"Oeste, vida parada", pois que ao longo daquelas tardes de Verão mais uma vez atentara no pachorrento morrer de cada dia. Vida parada. O ar morno a pernetrar-nos, a possuir-nos. O jogo das damas no café. O sorriso perpétuo do presidente da Câmara. A boa vontade do senhor Isidro. Tudo igual, através dos meses, através dos anos. A vida a arrastar-se como os bois, que, ronceiros e enfadonhos, sulcacam a terra viva. Mas uma vida asssim parecia morta - ou parada. Vida parada. Oeste.
TRIGUEIROS, Luís Forjaz, Oeste, vida parada, Ainda há estrelas no céu, 2.ª edição, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p.74.
TRIGUEIROS, Luís Forjaz, Oeste, vida parada, Ainda há estrelas no céu, 2.ª edição, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p.74.
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