O Castelo de Montemor-o-Novo localiza-se na freguesia de
Nossa Senhora da Vila, concelho de Montemor-o-Novo, distrito de Évora, no
Alentejo, em Portugal. Em posição dominante sobre o outeiro mais alto da região, o
castelo abrigava originalmente nos seus muros a povoação que, desenvolvendo-se,
expandiu-se pela encosta a Norte. Afirma-se que neste castelo Vasco da Gama
ultimou os planos para a sua viagem à Índia.
A primitiva ocupação humana deste local remonta
possivelmente a um castro pré-histórico romanizado, conforme os testemunhos
arqueológicos abundantes na região. Neste ponto encontravam-se as estradas
romanas de Santarém e da foz do rio Tejo, seguindo, por Évora, até Mérida. O
local teria sido, por esta razão, fortificado.
Na época da reconquista cristã da península ibérica, a
povoação foi conquistada pelas forças portuguesas sob o comando de D. Sancho I
(1185-1211). Visando o seu repovoamento e defesa, o soberano concedeu-lhe Carta
de Foral em 1203. Acredita-se que a construção do castelo medieval se tenha
iniciado nesta fase. Na época de D. Dinis (1279-1325) foram encetadas grandes
reformas nas defesas da povoação, entre as quais a construção da cerca da vila,
concluída em 1365.
Ao longo do século XV, o castelo sofreu obras de
remodelação, trabalhos a cargo do mestre de pedraria Afonso Mendes de Oliveira.
Nos séculos XV e XVI, a vila atingiu a sua maior prosperidade, devido não só ao
comércio regional, mas também ao facto de a Corte permanecer por longos
períodos em Évora, o que tornou a vila palco de acontecimentos como as Cortes
de 1495, quando D. Manuel I (1495-1521) tomou a decisão de proceder ao
descobrimento do caminho marítimo para a Índia. Este soberano concedeu foral
novo à vila em 1503.
No contexto da Guerra da Restauração da independência
portuguesa, o Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656), deu ordens para a
reedificação das suas defesas. Quando do terramoto de 1755, encontrando-se o espaço
intra-muros já bastante degradado, acredita-se que os efeitos do sismo
contribuíram para acelerar o processo de decadência das defesas. Por essa
razão, o conjunto foi objeto de reparações ainda no século XVIII.
Durante a Guerra Peninsular, a guarnição da antiga
fortificação medieval resistiu às tropas napoleónicas sob o comando de Junot (1808). Poucos anos mais
tarde, quando da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), aqui se concentrou o
estado-maior das tropas liberais, sob o comando do marechal duque de Saldanha.
O Castelo de Montemor-o-Novo encontra-se classificado como monumento
nacional pelo Decreto n.º 38 147, de 5 de janeiro de 1951.
Fonte: Wikipédia.