Como consequência do envolvimento do palácio de Luís XIII por Louis LeVau, — conhecida na época como palácio novo — o Rei e a Rainha tiveram novos apartamentos.
Os Apartamentos de Estado, os quais eram conhecidos, respectivamente, como o grand appartement du roi e o grand apartment de la reine, ocupavam todo o primeiro-andar do palácio novo. O desenho de LeVau para os apartamentos de estado seguia de perto os modelos italianos do momento, como fica evidente pela localização dos apartamentos no primeiro-andar — o piano nobile — uma convenção tomada de empréstimo, pelo arquitecto, do desenho dos palácios italianos dos séculos XVI e XVII.
O plano de Le Vau consistia numa fileira de sete salas, cada uma dedicada a um dos planetas e associada à divindade romana associada. O plano de LeVau era arrojado, com um sistema heliocêntrico que estaa centrado no Salon d’Apollon (Salão de Apolo). Este salão foi desenhado inicialmente como quarto do Rei, mas serviu como uma sala de trono.
A configuração do grand appartement du roi obedecia às convenções contemporâneas em desenhos de palácios. De qualquer forma, devido à exposição, a Norte, do apartamento, Luís XIV achou as salas demasiadamente frias e optou por viver nas salas previamente ocupadas pelo seu pai.
A configuração do grand appartement du roi obedecia às convenções contemporâneas em desenhos de palácios. De qualquer forma, devido à exposição, a Norte, do apartamento, Luís XIV achou as salas demasiadamente frias e optou por viver nas salas previamente ocupadas pelo seu pai.
O grand appartement du roi foi reservado às funções da Corte — tais como os serões oferecidos pelo Rei no apartamento três vezes por semana.
As salas foram decoradas por Charles Le Brun e demonstravam influências italianas (LeBrun conheceu e estudou com o famoso artista toscano, Pietro da Cortona, cujo estilo decorativo do Palazzo Pitti, em Florença, LeBrun adaptou para uso em Versalhes).
O estilo de quadratura dos tectos evoca a sale dei planeti que Cortona criou no Palazzo Pitti, mas o esquema decorativo de LeBrun é mais complexo.
Nas suas publicações de 1674 sobre o grand appartement du roi, André Félibien descreve as cenas pintadas nos tectos das salas como alegorias narrando as “heróicas acções do Rei.” Consequentemente, as cenas encontradas com façanhas de Augustus, Alexandre, O Grande ou Cyrus, aludem aos feitos de Luís XIV.
Por exemplo, no Salão de Apolo, a pintura que mostra “Augustus construindo o porto de Misenum” alude à construção doporto de La Rochelle; ou, descrito no caixotão Sul do Salão de Mercúrio está “Ptolomeu II Philadelphus na sua Biblioteca”, a qual alude à construção da Biblioteca de Alexandria e serve como alegoria à expansão que Luís XIV fez à Bibliothèque du roi.
O plano original de LeVau para o grand appartement du roi teve vida curta.
Com a inauguração da segunda campanha de construção, a qual suprimiu o terraço que ligava os apartamentos do Rei e da Rainha, e os salões de Júpiter, Saturno e Vénus, para a construção da Galeria dos Espelhos, a configuração do grand appartement du roi foi alterada.
A decoração do Salão de Júpiter foi removida e reutilizada na decoração da salle des gardes de la reine; e elementos da decoração do primeiro salon de Vénus, o qual abria para o terraço, foram reutilizados no salon de Vénus que vemos hoje.
Fonte: Wikipédia
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