O Recolhimento dos religiosos paulistas da congregação da Serra de Ossa deveu-se ao auxilio prestado pelo Cardeal Infante D. Henrique, que para o efeito adquiriu, em 1578, o devoluto Paço do Fidalgo Rui Palha de Almeida, conselheiro de D. Manuel I, edifício que se apoiava no Torrejão da Porta Nova dos judeus, onde se guardavam documentos e o tesouro do Infante D. Luís, Duque de Beja e Prior do Casto, Torre da Muralha Medieval que se perdeu parcialmente em 1650, pela pavorosa explosão de pólvora nela armazenada durante a Guerra da Restauração.
Do velho paço subsistem, embebidos nos alçados, algumas portas e janelas geminadas, do estilo Gótico, de granito, quatrocentistas, e do instituto a Arcada da Portaria, com abóbada revestida de pinturas a fresco, datada de 1689, com ornatos Barrocos, de grotescos, laçaria e alegorias de monges eremitas: a casa do lavabo e refeitório, ambos de cobertura artesoadas e este de lambril azulejar monocromo, com, com motivos de açafates e de figura avulsa (séc. XVII – XVIII). Da sóbria frontaria voltada para a antiga praça do peixe (Sertório) subsiste, profanada, a Igreja Colegial, com tecto pintado no estilo pompeiano e perspectivado, da tradição italiana setecentista e, no alto rodapé uma interessante barra de azulejos policromos, do modelo de tapete e motivação pouco vulgar (séc. XVII), local onde hoje é a Direcção Escolar, Repartição de Finanças.
Fonte: http://pro-evora.org/000.htm
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