domingo, 20 de outubro de 2019

Vinte anos sem Amália Rodrigues

Hortense
Panteão Nacional
Amália da Piedade Rodrigues (Lisboa, 1 de Julho de 1920 — 6 de Outubro de 1999) foi uma fadista, cantora e actriz portuguesa, geralmente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional, entre os portugueses ilustres.

Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como uma das suas melhores embaixadoras no mundo. Aparecia em vários programas de televisão pelo mundo fora, onde não só cantava fados e outras músicas de tradição popular portuguesa, como ainda canções contemporâneas (iniciando o chamado fado-canção) e mesmo alguma música de origem estrangeira (francesa, americana, espanhola, italiana, mexicana e brasileira). 

Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados, de que é exemplo a lírica de Luís de Camões ou as cantigas e trovas de D. Dinis. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, José Carlos Ary dos Santos, Alexandre O'Neill ou Manuel Alegre. Rodrigues falava e cantava em castelhano, galego, francês, italiano e inglês.

Em 1943 iniciou sua carreira internacional, actuando no Teatro Real de Madrid. Entre 1944 e 1945, ficou 8 meses em cartaz no Cassino Copacabana. Sua estreia no cinema deu-se em 1947, com o filme Capas Negras, considerado um marco no cinema europeu e latino, tendo ficado mais de um ano em cartaz e sendo o maior sucesso do cinema lusitano até hoje. A canção "Coimbra", atingiu a segunda posição da tabela Billboard Hot 100, da revista estadunidense Billboard, em 1952. Em Maio de 1954, Amália foi capa da mesma revista estadunidense, pois o álbum Amália in Fado & Flamenco atingiu a primeira posição entre os mais vendidos nos Estados Unidos. Neste mesmo ano, em actuou no Radio City Music Hall em Nova Iorque por 4 meses.

Até a sua morte, em outubro de 1999, 170 álbuns haviam sido editados com seu nome em 30 países, vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo, número 3 vezes maior que a população de Portugal.

Ao visitar o Panteão Nacional, pode-se prestar homenagem a esta fadista e ouvir os seus fados como música de fundo. Gostei de ver que este é o túmulo mais florido do edifício, é sinal que a Amália não está esquecida.

Fonte: Wikipédia

Quando eu perturbo uma obra de arte...

No CCB gostei muito desta instalação "Drift" por ter imagens do mar e da convivência que temos com o mar e, como tal, não pude deixar de entrar no "meio" desta obra de arte contemporânea. Aqui fica uma foto do painel de informação para perceberem melhor sobre esta peça, e talvez, suscitar o interesse para visitar a respectiva exposição.


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Salgueiro Maia



Fernando José Salgueiro Maia (Castelo de Vide, 1 de Julho de 1944 — Lisboa, 4 de Abril de 1992), foi um militar português. Foi um dos capitães do Exército Português que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de Abril de 1974, que marcou o final da ditadura em Portugal.

Na madrugada de 25 de Abril de 1974, durante a parada da Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, proferiu o célebre discurso: "Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!" Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura. A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.

Este monumento de homenagem a Salgueiro Maia foi inaugurado a 25 de Abril de 2006 no Largo Cândido dos Reis, próximo do local onde este militar foi recebido pela população após ter liderado o golpe militar de 25 de Abril de 1974, quando regressava de Lisboa. A inauguração esteve inserida nas comemorações do 32º aniversário da Revolução e eu tive o prazer de o fotografar na minha ida a Santarém, em 2018.


Fonte: Wikipédia e https://www.visitarportugal.pt/distritos/d-santarem/c-santarem/santarem/monumento-salgueiro-maia

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Quem é a formiguinha trabalhadora?

Hortense
Ruas Floridas do Redondo, 2019
Identificas-te com elas?? Eu respondo que sim

Celibatário


Qualquer pessoa é capaz de alterar um pouco a sua vida em troca de um projecto de amor, menos o celibatário. De alguma maneira, já provou que vive bem sem amor, se o amor implicar mexerem-lhe na secretária, ler o jornal antes dele ou arrancá-lo de casa quando não lhe apetece.

FERRO, Rita, Só se morre uma vez - Diário 2, Alfragide, D. Quixote, 2015, p.99.

domingo, 6 de outubro de 2019

Moinho

Montemor-o-Novo

O tempo

O tempo não passou ou só a consciência
que provisoriamente sinto de voltar alguns anos atrás
a sensação que sei de reflectir sobre esse tempo
de ser um espectador de sucessivos sucedidos dias
de não viver apenas não viver sem sequer saber que vivo
num espaço demarcado onde as coisas e os homens
eram tanto que eram simplesmente
só essa consciência e sensação me fazem suspeitar
de que passou o tempo que nunca passou

BELO, Ruy, O jogo do chinquilho, Na Margem da alegria - poemas escolhidos por Manuel Gusmão,  Assírio e Alvim, 2011,p. 94.

Aves no zoo













JARDIM ZOOLÓGICO DE LISBOA

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Murmúrio de S. Francisco

Fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado, 
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna

FLORES, Francisco Moita, Mataram o Sidónio!, Alfragide, Leya, 2014, pp. 96-97.

Ler é um diálogo

Quando lês, é como se essa outra personagem com quem dialogas quando estás sozinho se transferisse para as páginas do livro. Porque, de duas uma: ou estás em diálogo com a tua outra personagem, ou estás em diálogo com o autor do livro. Ler é sempre um diálogo do eu com a voz de outra pessoa.


 FERREIRA, António Mega, Hotel Locarno, Porto, Sextante Editora, 2015, p.107

Ser simples, ser natural, foi a natural preocupação que me acompanhou nas minhas douradas horas de distracções líricas


DEUS, João de, Poesia, Lisboa, Editorial Presença, 1998.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Shiu

Museu de Arte Contemporânea de Elvas, 2018

Falhanços

... ocorre-me que sou, e sou-o há muito tempo, um pessimista. Quando algo tão sólido como uma família se revela um fracasso, é mais do que razoável coisas menos estáveis falharem também, e falharem espectacularmente. Neste caso, pelo menos, estou enganado.

STEINHAUER, Olen, Do Desastre de Lisboa, Lisboa, Bertrand Editora, 2015, p. 19.