quarta-feira, 31 de maio de 2017
terça-feira, 30 de maio de 2017
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Jardim da Gulbenkian
Saí para o jardim, onde caminhei no meio das árvores. É um jardim muito verde, quase sem flores. O verde é uma cor tranquilizante. As linhas do jardim também. Horizontais e verticais. Árvores e água. Céu, um lago, placas de cimento ladeadas de arbustos, e vastas extensões de prado.
GERSÃO, Teolinda, A cidade de Ulisses, Porto, 2.a edição, Sextante Editora, 2011, p.12.
Mãe dominadora
... lá porque uma mulher se dá ao trabalho de criar uma bela filha, crê ter o talento que é necessário para dirigir a sua vida, e, lá porque, quando ela tinha seis anos, lhe dizia acertadamente, "Menina, endireitai vossa gola", quando essa filha tem dezoito anos e ela cinquenta, quando essa filha tem tanto ou mais juízo que a sua mãe, esta, levada pela mania de dominar, não se pode crer no direito de dirigir a sua vida e mesmo de utilizar a mentira.
STENDHAL, A Abadessa de Castro, Lisboa, Editorial Teorema, 1997, p. 121.
Esteva
Cistus ladanifer é uma espécie de planta com flores da família Cistaceae. Os seus nomes comuns são esteva, xara, cerguaço, esteva-de-flor-toda-branca, esteva-do-ládano, esteva-lada, esteva-ordinária, estevas, estevão, lada, ládano, ledon, ládano-de-espanha, estêva, lábdano ou roselha.
É nativa da parte ocidental da região mediterrânica, crescendo espontaneamente desde o sul de França a Portugal e no noroeste de África. É um arbusto que atinge 1-2,5 m de altura e de largura. Esta flor encontrei nos campos de Vila Viçosa.
Fonte: Wikipédia.
domingo, 28 de maio de 2017
Quando fazia ironia com a vida
Mas nesse tempo eu era estúpido, fazia ironia com a vida, não sabia aproveitar a vida que me era dada, e foi assim que perdi a oportunidade e a vida me escapou.
TABUCCHI, António, Os voláteis de Fra Angelico - Sonhos de sonhos - Os três últimos dias de Fernando Pessoa, D. Quixote, Alfragide, 2015, p. 171.
TABUCCHI, António, Os voláteis de Fra Angelico - Sonhos de sonhos - Os três últimos dias de Fernando Pessoa, D. Quixote, Alfragide, 2015, p. 171.
quinta-feira, 25 de maio de 2017
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Sentido da vida...
... para todos, o sentido da vida, o valor da vida e a relação com a morte eram completamente diferentes dos conceitos actuais do Ocidente. Os homens da Idade dos Descobrimentos ainda não pensavam na própria existência como um usufruto individual, mas como um bem colectivo. O preço de cada vida não era um valor subjectivo que cada pessoa atribuía a si mesma, mas um recurso objectivo reinvidicado pela comunidade. Um abandono quase sacrificial animava estas almas.
CADILHE, Gonçalo, Nos passos de Magalhães - Uma biografia itinerante, Cruz Quebrada, 2.ª edição, Oficina do Livro, 2008, p. 96.
terça-feira, 23 de maio de 2017
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Cidade de Montemor
domingo, 21 de maio de 2017
O silêncio chama a atenção?
- Não te rias. Falar sem chamar a atenção não é fácil! Estar sempre presente através da palavra e todavia continuar sem ser ouvido requer virtuosismo!
- O sentido desse virtuosismo escapa-me.
- O silêncio chama a atenção. Pode impressionar. Tornar-te enigmático. Ou suspeito.
KUNDERA, Milan, A Festa da Insignificância, D. Quixote, 2014, p. 25.
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Alguns têm na vida um grande sonho, e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho,e faltam a esse também.
PESSOA, Fernando, Palavras do Livro do Desassossego, Vila Nova de Famalicão, Edição Libório Manuel Silva, 2013, p.20.
quinta-feira, 18 de maio de 2017
"Arte natural"
Rio Tâmega, Amarante |
Às vezes penso, nós Homens somos artistas por gostarmos de transmitir os nossos sentimento, só que por vezes esquecemo-nos que a natureza também é artista em si. Esta fotografia é um bom exemplo de como Deus criou uma arte natural. Devemos olhar com mais atenção para estes quadros paisagísticos e saber respeitar a natureza. Só assim podemos ser Homens.
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Um bom exemplo de regeneração urbanística em Portugal
Serão os escritores mentirosos?
Mas deixe que lhe diga uma coisa. Não acredite muito no que dizem os escritores: eles estão quase sempre a mentir (dizer mentiras). Disse um escritor de língua espanhola que você talvez conheça, Mário Vargas Llosa, que escrever um conto é uma cerimónia semelhante ao "sritp-tease". Como a rapariga que, sob impudico projector, despe as roupas que traz e mostra as suas graças secretas, também o escritor desnuda em público a sua intimidade através dos seus contos. Há, evidentemente, diferenças. O que o escritor exibe de si próprio não são as suas graças secretas, como a desenvolta rapariga, mas sim o fantasmas que o assediam, a parte mais feia de si próprio: as suas nostalgias, as suas culpas e os seus rancores.
TABUCCHI, António, Os voláteis de Fra Angelico - Sonhos de sonhos - Os três últimos dias de Fernando Pessoa, D. Quixote, Alfragide, 2015, p. 48.
terça-feira, 16 de maio de 2017
segunda-feira, 15 de maio de 2017
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Dor
A minha dor é como o tempo, eternamente mais velho, e eternamente a mesma: hoje tão forte como ontem, mas mais forte.
PESSOA, Fernando, O eremita da serra negra, O mendigo e outros contos, Porto, Assírio e Alvim, 2012, p. 50.
No fim, fica apenas o deserto
Se chove as
plantas florescem; se não há chuva, secam e morrem. Os insectos são comidos
pelas lagartixas, por sua vez devoradas pelos pássaros. Todos acabam por morrer
e, depois de mortos, ficam ressequidos. Uma geração desaparece, outra toma o
seu lugar. É assim que as coisas se passam. Há muitas maneiras de viver. Há
muitas maneiras de morrer. Isso, porém, não tem qualquer importância. No fim,
fica apenas o deserto. Só o deserto permanece verdadeiramente vivo.
MURAKAMI, Haruki,
A sul da fronteira, a oeste do sol, Alfragide, 5ª edição,Casa das Letras, 2014, p. 96.
Morte igual a solidão
A morte pode explicar muitas solidões, porque a solidão não é uma enfermidade da alma: são muitas.
BAPTISTA-BASTOS, Armando, As bicicletas em Setembro, Porto, Edições ASA, 2007, p. 49.
BAPTISTA-BASTOS, Armando, As bicicletas em Setembro, Porto, Edições ASA, 2007, p. 49.
O louvor dos mortos é um modo de orar por eles
ASSIS, Machado de, Dom Casmurro, Lisboa, Universitária Editora, 1977, p. 110.
Morte
A morte, só ela invencível, mais poderosa e implacável que todas as vicissitudes humanas e que todas as dissoluções sociais, separou um do outro...
QUEIRÓS, Eça de, ORTIGÃO, Ramalho, O Mistério da estrada de Sintra, Lisboa, Sociedade Editora de Livros de Bolso, 2010, s/p.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
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