Rio Arade
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Falta de amor
... estavam conscientes de que a falta de amor era a base da delinquência, da crítica, da agressão, do ressentimento. A condenação não se sofria, gozava-se. Era um verdadeiro prazer. Para maior desamor, maiores mimos. Era à base de amor e cuidados que os delinquentes eram reintegrados na sociedade.
ESQUÍVEL, Laura, A Lei do amor, Porto, 16.ª edição, Asa Editores, 2006, p. 232.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Rio Tejo cheio de americanos
Porta-aviões Harry Truman - Lisboa, 2018
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
Crianças no museu
Núcleo Museológico de S. Francisco
Évora
Serão os museus de hoje atractivos para as nossas crianças? Ou apenas um prolongamento da sua casa? Estão elas felizes em aprender cultura neste espaço? Muitas questões e desafios nos provocam este público.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Forte de São Bruno de Caxias
Foi edificado no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, integrante da linha de fortificações da barra do Tejo, que se estendia do cabo da Roca até à Torre de Belém. Cruzava fogos com o Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo (a Oeste).
Foi erguido por determinação do Conselho de Guerra de D. João IV (1640-1656), sob a supervisão de D. António Luís de Meneses (1596-1675), 3° conde de Cantanhede, na qualidade de Governador das Armas da Praça de Cascais. Concluído em 1647, fazia parte da 1ª linha de fortificações marítimas e fluviais, erguidas à época entre o Cabo da Roca e a Torre de Belém, para defesa da cidade de Lisboa.
Ao se iniciar o século XVIII, o conde D. Rodrigo da Silveira foi nomeado seu governador (1701), mas já em 1735, padecendo de assoreamento, encontrava-se desactivado e a sua artilharia inutilizada. Encontra-se representado por João Tomás Correia no "Livro de Várias Plantas Deste Reino", de 1736. Anos mais tarde, em 1751, encontrava-se restaurado, mas, mesmo artilhado, em 1777 encontrava-se desguarnecido, habitado por uma família de civis. Ao se encerrar o século, foi nomeado como seu governador Manoel António da Cunha (1800), encontrando-se guarnecido em 1802, artilhado com onze peças.
No século XIX,
com a perda da sua função defensiva diante da evolução dos meios
bélicos, foi desartilhado, e utilizado em outras funções: em 1815
encontrava-se novamente invadido pelas areias com a sua tenalha direita
derrubada, faltando portas e janelas;
entre 1831-1832, tendo o Infante D. Francisco construído um palacete
fronteiro ao forte, passou a servir-se do monumento como alvo para
exercícios de tiro; foi arrendado por nove anos ao bacharel João Cardoso Ferraz de Miranda (1878); em 1895 a Administração-geral das Alfândegas solicitou a cessão do imóvel para nele instalar um posto fiscal.
No início do século XX, após obras de adaptação, foi finalmente cedido à Guarda Fiscal, que o ocupou até 1946, quando ali se instalou a Mocidade Portuguesa. Data deste período a primeira intervenção de conservação e restauro promovida pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN, 1952-1958).
Após a Revolução dos Cravos as suas instalações foram entregues ao Fundo de Apoio às Organizações Juvenis para serem utilizadas como colónia de férias (1976). No ano seguinte, passou para a Associação Portuguesa de Pousadas da Juventude. Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público através do Decreto n.º 95, de 12 de Setembro de 1978. Recuperado pela DGEMN (1982 e 1984-1986), desde 22 de Outubro de 1984 encontrava-se cedido ao Corpo de Voluntários Salvadores Náuticos, que lhe manteve bem conservadas as instalações. Em 1997, a DGEMN e a Câmara Municipal de Oeiras procederam-lhe novas obras de recuperação e de reabilitação. Finalmente, em 2000,
a Câmara Municipal intervencionou a sua envolvente, proporcionando um
espaço mais agradável aos visitantes e uma melhor acessibilidade ao
forte.
Em bom estado de conservação, constitui-se hoje em sede de honra da Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos, que aqui comemora anualmente, a 29 de Julho, o aniversário dos Amigos dos Castelos.
Pequena fortificação marítima, abaluartada, com planta poligonal estrelada, em estilo barroco. Implantada sobre um afloramento rochoso na margem do rio, em seu traçado prevalece a funcionalidade sobre a ornamentação.
Pelo lado de terra, abre-se o Portão de Armas, de arco pleno sobre pilastras, encimado por placa epigráfica de pedra datada de 1647 e pela pedra de armas de Portugal. A placa reza:
- "D IOAO 4° REI D PORTVGAL MANDOV / FAZER ESTA OBRA SENDO GOR DAS / ARMAS DA PRAÇA DE CASCAIS O / CONDE DE CANTANHEDE DOS / CONSº DE ESTADO E GUERRA D / S MGDE VEDOR DE SVA FZDA / A CVJA ORDEM COMETEV O EFEITO DELLA / ANNO 1647"
O núcleo central do forte apresenta planta retangular, com dependências abobadadas e duas baterias para tiro rasante pelo lado do rio. Acima das dependências, em terraço lajeado, abre-se a bateria elevada.
Gonte: Wikipédia
domingo, 24 de fevereiro de 2019
sábado, 23 de fevereiro de 2019
Clausura da casa
Lentamente, o casarão foi rodando com a curva da estrada, espiando-nos do alto da sua quietude lôbrega pelos cem olhos das janelas. Até que, chegados à larga boca do portão, nos tragou a todos imediatamente, cerrando as mandíbulas logo atrás.
FERREIRA, Vergílio, Manhã submersa, Amadora, 11.a edição Livraria Bertrand, 1954, p. 21.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019
Forte de Peniche
A Praça-forte de Peniche, monumento nacional desde 1938, situa-se nesta cidade, no extremo sul do distrito de Leiria. O Forte de Peniche é a principal fortificação desse conjunto defensivo. Encontra-se implantado na encosta sul da Península de Peniche, por sobre as escarpas, entre o porto de pesca, a leste, e a Gruta da Furninha a oeste.
Fonte: Wikipédia
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
Pôr do sol na praia
Praia dos Três Irmãos
PORTIMÃO
domingo, 17 de fevereiro de 2019
sábado, 16 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019
Amor
O amor é mais
privação do que plenitude. O amor é a plenitude da carência.
BOBIN, Christian,
Francisco e o Pequenino, Braga, Editorial A.O., 2013, p 101.
Amor
Não sei de amor
senão o amor perdido
O amor que só se
tem de nunca o ter
Procuro em cada
corpo o nunca tido
E é esse que não
pára de doer.
Não sei de amor
senão o amor ferido
De tanto te
encontrar e te perder
Não sei de amor
senão
ALEGRE, Manuel,
Livro de português errante, Lisboa,
Publicações D. Quixote, 2001, p. 53.
E assim
E assim continuamos, desde há milénios: os homens a darem amor para terem sexo, as mulheres a darem sexo para terem amor - e não se sai disto.
FERRO, Rita, Só se morre uma vez - Diário 2, Alfragide, D. Quixote, 2015, p. 29.
Não cases
Espera o melhor mas prepara-te para o pior. Não cases nem ames, nem odeies, nem temas: para quem sente o seu sentir isso seria estar demasiado na vida. Lembra-te de que nada vale a pena. Não cases nunca.
PESSOA, Fernando, O eremita da serra negra, O mendigo e outros contos, Porto, Assírio e Alvim, 2012, p. 51
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Fonte Nova
Planta rectangular composta por tanque,
cimentado, com recorte central em meia-laranja do qual parte, em
direcção à bica, pequena ponte, e por extenso paredão de alvenaria
rebocada e caiada. Paredão de dois registos, definidos por cornija
saliente, e 3 panos; no registo inferior, delimitando os panos,
pilastras pintadas coroadas de pináculos piramidais; no pano central, ao
nível do tanque, bica em forma de carranca antropomórfica *1; no
registo superior, rematando os 3 panos, frontões recortados, o central
sobrelevado tendo no tímpano uma lápide com a inscrição: FONTE NOVA /
FOI ESTA FONTE CONSTRUÍDA EM 1794 / E REPARADA EM 1927 / AO CUIDADO DOS
MUNICIPES SE ENTREGA A SUA CONSERVAÇÃO / CME; na face posterior do
paredão, muro de alvenaria rebocada e caiada, sensivelmente da mesma
altura do registo inferior, à qual se adossam os frontões central e
direito e parcialmente o frontão esquerdo. Pilastras, arestas de
pináculos e frontões, pintados a cor cinza claro.
Fonte: http://encantosdanossaterra.blogspot.com/2009/10/fonte-nova.html
Aves da Comporta
A Comporta está integrada na Reserva Natural do Estuário do Sado,
conferindo-lhe as condições necessárias para o desenvolvimento das mais
de 200 espécies de aves que por aqui existem.
Fonte: Wikipédia.
Viajar?
Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como afinal, as paisagens são.
PESSOA, Fernando, Palavras do Livro do Desassossego, Vila Nova de Famalicão, Edição Libório Manuel Silva, 2013, p. 51.
domingo, 10 de fevereiro de 2019
sábado, 9 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Igreja de S. Julião
A
primitiva Igreja de S. Julião não se encontrava no local que ocupa
hoje, mas sim a norte da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira (cruzamento
da Rua de S. Julião com a Rua Augusta).
Com a destruição causada
pelo terramoto de 1755 a igreja foi reconstruída no local onde outrora
se erguera a Patriarcal de D. João V, igualmente arrasada pela
catástrofe. A reconstrução foi concluída em 1802. Catorze anos depois,
um incêndio destruiu o recheio do templo, que teve de sujeitar-se a
novas obras, as quais se prolongaram até 1854.
Em 1910, o Conselho
Geral do Banco de Portugal decidiu comprar a antiga Igreja de São Julião
e os seus anexos, devido ao crescimento do Banco. De 1910 a 1933
decorreram as negociações entre o Banco de Portugal e a Confraria
de São Julião. Em 7 de Junho de 1933, foi celebrada a escritura de
compra e venda do edifício, altura em que foi dessacralizada.
Em 30
de Novembro de 1938, o Banco submeteu à Câmara Municipal de Lisboa (CML)
um ante-projeto elaborado pelo arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, a fim
de substituir por um único prédio os diversos edifícios que constituíam
o conjunto da sede e da antiga Igreja de S. Julião e anexos. Todavia,
esse requerimento não teve resposta favorável da edilidade.
Posteriormente
o Banco decidiu aproveitar os espaços disponíveis para áreas técnicas,
casas fortes, arquivos e, ainda, estacionamento temporário para cargas e
descargas de materiais, equipamentos e pessoas.
A decisão para a
reabilitação e restauro do edifício da Sede do Banco de Portugal foi
tomada em 2007, tendo em conta a necessidade de reabilitação geral do
edifício, incluindo o seu reforço estrutural; o cumprimento dos
eurocódigos em termos de resistência anti-sísmica e protecção contra
incêndios; a adopção de vários dispositivos de segurança e de saídas de
emergência; e a instalação do Museu do Dinheiro.
Entre 1965 e 1970 o Banco elaborou dois projectos de aproveitamento deste espaço:
• Elevação de mais um piso, que foi aprovado pela CML em 3 de Dezembro de 1971;
• Aproveitamento da zona ocupada pela antiga Igreja e sua integração em edifício único, aprovado pela CML em 1973, tendo sido concedida a respectiva licença de demolição do edifício, com a condição de que ela fosse antecedida pela numeração das pedras, o que indiciava uma possível reconstituição noutro local.
Os trabalhos iniciados, apesar das vozes de protesto contra a destruição da Igreja, foram suspensos em finais de 1974 devido a nova orientação camarária após o 25 de Abril.
• Aproveitamento da zona ocupada pela antiga Igreja e sua integração em edifício único, aprovado pela CML em 1973, tendo sido concedida a respectiva licença de demolição do edifício, com a condição de que ela fosse antecedida pela numeração das pedras, o que indiciava uma possível reconstituição noutro local.
Os trabalhos iniciados, apesar das vozes de protesto contra a destruição da Igreja, foram suspensos em finais de 1974 devido a nova orientação camarária após o 25 de Abril.
O projecto de
reabilitação e restauro do edifício (que decorreu entre 2007 e 2012)
cumpre os eurocódigos relativos à resistência sísmica e à protecção
contra incêndios. Desde Abril de 2016 a antiga Igreja de S. Julião
acolhe o Museu do Dinheiro.
Subscrever:
Mensagens (Atom)