Desde o primeiro dia da doença, do dia em que Ivan Ilich fora ao médico, a vida partira-se em dois estados de espírito opostos que balançavam como em pratos da mesma balança: ora o desepero e só a ver a morte incompreensível e horrorosa, ora a esperança e a observação plena de interesse da actvidade do próprio corpo. Umas vezes dançavam-lhe à vista o rim e intestino refeces ao cumprimento da obrigação, outras vezes surgia-lhe pela esquerda a morte horrorosa e incompreensivel a que de forma nenhuma podia escapar.
Estes dois estados de espírito revezavam-se desde que a doença o filara; à medida que progredia, mais duvidosas e fantásticas eram as considerações em volta do rim e mais real era a coincidência da iminência da morte.
Basta considerar o que ele era há três anos e o que era agora; o mesmo era que ver-se a cair, cadeira abaixo; e as possibilidades de esperança iam-se fazendo em fanicos.
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