Na sequência da
revolução liberal de 1820, em 1834 o mosteiro fechou. O pasteleiro do convento
decidiu vender a receita ao empresário português vindo do Brasil Domingos
Rafael Alves, continuando até hoje na posse dos seus descendentes.
No início os
pastéis foram postos à venda numa refinaria de açúcar situada próximo do
Mosteiro dos Jerónimos. Em 1837 foram inauguradas as instalações num anexo,
então transformado em pastelaria, a "A antiga confeitaria de Belém".
Desde então, aqui se vem trabalhando ininterruptamente, confeccionando cerca de
15.000 pastéis por dia. A receita, transmitida e exclusivamente conhecida pelos
mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente na Oficina do Segredo,
mantém-se igual até aos dias de hoje. Tanto a receita original como o nome
"Pastéis de Belém" estão patenteados.
Convém salientar
que Pastéis de Nata e Pastéis de Belém, embora semelhantes e com uma história
comum, são efectivamente dois tipos de pastéis diferentes. Os Pastéis de Nata,
como o próprio nome indica, contêm nos seus ingredientes natas, ao passo que os
Pastéis de Belém não possuem este ingrediente, sendo confeccionados
essencialmente com gemas de ovo e açúcar. Assim, provando Pastéis de Nata e
Pastéis de Belém é muito notória e saliente a diferença de sabor, embora o
aspecto possa ser algo parecido. Mesmo a massa folhada é claramente diferente,
tanto de aspecto como de gosto.
Os Pastéis de nata são muito populares na
China, onde chegaram através de Macau, no tempo da presença portuguesa. Em
chinês são chamados "dan ta" (蛋挞), significando "pastel de ovo". Empresas de fast food incluíram
os "dan ta" na sua oferta de sobremesas, fazendo com que desde finais
de 1990s seja possível saborear pastéis de nata em países asiáticos, como no
Camboja, Singapura, Malásia, Hong Kong e Taiwan.
Os Pastéis de Belém foram considerados a 15.ª
mais saborosa iguaria do mundo pelo jornal The Guardian.
Fonte: Wikipédia.
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