sábado, 30 de abril de 2011

Tectos do Mosteiro dos Jerónimos






O Mosteiro dos Jerónimos é uma obra fundamental da arquitectura manuelina. O risco inicial é de Boitaca (1502), que lançou os fundamentos da igreja e do claustro.
A igreja é de planta longitudinal, em cruz latina, com três naves cobertas por abóbada única, rebaixada, apoiada em oito pilares octogonais de grande altura, sistema que possibilita a criação de um espaço transparente, unificado e luminoso.
Fonte:

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Igreja de S. Bartolomeu

Dominando o poente da antiga Praça Nova de Vila Viçosa, ergue-se a igreja seiscentista de São João Evangelista, sede da paróquia de São Bartolomeu - conhecida por Igreja de São Bartolomeu, que fora pertença do Colégio dos Jesuítas.
Ostenta a sua fachada certa imponência no estilo barroco, forrada a bardilho marmóreo da região, com três ordens de janelas e três portais ladeados de colunas dóricas. Acompanham-na duas exuberantes torres quadrangulares, sem coruchéus, e em cujos campanários de seis sinos se inclui o famoso Caracena que serviu o relógio público da Torre de Menagem do Castelo e que nas Guerras da Restauração foi fortemente danificado pelas tropas do general espanhol daquele nome.

No interior do templo, abundante de mármores e de boa talha, é notável o sacrário de madeira dourada e podem apreciar-se, ainda, esculturas de madeira estofada e diversas telas dos séculos XVII e XVIII.

Na sacristia anexa, de onde saíram as peças mais valiosas para o Museu de Arte Sacra, existem, ainda, diversas alfaias do culto, bastante apreciáveis, além de um aparatoso arcaz paramenteiro de madeira de carvalho.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

PRAIA DO ALMOGRAVE




A Longueira / Almograve é uma freguesia do concelho de Odemira. Foi criada em 12 de Junho de 2001, por desmembramento da freguesia de São Salvador. Longueira, povoação de brandos costumes, situada entre a planície e o mar, integrada no parque natural do sudoeste alentejano e costa vicentina.



Inclui as localidades de Longueira, Cruzamento do Almograve e Almograve, localidade sede da nova freguesia. A sua área estende-se entre o mar e a margem sul Rio Mira (a jusante de Odemira), onde a charneca e o vale do rio dominam a paisagem. A sua costa oferece bonitas praias encaixadas nas falésias e com extensos areais, como a Praia das Furnas (junto da foz do Mira) ou a própria Praia do Almograve, como se pode ver pelas fotografias que tirei!


Fonte: Wikipédia.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

CANTIGA DE ABRIL

“Cantiga de Abril”, é a resposta de Jorge de Sena aos novos rumos da política portuguesa e ao poema que escrevera dezoito anos antes e que se tornou epígrafe da cantiga: “Não hei-de morrer sem saber qual a cor da liberdade”



Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.
[...]
Saem os tanques para a rua,
Sai o povo logo atrás:
Estala enfim altiva e nua,
Com força que não recua,
A verdade mais veraz.
Qual a cor da liberdade?
É verde, verde e vermelha.


Bibliografia:
QUEIROZ, Flavia Tebaldi Henriques. A poesia de exílio de Jorge de Sena. Rio de Janeiro, 2006. Dissertação (Mestrado em Literatura Portuguesa), Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006, p. 81.

Fonte: http://www.letras.ufrj.br/posverna/mestrado/QueirozFTH.pdf

domingo, 24 de abril de 2011

Vasco da Gama

Vasco da Gama (Sines, c. 1460 ou 1469 — Cochim/Índia, 24 de Dezembro de 1524), navegador e explorador português na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar directamente da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo equador. No fim da vida foi governador da Índia portuguesa, com o título de vice-rei.


Vasco da Gama era filho de Estêvão da Gama, que em 1460 era cavaleiro da casa de D.Fernando de Portugal, Duque de Viseu e alcaide-mor de Sines. Pouco se sabe do início da vida de Vasco da Gama, que terá estudado em Évora, onde poderá ter aprendido matemática e navegação. É evidente que Vasco da Gama conhecia bem a astronomia, e é possível que tenha estudado com o astrónomo. Em 1492, o rei D. João II enviou Vasco da Gama ao porto de Setúbal, a sul de Lisboa e ao Algarve para capturar navios franceses, em retaliação por depredações feitas em tempo de paz contra a navegação portuguesa - uma tarefa que o Vasco da Gama executou rápida e eficazmente.

Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém em demanda da Índia. Era uma expedição essencialmente exploratória que levava cartas do rei D. Manuel I para os reinos a visitar, padrões para colocar, e que fora equipada por Bartolomeu Dias com alguns produtos que haviam provado ser úteis nas suas viagens, para as trocas com o comércio local. Vasco da Gama iniciou a viagem de regresso a 29 de Agosto de 1498. Apenas duas das embarcações que partiram do Tejo conseguiram voltar a Portugal, chegando, respectivamente em Julho e Agosto de 1499.

Vasco da Gama contraiu malária em Goa. Veio a falecer na cidade de Cochim, na véspera de Natal em 1524. Foi sepultado na Igreja de São Francisco (Cochim). Em 1539 os seus restos mortais foram transladados para Portugal, mais concretamente para a Igreja de um convento carmelita, conhecido actualmente como Quinta do Carmo (hoje propriedade privada), próximo da vila alentejana da Vidigueira, como conde da Vidigueira de juro e herdade (ou seja a si e aos seus descendentes) desde 1519.

Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos, construído logo após a sua viagem, com os primeiros lucros do comércio de especiarias, ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões.

Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_da_Gama"

sábado, 23 de abril de 2011

Casas Pintadas de Évora

As Casas Pintadas devem o seu nome aos frescos que decoram a galeria do jardim, exemplares únicos de pintura mural palaciana da primeira metade do séc. XVI.

A preservação da memória histórica e artística do edifício desenvolve-se através de um projecto global,
integrado e coerente, onde se destacam os frescos e o jardim.

Equipas de especialistas trabalharam para recuperar a integralidade da natureza e essência deste espaço, considerado uma singularidade no panorama da Arte dos Jardins em Portugal, não só por aquilo que foi e representou à época da sua construção – na transição entre o ideário medieval e o renascentista –, mas também por aquilo que ainda é.


Para visitar, basta dirigir-se à Fundação Eugénio de Almeida, a entrada é pela Rua Vasco da Gama.


Citado de: http://www.fundacaoeugeniodealmeida.pt/direscrita/ficheiros/programa.pdf

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Flores do campo


Valverde, ÉVORA

Abril 2011

Tratado de Maastricht


O Tratado de Maastricht, também conhecido como Tratado da União Europeia (TUE) foi assinado a 7 de Fevereiro de 1992 na cidade holandesa de Maastricht.

O Tratado de Maastrich foi um marco significativo no processo de unificação europeia, fixando que à integração económica até então existente entre diversos países europeus se somaria uma unificação política. O seu resultado mais evidente foi a substituição da denominação Comunidade Europeia pelo termo atual União Europeia.

O Tratado de Maastricht, criou metas de livre movimento de produtos, pessoas, serviços e capital. Visava a estabilidade política do continente. A estrutura do tratado da União é composta por 3 pilares:

Trata-se de assuntos relacionados com a agricultura, ambiente, saúde, educação, energia, investigação e desenvolvimento. A legislação neste pilar é adotada conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho. O Conselho delibera por maioria simples, por maioria qualificada ou por unanimidade. Em assuntos tais como fiscalidade, a indústria, fundos regionais, investigação exigem deliberação por unanimidade.

Trata de assuntos de política externa e segurança comum, assim como de assuntos de cooperação policial e judiciária em matéria penal. No 2º e 3º pilares compete ao Conselho deliberar por unanimidade em matérias de maior relevância. Na maior parte dos assuntos é suficiente a maioria qualificada e em matérias de menor relevância é apenas a maioria simples.

Um dos pontos principais do TUE é o início do processo da união monetária que reúne todos os Estados-Membros que cumpriram os critérios económicos estabelecidos para fazer parte da moeda única (Euro). O TUE também atribuiu aos cidadãos dos Estados-Membros o Estatuto de Cidadão Europeu que inclui um conjunto de direitos e deveres que caracterizam a cidadania europeia, como o voto e participação nas eleições locais e europeias, o direito de petição e o recurso ao defensor do povo europeu.




Fonte: Wikipédia

terça-feira, 19 de abril de 2011

Maastricht

Maastricht, a mais antiga das cidades neerlandesas, é a capital da província de Limburgo, sendo atravessada pelo rio "Mosa", que lhe dá um ar de frescura. Cidade ampla e cheia de vida, também devido às várias instituições que aqui se localizam, a Universidade de Maastricht ou o Museu Bonnefanten, de arte, é uma cidade à escala humana, talvez devido à sua antiguidade e não existir edifícios altos e horríveis, tudo está concebido em harmonia.

A sua particularidade são os seus famosos cafés, muito discretos por acaso, as excessivas câmaras de vigilância e as bicicletas sempre a passar. Afinal, subidas também não há!











Foi nesta cidade que, no ano de 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, que veio a substituir o Tratado de Roma, de 1957. E tinha, como objetivo principal, a unificação monetária, através do Euro, realizada em 1 de Janeiro de 2002.




Fonte: Wikipédia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Praça de Maastrich










Perhaps one of the best (free) sights of Maastricht is simply to admire the square in the centre of the city; The Vrijthof, which features the massive St Servaas Church and St Jan's Cathedral;


Fonte: Wikipédia.

domingo, 17 de abril de 2011

FADO NO LUXEMBURGO


Numa sexta-feira à noite, desloquei-me a uma pequena vila perto da capital para conhecer um restaurante típico português (que saudades que já tinha da nossa comidinha!) e ouvir fados! Coisa que não faço cá no nosso país! Estas são as pequenas vantagens de estarmos lá fora, ligamos mais à nossa raíz... E curiosamente, nesse dia estava a dar na televisão uma tourada no Redondo!


Conheci elementos da comunidade portuguesa: o trabalhador que só trabalha para enriquecer e pouco goza a vida; o estagiário que foi à aventura mas que ficou lá a trabalhar, o pai de filhos que diz que o luxemburgo só é bom para passear mas ele vive lá..., desaconselhando-me de sair de Portugal, o fadista que de tão cantar para ganhar uns trocos estava sem voz neste pequeno encontro de amigos, etc. etc. Conhece-se de tudo um pouco quando se confaterniza!

Apreciei os estrangeiros que gostam de conviver com a nossa comunidade e que se sentem em casa! Em todo o lado os portugueses fazem sempre amigo, porque será?

Também em 2010 conheci neste restaurante e vida dura de emigrante (isto porque o restaurante, por cima tinha quartos para alugar), que há portugueses que vão para o Luxemburgo trabalhar, renegando quase condições básicas de o conforto mas que ao fim do dia convivem entre si no café.

Rua do Menino Jesus







ÉVORA

sábado, 16 de abril de 2011

Filarmónica do Luxemburgo


Ao lado do Mudam encontramos este grandioso edifício pertencente à Orquestra Filarmónica do Luxemburgo. O que mostra bem que neste país nem tudo é secular... E adorei a sua arquitectura! Parece uma mistura de acordeão, tambor e teclas! Sim, eu sigo a velha máxima de que uma historiadora deve olhar para o moderno da mesma forma!
The Luxembourg Philharmonic Orchestra has been a pillar of excellence in the cultural life of Luxembourg since 1933 when it was created by RadioLuxembourg. Since 1996 it is Luxembourg's National Orchestra. International touring under the baton of its music director Emmanuel Krivine enhances the orchestra's reputation. At the Philharmonie Luxembourg it has its own series and plays children's and family concerts as well. Internationally renowned conductors and soloists are regularly invited by the orchestra for concerts in Luxembourg and abroad. The orchestra's discography is impressive and most of the CDs were awarded prestigious international prizes, over seventy until now!

Fonte: www.opl.lu

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Biblioteca de Évora


Os empregados da biblioteca começavam a chegar às oito e meia, nove menos um quarto... aspiravam palavras mudas quando concordavam com alguma coisa... alguns tinham óculos pendurados ao pescoço por correntes finas.











Os leitores de livros chegavam às nove, o ponteiro dos minutos, tic, a bater na hora certa. Todos limpavam os pés num tapete enorme que repousava à entrada da biblioteca e, bem educados, todos caminhavam como se não tocassem no chão. Às vezes, o cheiro dos livros antigos, o papel amarelo, podia confundir-se com poeira, as não havia efectivamente, as superfícies lisas brilhavam.
Fonte: PEIXOTO, José Luís, Livro, Lisboa, Quetzal, 2010, p.143.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A MULHER


O papel da mulher em geral, no romance "O REMORSO DE BALTAZAR SERAPIÃO" de Valter Hugo Mãe, representa a mentalidade medieval, onde a mulher era considerada um ser inferior, sem direitos. Semelhante aos homens fisicamente, racionalmente eram definidas abaixo dos animais - A voz das mulheres estava sob a terra, vinha de caldeiras fundas onde só o diabo e gente a arder tinham destino, a voz das mulheres, perigosa e burra, estava abaixo de mugido e atitude da nossa vaca, a sarga, como lhe chamávamos. (Mãe; 2009:9). Para Baltazar, as mulheres só são belas porque têm parecenças com os homens (...) o que lhes tirou Deus em préstimo de espírito deu-lhes em curvas e cor (...) servem para nos multiplicar e muito agradar (Mãe; 2009:121).

FONTE: MÃE, Valter Hugo, O Remorso de Baltazar Serapião, 3.ª edição, Matosinhos, QuidNovi, 2009.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

JANELA

Telhados do Palácio de Mafra
Por mais pequena que seja uma janela, esta permite-nos sempre iluminar o nosso espaço interior! O de ver para além de qualquer coisa... o de procurar algo que não existe no nosso espaço...

terça-feira, 12 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Templo Romano


Localizado no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóios, pela Biblioteca Pública de Évora (de cujas janelas tirei estas fotorafias) e pelo Museu. O templo romano de Évora é o ex-líbris da cidade de Évora, cidade Património Mundial. É um dos mais famosos símbolos da presença romana em território português.

Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII. Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um deus durante e após seu reinado. O templo foi construído no século I d.C. na praça principal (fórum) de Évora - então chamada de Liberatias Iulia - e modificado nos séculos II e III. Évora foi invadida pelos povos germânicos no século V, e foi nesta época em que o templo foi destruído; hoje em dia, suas ruínas são os únicos vestígios do fórum romano na cidade.


O templo foi usado como um açougue do século XIV até 1836. Esta utilização da estrutura do templo ajudou a preservar seus restos de uma maior destruição. Finalmente, depois de 1871, as adições medievais foram removidas, e o trabalho de restauro foi coordenado pelo arquitecto italiano Giuseppe Cinatti.

O templo romano possui ainda a sua base completa (o pódio), feito de blocos de granito de formato tanto regular como irregular. O formato da base é retangular, e mede 15m x 25m x 3.5m de altura. O lado sul da base costumava ter uma escadaria, agora em ruínas.



Um total de catorze colunas de granito ainda estão de pé no lado norte (traseiro) da base; muitas das colunas ainda têm seus capitéis em estilo coríntio sustentando a arquitrave. Os capitéis e as bases das colunas são feitos de mármore branco de Estremoz, enquanto as colunas e a arquitrave são feitas de granito. Escavações recentes indicam que o templo era cercado por um espelho de água.

Fonte: Wikipédia.

domingo, 10 de abril de 2011

Capela de S. Sebastião

A Capela de São Sebastião localiza-se na Ericeira, concelho de Mafra. Ermida situada fora da vila, tem o interior totalmente forrado a azulejos, datados do século XVII.



A capela, construída na Idade Média, num pedido feito pelos habitantes da Terrugem ao Patriarca de Lisboa, para que pudessem ter uma "pequena ermida, com pia baptismal e capelão", evitando, desta maneira, terem de se deslocar à igreja de Santa Maria de Sintra, que ficava longe.

Fonte: Wikipédia.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Raposa



Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu, caço galinhas e os homens caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado.

A raposa é uma criatura muito sábia. Ela sabe o segredo da vida que dá de presente ao principezinho: "o essencial é invisível aos olhos, só podemos ver bem com o coração." A raposa sente que quando o principezinho a cativar, ela ficará feliz porque já não será igual às outras raposas que ele encontrar; serão únicos um para o outro.

Fonte: Saint-Exupéry, Antoine de, O Princepezinho, Lisboa, Editora Caravela, 19.ª Ed., 1987, p.69 e http://www.colegioportugal.pt/principezinho_personagens1.pdf

quinta-feira, 7 de abril de 2011

África


Esta Ilha pequena que habitamos

É em toda esta terra certa escala,

De todos os que as ondas navegamos,

De Quiloa, de Mombaça e de Sofala.

E por ser necessária, procuramos,

Como próprios da terra, de habitá-la;

E por que tudo enfim vos notifique,

Chama-se a pequena Ilha: Moçambique.




FONTE: CAMÕES, Luís Vaz de, Lusíadas - Canto I, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p.22.
IMAGEM: Museu da Marinha

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Museu de Évora

O Museu de Évora tem organizado desde o Verão de 2010 sessões com conferências e concertos nas Quintas à noite - a entrada é livre das 18 às 22 horas. Em Setembro assisti a um pequeno concerto comentado do grupo Vocal Trítono, onde foi utilizado alguns dos instrumentos pintados na obras do museu. E não pude deixar de tirar fotografias da ocasião, claro! Afinal o Museu de Évora irá estar sempre no meu coração... Segue-se uma breve explicação da importância deste espaço na cidade:


A história do Museu de Évora remonta a 1804, quando Frei Manuel do Cenáculo, Arcebispo de Évora, inaugurou a Biblioteca Pública, em que se reuniam também parte das suas colecções de Arte, Arqueologia e Naturália.

Em 1834, a gestão desta Biblioteca passou para o Estado Português e em 1865, em duas novas salas, individualizou-se a apresentação da colecção de Arte e Arqueologia. Formalmente, o Museu de Évora só seria criado depois da implantação da República, por decreto de 1 de Março de 1915. Recebeu para a sua instalação algumas salas do Paço Episcopal, entretanto expropriado pelo governo, manifestamente insuficientes para a apresentação das colecções. Depois de se ter projectado a sua instalação no Convento dos Lóios, viria a ser instalado em 1921 no Palácio Amaral, comprado para o efeito. Em 1926, um violento terramoto degradou estas instalações, obrigando ao regresso das colecções às salas do Paço Episcopal, edifício onde mais tarde, por troca com o Palácio Amaral, o Museu se instalaria definitivamente em 1929.

As colecções do Museu de Évora são constituídas por cerca de 20 mil peças, onde se destacam as colecções de Pintura, Escultura e Arqueologia. Além do valor estético e a importância histórica de muitas obras, é condição única no panorama dos museus em Portugal, o facto do seu núcleo principal ter origem numa colecção setecentista de grande diversidade e abrangência, organizada por Frei Manuel do Cenáculo, arcebispo de Évora. É no sistema de organização das colecções, de maneira a articular todos os campos de conhecimento, que se expressa a forma de pensar a Biblioteca-Museu e a sua função didáctica na segunda metade do século XVIII em Portugal. Desse núcleo inicial e dessa condição universalista fazem parte também as colecções de Numismática, infelizmente saqueada durante as Invasões Francesas, as colecções de desenhos e gravuras, e o núcleo da Naturália, onde se reúnem diversos espécimes das Ciências Naturais.


A extinção das Ordens Religiosas contribuiu de maneira significativa para alargar o espólio, beneficiando as colecções de Pintura e Escultura, e as Artes Decorativas com a constituição diversos núcleos de importância como a Ourivesaria, a Cerâmica, o Mobiliário e os Têxteis. A realização de inúmeras escavações arqueológicas durante o século XX, principalmente sobre a Pré-História e o período Romano, veio enriquecer o acervo do Museu, aprofundando a relação com a história da cidade e da região.

Fonte: http://museudevora.imc-ip.pt

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mar revolto



Ericeira, 26-2-2011


... e ficou o mar tão grande, e trabalhou tanto a nau, que perdeu três machos do leme... e o mar eram tamanhos que lhes não consentiam fazer obra nenhuma, nem havia homem que se pudesse ter em pé.


FONTE: BRITO, Bernardo Gomes de, História Trágico-Marítima, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p.p. 16-17.