautas, quando, tendo retornado e sobrevoando o arquipélago de São Pedro e São Paulo para reiniciar o trecho interrompido, uma pane no motor obrigou-os a amarar de emergência, tendo permanecido nove horas como náufragos, até serem resgatados por um cargueiro inglês - o Paris City, em trânsito na região.

Reconduzidos a Fernando de Noronha, aguardaram até 5 de junho, quando lhes foi enviado um novo Fairey F III-D (o n° 17), batizado como Santa Cruz. Transportado de Portugal pelo navio Carvalho Araújo foi posto na água do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, tendo levantado vôo rumo a Recife, fazendo escalas em Salvador, Porto Seguro, Vitória e dali para o Rio de Janeiro, então Capital Federal, onde, a 17 de Junho de 1922 pousou em frente à Ilha das Enxadas, nas águas da baía de Guanabara.
Embora a viagem tenha consumido setenta e nove dias dias, o tempo de voo foi de apenas sessenta e duas horas e vinte e seis minutos, tendo percorrido um total de 8.383 quilómetros. A viagem serviu de inspiração para os raides posteriores de Sarmento de Beires, João Ribeiro de Barros e de Charles Lindbergh, todas em 1927.
Fonte: Wikipédia.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Gago Coutinho e Sacadura Cabral

Carlos Viegas Gago Coutinho (Lisboa, 17 de Fevereiro de 1869 — Lisboa, 18 de Fevereiro de 1959) foi um geógrafo cartógrafo, oficial da Marinha Portuguesa, navegador e historiador. Juntamente com o aviador Sacadura Cabral, tornou-se um pioneiro da aviação ao efectuar a Primeira travessia aérea do Atlântico Sul, no hidroavião Lusitânia.

Gago Coutinho ingressou, aos 17 anos, na Marinha Portuguesa, tendo terminado o curso da Escola Naval em 1888. Serviu em vários navios e participou nas operações militares de Tungue em 1891 e em Timor em 1912. Distinguiu-se como cartógrafo e geodeta a partir de 1898, aquando de sua primeira comissão em Timor. Até 1920 levantou e cartografou não apenas aquele território mas também o de Niassa (1900), Congo (1901), Zambézia (1904-1905), Barotze (1912-1914), São Tomé e Príncipe (1916), estabelecendo vértices geodésicos e determinando coordenadas em missões científicas onde conseguia precisões notáveis, devido ao seu rigor e dedicação à missão que lhe fora confiada. Respondeu pela delimitação definitiva da parte norte da fronteira entre Angola e Zaire.
No decurso destes trabalhos fez a pé a travessia da África, onde conheceu Sacadura Cabral.

Este incentivou-o a dedicar-se ao problema da navegação aérea, o que levou ao desenvolvimento do sextante de bolha artificial, posteriormente comercializado pela empresa alemã Plath com o nome "Sistema Gago Coutinho". Juntos inventaram ainda um "corretor de rumos" (o "plaqué de abatimento") para compensar o desvio causado pelo vento. Para testar essas ferramentas de navegação aérea, realizaram em 1921 a travessia aérea Lisboa-Funchal.

Assim preparados, em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os dois aviadores realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sendo recebidos entusiasticamente em várias cidades do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife), bem como no regresso a Portugal. Gago Coutinho recebeu largo reconhecimento devido a este feito, tendo sido promovido a contra-almirante e condecorado com as mais altas e prestigiosas distinções do Estado Português, além de ter recebido várias outras condecorações estrangeiras. Retirou-se da vida militar em 1939.
A partir de 1925 dedicou-se à História Náutica, tendo desenvolvido vasta obra de investigação científica, publicando significativa variedade de trabalhos geográficos e históricos, principalmente acerca das navegações portuguesas. Por decisão da Assembleia Nacional foi promovido a Almirante em 1958.

Artur de Sacadura Freire Cabral (Celorico da Beira, 23 de Abril de 1881 — Mar do Norte, 15 de Novembro de 1924) foi um aviador e oficial da Marinha Portuguesa. Após os estudos primários e secundários assentou praça em 10 de Novembro de 1897 como aspirante de marinha e frequentou a Escola Naval, onde foi o primeiro classificado do seu curso. Foi promovido a segundo-tenente em 27 de Abril de 1903, a primeiro-tenente a 30 de Setembro de 1911, a capitão-tenente em 25 de Abril de 1918 e, por distinção, a capitão-de-fragata em 1922. Serviu nas colónias ultramarinas no decurso da Primeira Guerra Mundial. Foi um dos primeiros instrutores da Escola Militar de Aviação, director dos serviços de Aeronáutica Naval e comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa.

Unanimemente considerado um aviador distintíssimo pelas suas qualidades de coragem e inteligência, notabilizou-se a nível mundial, ultrapassando as insuficiências técnicas e materiais que na época se faziam sentir.

Realizou diversas travessias aéreas memoráveis, notabilizando-se especialmente em 1922, ao efectuar com Gago Coutinho, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Navegou durante dois anos nas costas de Moçambique até que, em 1905, foi deliberado pelo governo que se procedesse a um levantamento hidrográfico rigoroso da baía de Lourenço Marques, em preparação da modernização do seu porto. Sacadura Cabral foi um dos oficiais escolhidos para este trabalho e, em colaboração com o seu camarada guarda-marinha, Bon de Sousa, fez uma carta hidrográfica do rio Espírito Santo e de trechos dos rios Tembe, Umbeluzi e Matola. Em 1906 e 1907 trabalhou como topógrafo na rectificação da fronteira entre o Transvaal e Lourenço Marques, serviço que foi feito em concorrência com os agrimensores ingleses do Transvaal.

Em 1907 chegou a Moçambique uma missão geodésica de que era chefe Gago Coutinho. No desempenho de missões geodésicas e geográficas, trabalharam juntos desde 1907 a 1910. Sacadura Cabral revelou nestes trabalhos as suas capacidades como geógrafo e astrónomo, bem como organizador.

Em 1911 concorreu aos serviços de Agrimensura de Angola, tendo sido nomeado para o lugar de subdirector destes serviços. Em Angola desempenhou vários serviços neste cargo, entre os quais observações astronómicas no Observatório de Angola e o reconhecimento da fronteira da Lunda. Em 1912 participou, com Gago Coutinho, na missão do Barotze, a fim de se delimitarem as fronteiras leste de Angola, o que foi feito em mais de 800 quilómetros. Sacadura Cabral regressou à metrópole em 1915.

Entretanto o Aero Club de Portugal procurava fazer propaganda da aviação e conseguiu que o governo abrisse um concurso para que os oficiais do exército e da marinha fossem enviados a várias escolas estrangeiras de aviação para nelas obterem o brevet de piloto aviador militar.
Sacadura Cabral foi para a França e deu entrada na Escola Militar de Chartres. Em 11 de Novembro de 1915 realizou o seu primeiro voo como passageiro e, a 16 de Janeiro de 1916 fez o seu primeiro voo como piloto.

Sacadura Cabral foi encarregado de organizar a aviação marítima em Portugal, tendo sido nomeado, em 1918, director dos Serviços da Aeronáutica Naval e, a seguir, comandante da Esquadrilha Aérea da Base Naval de Lisboa. Em 1919 foi nomeado para fazer parte da Comissão encarregada de dar parecer sobre a melhor forma de pôr em prática um plano de navegação aérea.

Demonstrou, nesse mesmo ano, a viabilidade de vir a ser tentada a viagem aérea Lisboa-Rio de Janeiro, tendo sido nomeado para proceder aos estudos necessários para a sua efectivação. Foi então à Inglaterra e à França, a fim de escolher o melhor material para equipar a Aviação Marítima, e propor o tipo de aparelho em que poderia vir a ser tentada a viagem Portugal-Brasil. Enquanto esteve nestes dois países desempenhou as funções de adido aeronáutico. Em 1920 fez parte da Comissão Mista de Aeronáutica.

Em 1921 realizou, com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, a viagem Lisboa-Madeira, para experiência dos métodos e instrumentos criados por ele e Gago Coutinho para navegação aérea que, em 1922, vieram a ser comprovados durante a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.
Em 1924, foi nomeado para estudar uma proposta feita ao governo para o estabelecimento de carreiras aéreas com fins comerciais. Morreu a 15 de Novembro de 1924, quando pilotava um Fokker 4146 de Amesterdão para Lisboa, um dos cinco aviões que haviam sido adquiridos por subscrição pública, e que seriam utilizados no seu projecto da viagem aérea à Índia.
Fonte: Wikipédia e site oficial do Museu da Mrinha.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DE CASTELO A CONVENTO




O castelo de Acácer do Sal abrigou o Convento Carmelita Araceli, um convento feminino,que ali permaneceu até 1834.





Fonte: wikipédia

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Castelo de Alcácer do Sal





A primitiva ocupação humana do seu sítio remonta à pré-história, conforme os testemunhos arqueológicos. Posteriormente, conheceu a presença Fenícia, quando se designava Bevipo, e o domínio romano. O povoado cunhou moeda própria em meados do século I a.C., com a inscrição Imperatoria Salacia, datando dessa época, segundo alguns autores, a alteração do nome da localidade para Salácia, quando controlava a via que comunicava o estuário do rio Tejo com a região do Alentejo e a do Algarve. Após as invasões dos bárbaros, a povoação foi, por sua vez, ocupada pelos Muçulmanos desde 715, que reforçaram as suas defesas, constituindo-se em um dos principais portos da costa atlântica ao sul do Tejo. Consta que, em 966, uma frota de Normandos entrou a foz do Sado até Alcácer do Sal, tendo desistido da habitual razia à vista da sua defesa.

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, no mesmo ano da conquista de Lisboa aos mouros (1147), Alcácer do Sal foi acometida por D. Afonso Henriques (1112-1185) à frente de uma reduzida força de assalto de 60 cavaleiros que, pretendendo explorar o elemento surpresa, foram vigorosamente repelidos pelos defensores, que lograram ferir o soberano. A região ainda resistiu por alguns anos às arremetidas portuguesas, particularmente em 1151, 1152 e 1157, vindo a cair apenas em 1158, com o auxílio dos cavaleiros da Ordem de Santiago da Espada.


Para melhor defesa e povoamento da região, Sancho I de Portugal (1185-1211) efetuou a doação desta vila e seu castelo aquela Ordem militar (1186). Entretanto, ainda no reinado deste soberano, as forças almóadas sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur reconquistam o Algarve e, avançando para o norte, arrancam ao domínio português, sucessivamente, o Castelo de Alcácer do Sal, o Castelo de Palmela e o Castelo de Almada (1190-1191). Só após a Batalha de Navas de Tolosa (1212), em que se registou uma vitória decisiva dos cristãos peninsulares contra os mouros, foram reconquistadas as terras perdidas para além da linha das fronteiras que se estendia do rio Tejo até Évora.


Alcácer do Sal e o seu castelo só foram definitivamente conquistados no reinado de Afonso II de Portugal (1211-1223) por um conjunto de forças portuguesas, coordenadas pelo bispo de Lisboa, Soeiro Viegas, e por uma frota de cruzados sob o comando de Guilherme I, conde da Holanda, a 18 de Outubro de 1217, após um cerco de mais de dois meses. Após a conquista, este soberano confirmou a anterior doação de D. Sancho I dos domínios de Alcácer do Sal, Almada, Arruda e Palmela, à Ordem de Santiago, doação esta mais tarde confirmada por D. Afonso III (1248-1279) na pessoa do Mestre D. Paio Peres Correia e do comendador (24 de Fevereiro de 1255).


No século XIII, D. Dinis (1279-1325) no âmbito da remodelação das defesas do país, procedeu a ampliação e reforço das defesas desta povoação. No contexto da crise de 1383-1385, a vila e o seu castelo tomaram o partido do mestre de Avis, tendo aquartelado tropas sob o comando do condestável D. Nuno Álvares Pereira.


No século XV, o castelo perdeu a sua função militar e foi palco de alguns episódios expressivos da História de Portugal: no reinado de D. João II (1481-1495), o Príncipe Perfeito foi aqui informado da conspiração articulada pelo duque de Viseu; e D. Manuel I (1495-1521) aqui desposou, em segundas núpcias, a infanta D. Maria de Castela (30 de Outubro de 1500).

Quando da crise de sucessão de 1580, as defesas de Alcácer do Sal, mal preparadas para o fogo da artilharia, não ofereceram séria resistência às tropas de Filipe II de Espanha (1580). O castelo abrigou o Convento Carmelita Araceli, que ali permaneceu até 1834. Sem função, o antigo castelo medieval foi progressivamente consumido pelo tempo e pelo abandono. Classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910, sofreu intervenção de consolidação e restauro, em nossos dias, a cargo da DGEMN.


Exemplo da arquitectura militar islâmica, o castelo ergue-se na cota de sessenta metros acima do nível do mar, com planta aproximadamente elíptica, alcançando uma extensão de 260 metros no seu eixo maior e de 150 metros, no menor. Nos troços remanescentes das muralhas observam-se os vestígios de cerca de trinta torres em alvenaria de pedra e outras estruturas defensivas, inclusive uma albarrã semelhante à do Castelo de Badajoz, testemunhos de várias épocas construtivas. Entre as torres destaca-se a chamada Torre da Adaga, por apresentar esta arma esculpida em uma pedra. A Torre do Relógio e a Torre de Algique foram erguidas em taipa, elevando-se a 25 metros de altura.

FONTE: WIKIPEDIA

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ponte Metálica de Alcácer do Sal

A ponte metálica de Alcácer do Sal tornou-se, durante décadas, num ponto de passagem obrigatório para quem rumasse às praias do Sul. Inaugurada em 1945, a estrutura em ferro, que remete para o “estilo Eiffel” substituíu outra em madeira existente naquele locais desde finais de século XIX. A ponte primitiva tinha um tramo móvel para permitir a passagem dos barcos à vela do transporte dos cereais, entre os quais o trigo e o arroz.


O tabuleiro metálico, com uma extensão de 107,45 metros repartidos por três tramos, é destinado ao transporte rodoviário. Para atenuar os congestionamentos foi montado um porão provisório, ao lado da estrutura metálica para que a travessia se pudesse fazer em simultâneo nos dois sentidos.

Em Outubro de 2007 começaram as obras de recuperação da ponte que permite o trânsito de veículos pesados e voltará a ter o tramo levadiço operacional, deixando passar as embarcações à vela, nomeadamente os dois barcos tradicionais da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

Fonte:http://www.cm-alcacerdosal.pt/PT/Concelho/Patrimonio/PatrimonioArquitectonico/Equipamento/Paginas/PontemetalicadeAlcacerdoSal.aspx


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Zoomarine





Localizado na Guia, a poucos quilómetros de Albufeira - o Parque Aquático do Zoomarine, muito bem organizado, oferece apresentações com golfinhos, focas e aves, além de nos explicar os segredos da vida animal... Melhor sítio para passar um dia deslumbrante é impossível! Merece a pena o bilhete!

domingo, 14 de agosto de 2011

RIO SADO

O Sado (antigamente chamado Sádão) é um rio português, que nasce a 230m de altitude, na Serra da Vigia e percorre 180 quilómetros até desaguar no oceano Atlântico perto de Setúbal. No seu percurso passa por Alvalade e por Alcácer do Sal, sendo o seu estuário a separar Setúbal, na margem norte, de Tróia a sul.



É dos poucos rios da Europa que corre de Sul para Norte, tal como o Rio Mira, que é de menor dimensão. No estuário do Sado habita uma população de golfinhos (roaz-corvineiro), que tem resistido à invasão do seu habitat pelo homem (tráfego marítimo para os estaleiros da Mitrena, para o porto de Setúbal e decorrente da pesca e da doca de recreio, além do ferry-boat de ligação entre margens).


O rio Sado não tem um grande caudal devido a vários factores, destacando-se dois: o clima mais árido do Alentejo, onde se encontra a sua nascente; e o desnível, pequeno, entre a altitude da nascente e a altitude da foz.
A bacia hidrográfica do rio Sado tem uma área de 7640 km². O estuário ocupa uma área de aproximadamente 160 km², com uma profundidade média de 8m sendo a máxima de 50m. O escoamento é forçado principalmente pela maré. O caudal médio anual do rio é de 40m³/s com uma forte variabilidade sazonal — indo de valores diários inferiores a 1m³/s no Verão até superiores a 150m³/s no Inverno.


FONTE: WIKIPÉDIA.

sábado, 13 de agosto de 2011

GALEÕES


A Câmara Municipal de Alcácer do Sal possui dois galeões do sal, embarcações tradicionais praticamente únicas no mundo, já que das quinze que se pensa terem sobrevivido até hoje, poucas se encontram a navegar e ainda menos no nosso país, de onde são originárias. O Amendoeira e o Pinto Luísa são pois testemunhas singulares desse passado em que o Sado era o principal “motor” económico da região, repleto de embarcações que transportavam mercadorias e gentes.
Os dois galeões recordam também a importância do sal na história de Alcácer, baptizada de Salácia Urbs Imperatoria pelos romanos, assim homenageando esse “ouro branco” que até ao final do século XVIII tinha nesta região a sua maior produção nacional.

As primeiras embarcações de carga terão resultado da conversão de pequenos barcos de pesca em galeões de transporte de sal. Com as devidas adaptações, o galeão apresentava o seu casco alongado para melhor navegação fluvial, popa ogivada com leme por fora e roda de proa quase vertical. O convés era corrido com duas grandes escotilhas para carregamento de sal.





Este tipo de transporte fluvial manteve-se até aos anos 70, dada a localização das salinas e a inexistência de vias alternativas terrestres. Em Alcácer do Sal é hoje possível navegar nestes invulgares elementos da identidade das terras sadinas.

Um Galeão é o da Amendoeira, a embarcação tradicional tem 18,84 metros de comprimento e lotação de 50 pessoas. Foi construída em 1925, na praia da Saúde, em Setúbal, por Artur Santos.Pertenceu inicialmente à firma “Manuel Francisco Afonso Herdeiros Lda.”, operando como embarcação de tráfego local. Foi adquirido, em 1972, pela empresa “Unisado – União Salineira do Sado, lda”, que vendeu o galeão, em 1984, a Henri Frank van Uffelen Elisabeth. Este submeteu-o a obras de reconversão. Em 1997 foi sujeito à retirada de alguns dos seus elementos descaracterizadores.Em 2004 foi adquirido pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Naufragou no ano seguinte junto à praia “dos Fuzileiros”, em Tróia, só regressando “a casa” em 2007, depois de uma complexa operação de resgate e do seu total restauro, com substituição do cavername, aparelhagem, motor, instalação eléctrica e modernização dos sistemas de segurança.

Um outro Galeão é o Pinto Luísa. Construído em Setúbal, em 1946, este galeão mede 19,30 metros e tem uma lotação de meia centena de pessoas. Deve o seu nome ao primeiro proprietário, o sr. Pinto que, ao baptizar a embarcação, ao seu nome acrescentou o da sua filha, Luísa. Foi adquirido por Carlos Bicha, de Alcácer do Sal, que o utilizou para transporte, nomeadamente de sal, até que, em 1985, Venâncio Bicha, neto do anterior proprietário, o converteu em embarcação de lazer.Em 2003 é adquirido pela Câmara Municipal de Alcácer do Sal e em 2006 iniciou uma intervenção de recuperação global de forma a oferecer as melhores condições de segurança e conforto.



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CAIS PALAFÍTICO



Obra-prima da arquitectura popular, o cais palafitico da Carrasqueira, único da Europa, é construído de estacas de madeira irregular, aparentemente frágeis, das décadas de 1950 e 1960, que servem de embarcadouro aos barcos de pesca que ali acostam. Ora estão enterradas no lodo, ora na água, segundo as marés.Integrada na reserva natural do Estuário do Sado, a aldeia ribeirinha conserva uma impressionante rede de estacaria que se estende centenas de metros pelos esteiros lamacentos do rio Sado.


Ponto de atracção turística, é um dos locais mais visitados no concelho, o cais continua, no entanto, a cumprir a missão para que foi construído: permitir o acesso dos pescadores aos barcos, mesmo durante a baixa-mar. Ao longo dos diversos cais erguem-se pequenas casas construídas em madeira, que servem de arrecadações.

A Carrasqueira tem no seu Porto Palafita, uma estrutura precária e labiríntica, a principal imagem de marca. Trata-se de uma rede de passadiços enterrada no lodo do sapal que entra rio Sado adentro, cujas embarcações de pesca ora estão no lodo aquando da maré baixa, ora a baloiçar nas água ao sabor do vento. Assusta caminhar por cima, numa ameaça constante de desmoronamento, mas a sua longevidade confirma a resistência da estrutura.

A poucos quilómetros da Comporta, Carrasqueira é um daqueles locais de visita obrigatória, antes da praia. Os habitantes da aldeia da Carrasqueira dividem a labuta diária entre a faina do mar e o amanho da terra. A primeira pesca foi a apanha de amêijoas de cabeça (que eram vendidas a pessoas que se deslocavam à aldeia e aí as compravam).

Depois as pessoas começaram a comprar ostras. Foi esta pesca que trouxe um grande desenvolvimento à Carrasqueira. Pelo que houve a necessidade de arranjar condições para acolher o crescente número de pescadores e respectivas embarcações. E para que a pesca fosse possível, importava criar um acesso à água que não ficasse condicionado ao vai e vem das marés. É que, em situação de maré cheia a água atingia e às vezes galgava o “muro de maré” que defendia os terrenos agrícolas, para depois recuar na maré vazia algumas dezenas, senão centenas, de metros, entrepondo uma barreira de lodo entre a terra e a água.


Assim, escolhida que foi a melhor localização, no final de uma vala de drenagem dos terrenos agrícolas, dois pescadores lembraram-se de espetar uma estaca na borda do muro e puseram umas tábuas por cima para passarem. Os pescadores foram-se assim juntando dois a dois, constituiriam o seu bocado, espetavam mais estacas adiante do que estava e punham tábuas por cima, sendo que cada pescador atracava os barcos no seu lado. Este foi um processo evolutivo que prolongou o emaranhado de estacas e tábuas por centenas de metros. Isto passou-se nos anos 50/60 e os pescadores eram poucos então.



Reconhecendo no Estuário um manancial de riqueza tão próximo, as populações locais foram evoluindo no seu aproveitamento, abraçando cada vez mais a pesca como actividade mais lucrativa, mas sem abandonarem por completo a agricultura (a agricultura era a actividade dominante, enquanto a pesca inicialmente não era mais do que um complemento dos parcos rendimentos que a agricultura de latifúndio permitia aos trabalhadores).



FONTE: http://www.skyscrapercity.com/archive/index.php/t-837860.html E http://www.cm-alcacerdosal.pt/PT/Concelho/Patrimonio/PatrimonioArquitectonico/Civil/Paginas/CaisPalafiticodaCarrasqueira.aspxCARRASQUEIRAVila

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CAIS PALAFÍTICO DA CARRASQUEIRA





Obra-prima da arquitectura popular, o cais palafítico da Carrasqueira, único da Europa, é construído em estacas de madeira irregulares, aparentemente frágeis, que servem de embarcadouro aos barcos de pesca que ali acostam. Ora estão enterradas no lodo, ora na água, segundo as marés. Infelizmente,visitei o cais em baixa-mar, o que tranforma este belo local num sítio de reflexão, nesta desolação de marina dos pobres.



Integrada na reserva natural do Estuário do Sado, a aldeia ribeirinha conserva uma impressionante rede de estacaria que se estende centenas de metros pelos esteiros lamacentos do rio Sado.
FONTE: http://www.cm-alcacerdosal.pt/PT/Concelho/Patrimonio/PatrimonioArquitectonico/Civil/Paginas/CaisPalafiticodaCarrasqueira.aspx

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CABANAS DE COLMO


Construídas com caniços e madeira, as cabanas de colmo, que ainda hoje podemos ver em grande número na Carrasqueira, fazem lembrar as vidas difíceis dos trabalhadores rurais, dos pescadores e dos salineiros que em tempos habitaram os vastos terrenos da Herdade da Comporta.


Estas construções surgiram da necessidade de alojar os trabalhadores da herdade e tinham um carácter de abrigo provisório. Os proprietários dos terrenos não permitiam aos seus funcionários edificarem habitações em materiais mais sólidos e duradouros, pois isso, posteriormente, poderia dar-lhes algum direito de posse.



Os trabalhadores eram, assim, obrigados a construir cabanas de colmo, cujo piso era de terra batida ou de barro. As casas eram construídas com materiais altamente inflamáveis. Deste modo, estabeleceu-se a construção de duas cabanas, com funções distintas, para cada duas famílias. Numa das habitações ficavam os quartos e a sala, enquanto que a outra funcionava como uma cozinha. Esta divisão permitia evitar muitos incêndios.


Actualmente, as cabanas de colmo são consideradas património cultural, sendo que algumas delas são usadas como alojamento eco-turístico.