No reinado de D. Afonso IV (1325-1357) iniciou-se a construção destas muralhas com o objectivo de promover uma ampliação das defesas de Évora. Estas obras estariam concluídas à época do reinado de D. Fernando (1367-1383), o que leva alguns autores a referirem a defesa externa da vila como muralha fernandina.
No século XVI, o primitivo vão, de arco perfeito de silharia, que permitia o acesso a Norte da cerca, foi substituído por outro, dadas as acanhadas dimensões do primeiro. Ainda nesse século, a Porta da Alagoa foi cedida por D. Sebastião (1568-1578) para miradouro das freiras do Convento de Santa Helena do Monte Calvário (1571).
As Muralhas de Évora encontram-se classificadas como Monumento Nacional por Decreto publicado em 4 de Julho de 1922.
A muralha da cidade, com caracteristicas da baixa Idade Média, mantém-se nas suas linhas essenciais, com troços bem conservados e elementos arquitectónicos significativos. Destacam-se a chamada Porta de Avis (referida em 1353), a Porta de Mendo Estevens (Porta do Moinho de Vento), a Porta da Alagoa (defendida por uma torre), a Porta de Alconchel (a principal da cidade, protegida por dois grandes torreões). O troço de muralha entre as Portas da Alagoa e do Raimundo manteve-se íntegro durante as épocas posteriores, não sendo alterado nas campanhas de obras dos séculos XVII e XVIII. A Porta da Alagoa, entretanto, encontra-se atualmente muito descaracterizada por reedificações sucessivas. A chamada Porta do Raimundo, demolida em 1880, foi reconstituída como uma composição revivalista.
Esta estrutura baixo-medieval mantém-se nas suas linhas essenciais, com troços bastante bem conservados e peças de arquitectura verdadeiramente significativas na dinâmica urbanística da cidade. As Portas de Avis (referida em 1353), de Alconchel, de Mendo Estevens ou do Moinho de Vento, apesar das transformações posteriores, constituem pontos fundamentais para a compreensão desta muralha medieval.
Fonte: Wikipédia e http://www.ippar.pt
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