sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Demolição desrespeitadora
É inacreditável existir uma demolição no centro histórico de Évora, mesmo ao lado de uma igreja... Os interesses económicos sobrepõem-se aos patrimoniais??? Deve ser importante muitos hóteis na cidade e pouco interesse histórico para as entidades públicas.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Goffres de Bruxelas
São servidos??? Aconselho a todos a provar quando visitarem Bruxelas. É esquecer a dieta e deliciar com as frutas, o chantili e o chocolate;)
História da Carochinha e do João Ratão
Reza a história, bem velhinha, que havia uma Carochinha, que por ser engraçadinha, teimou que haveria de casar.
Certo dia, quando estava a varrer a cozinha, encontrou uma moeda de cinco réis e correu para ir dizer à vizinha que já não tinha de esperar.
Certo dia, quando estava a varrer a cozinha, encontrou uma moeda de cinco réis e correu para ir dizer à vizinha que já não tinha de esperar.
Vaidosa como era, escolheu o seu melhor vestido e foi pôr-se à janela para ver se arranjava marido.
Pensou como deveria começar e decidiu cantar:
– Quem quer casar com a Carochinha, que é formosa e bonitinha?
– Muu…, Muu…Quero eu, quero eu! – mugiu o Boi mostrando-se muito interessado – Se casares comigo, vais andar o dia inteiro no prado…
– Que voz é essa? Com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Contigo é que não quero casar! E, além disso, tenho pressa…
Como era o primeiro pretendente, não ficou desanimada e continuou a perguntar, desta vez com uma voz mais alegre e um aperto no coração.
– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?
Mal tinha acabado de dizer a última palavra, apareceu o Cão que ladrava e gania de animação.
– Ão, ão! Quero eu, quero eu! Se casares comigo, tens uma casota toda janota e comida saborosa que me dá a D. Rosa.– Ai pobre de mim! Que alarido! – queixou-se dando um suspiro – Com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Não, não me serves para marido.
Ficou a ver o Cão a afastar-se com as orelhas baixas e o rabo entre as pernas, e voltou a tentar a sua sorte.
– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?
Muito gorducho e envergonhado, aproximou-se o Porco com um rabo que mais parecia um saca-rolhas e o focinho molhado.
– Oinc! Oinc! Quero eu, quero eu! Sou muito comilão, mas também dizem que sou bonacheirão.
– És muito simpático e pareces ser divertido. Mas com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Também mão me caso contigo.
Depois, encheu o peito de ar, sorriu e voltou a perguntar:– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?Com peito inchado, penas coloridas e luzidias, candidatou-se o Galo que resolveu cantar para impressionar.
– Cocorocó! Cocorococó! Quero eu, quero eu! Se casares comigo, vais madrugar.
– Galo garnisé, com tanto banzé acordavas-me a mim e aos meninos de noite! E, sem dormir, íamos passar o tempo a refilar.
A nossa amiga queria mesmo casar, por isso tinha de continuar.– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?
Com um miar meigo e a cauda bem levantada, aproximou-se o Gato janota a ronronar.
– Miau, renhaunhau. Quero eu, quero eu! Se gostas de leite, peixe fresquinho e de apanhar banhos de sol nos telhados, então podemos casar.
– Banhos de sol talvez… Mas leite? Peixe fresquinho? E, com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Não, não é contigo que vou subir ao altar.
Seria possível? Seria assim tão difícil encontrar alguém que não fosse barulhento? Mas foi então que reparou em alguém que se aproximava a passo lento.
– Oin, in, oin. Quero eu, quero eu! – zurrou o Burro – Olha, se casares comigo, não vais dormir ao relento.
– Mas com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! A minha vida ia ser um verdadeiro tormento!
Como já era tarde, a Carochinha pensou que seria melhor ir tratar do jantar, mas foi então que ouviu chiar…
– Hi, hi! E a mim, não vais perguntar se quero casar? Com um sorriso de felicidade por encontrar alguém tão simpático e com uma voz tão fininha, a Carochinha correu para o pátio.
– Como te chamas?
– Sou o João Ratão. Queres casar comigo ou não?
A Carochinha convidou-o a entrar, pois tinham muito que conversar e uma data de casamento para marcar. Enviaram os convites, compraram a roupa e prepararam a boda a rigor com o senhor prior.
Domingo era o grande dia! A noiva foi a última a entrar na igreja e estava linda, de causar inveja. O João Ratão estava orgulhoso mas também muito nervoso. Trocaram juras de amor eterno e, no fim, choveu porque era Inverno. Foi então que o João Ratão se lembrou da viagem ao Japão. Correu para casa, porque se tinha esquecido das luvas, mas sentiu um cheirinho gostoso e, acabou por ir espreitar o caldeirão.
Pouco depois, a Carochinha achou melhor ir procurar o marido que estava a demorar.
– João Ratão, encontraste as luvas? – chamou ela ao entrar.
Procurou, procurou e quando chegou perto do caldeirão, quase desmaiou e gritou: – Ai o meu marido, o meu rico João Ratão, cozido e assado no caldeirão!
E assim acaba a história da linda Carochinha, que ficou sem o João Ratão, pois era guloso e caiu no caldeirão.
Vaidosa como era, escolheu o seu melhor vestido e foi pôr-se à janela para ver se arranjava marido.
Pensou como deveria começar e decidiu cantar:
– Quem quer casar com a Carochinha, que é formosa e bonitinha?
– Muu…, Muu…Quero eu, quero eu! – mugiu o Boi mostrando-se muito intere
– Que voz é essa? Com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Contigo é que não quero casar! E, além disso, tenho pressa…
Como era o primeiro pretendente, não ficou desanimada e continuou a perguntar, desta vez com uma voz mais alegre e um aperto no coração.
– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?
Mal tinha acabado de dizer a última palavra, apareceu o Cão que ladrava e gania de animação.
– Ão, ão! Quero eu, quero eu! Se casares comigo, tens uma casota toda janota e comida saborosa que me dá a D. Rosa.– Ai pobre de mim! Que alarido! – queixou-se dando um suspiro – Com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Não, não me serves para marido.
Ficou a ver o Cão a afastar-se com as orelhas baixas e o rabo entre as pernas, e voltou a tentar a sua sorte.
– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?
Muito gorducho e envergonhado, aproximou-se o Porco com um rabo que mais parecia um saca-rolhas e o focinho molhado.
– Oinc! Oinc! Quero eu, quero eu! Sou muito comilão, mas também dizem que sou bonacheirão.
– És muito simpático e pareces ser divertido. Mas com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Também mão me caso contigo.
Depois, encheu o peito de ar, sorriu e voltou a perguntar:– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?Com peito inchado, penas coloridas e luzidias, candidatou-se o Galo que resolveu cantar para impressionar.
– Cocorocó! Cocorococó! Quero eu, quero eu! Se casares comigo, vais madrugar.
– Galo garnisé, com tanto banzé acordavas-me a mim e aos meninos de noite! E, sem dormir, íamos passar o tempo a refilar.
A nossa amiga queria mesmo casar, por isso tinha de continuar.– Quem quer casar com a Carochinha que é formosa e bonitinha?
Com um miar meigo e a cauda bem levantada, aproximou-se o Gato janota a ronronar.
– Miau, renhaunhau. Quero eu, quero eu! Se gostas de leite, peixe fresquinho e de apanhar banhos de sol nos telhados, então podemos casar.
– Banhos de sol talvez… Mas leite? Peixe fresquinho? E, com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! Não, não é contigo que vou subir ao altar.
Seria possível? Seria assim tão difícil encontrar alguém que não fosse barulhento? Mas foi então que reparou em alguém que se aproximava a passo lento.
– Oin, in, oin. Quero eu, quero eu! – zurrou o Burro – Olha, se casares comigo
– Mas com essa voz, acordavas-me a mim e aos meninos de noite! A minha v
Como já era tarde, a Carochinha pensou que seria melhor ir tratar do jantar, mas foi então que ouviu chiar…
– Hi, hi! E a mim, não vais perguntar se quero casar? Com um sorriso de felicidade por encontrar alguém tão simpático e com uma voz tão fininha, a Carochinha correu para o pátio.
– Como te chamas?
– Sou o João Ratão. Queres casar comigo ou não?
A Carochinha convidou-o a entrar, pois tinham muito que conversar e uma data de casamento para marcar. Enviaram os convites, compraram a roupa e prepararam a boda a rigor com o senhor prior.
Domingo era o grande dia! A noiva foi a última a entrar na igreja e estava l
Pouco depois, a Caroc
– João Ratão, encontraste as luvas? – chamou ela ao entrar.
Procurou, procurou e quando chegou perto do caldeirão, quase desmaiou e gritou: – Ai o meu marido, o meu rico João Ratão, cozido e assado no caldeirão!
E assim acaba a história da linda Carochinha, que ficou sem o João Ratão, pois era guloso e caiu no caldeirão.
Texto: http://www.historias-infantis.com/a-carochinha/
Imagens: Exposição "Era uma vez marionetas"
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Jeanneke Pis
Jeanneke Pis é uma pequena estátua da cidade de Bruxelas, na Bélgica. Representando uma menina a urinar, constitui a versão feminina do Manneken Pis, estátua esta muito mais antiga e, provavelmente, a mais famosa da capital belga.
Foi criada por Denis Adrien Debouverie, em 1985, tendo sido inaugurada em 1987. Encontra-se num bairro de Bruxelas conhecido como Beenhouwersstraat (rua dos açougueiros), conhecido por possibilitar a prova de inúmeros tipos de cerveja e de vinho. Foi colocada a cerca de 1 metro e meio de altura, numa rua sem saída. Acredita-se que tenha sido criada como forma de atrair mais turistas ao bairro.
Fonte: Wikipédia
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Manneken Pis
Manneken Pis (garoto a urinar em português) é um monumento de Bruxelas, Bélgica. É uma pequena fonte em bronze de um menino a urinar para a bacia da fonte. Nas festividades a estátua é enfeitada com diversos disfarces. O seu "guarda-roupa" conta, hoje em dia, com mais de cem. Veste-se de acordo com as comemorações ou os dias. Em Novembro de 2011, quando estive ao pé dela estava vestido de turco.
A estátua de bronze original, de Jerôme Duquesnoy, o Velho, foi colocada no seu lugar em 1619 e o design irónico reflecte a necessidade genuína de água fresca potável naquela área.No século XVIII foram várias as tentativas de roubar a estátua, sobretudo pelos exércitos francês e britânico em 1745. Mas foi o roubo de 1817, por um ex-condenado, Antoine Licas, que provocou mais alarme: o ladrão despedaçou a estátua pouco depois de a ter roubado. No ano seguinte foi feita uma réplica que ocupa o lugar da estátua original, e é essa cópia que vemos hoje.
A inspiração para tão famosa estátua continua desconhecida, e o mistério levou à criação de rumores e fantasias, aumentando o encanto deste rapazinho. Uma das versões conta que, no final do século XII, o filho de um duque foi encontrado a urinar contra uma árvore no meio de uma batalha e foi por isso celebrizado numa estátua de bronze como símbolo da coragem militar do país.
Fonte: Wikipédia
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Metz
... le Piémont avait été conquis; les anglais avaient été chassés de France, et l'empereur Charles Quint avait fut finir sa bonne fortune devant la ville de Metz, qu' il avait assiégée inultilement avec toutes les forces de l' Empire et de l' Espagne.
LA FAYETTE (Madame), La princesse de Clèves, Le livre de poche, 1972, p. 11.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Conselhos de pai
E procura reter na memória estas poucas regras. Não espalhes as tuas ideias nem executes coisa nenhuma sem pensar. Sê simples, mas nunca vulgar. Os amigos que escolheres, depois de teres provas da sua amizade, prende-os à tua alma com uma cadeia de aço, mas não dês apertos de mãos amigáveis ao primeiro desconhecido que te apareça pela frente. Não te metas em questões; mas, se isso acontecer, procede de forma que seja o teu adversário a ter medo de ti. Dá ouvidos a todos, mas a poucos as falas. Escuta a opinião de toda a gente, mas segue só a tua. Que a roupa que usares seja tão cara quanto o permita a tua bolsa, mas sem afectação. Luxuosa, mas não extravagante, porque o hábito faz o monge (...) Não emprestes nem peças dinheiro emprestado a ninguém, pois aquele que empresta acaba por perder tanto o dinheiro como o amigo, e o que pede emprestado prova que é fraco em economia. E sobretudo isto: sê sincero para contigo próprio, e dai virá, como a noite vê a seguir ao dia, que não poderás ser falso para ninguém.
Aeroporto
a mala que segue viagem
assim como o avião
têm a grande vantagem
de não terem coração
só formas amplas - metais
de uma brancura de praia-
dentro vão sonhos a mais
é bom que a mala não caia
mala do sonho vais bem
assim deitada de lado?
chega-te a roupa que tens
ou chamamos o criado?
ou chamamos o fanstasma
da queda livre do espaço,
vêrga do pássaro de aço
onde a poesia se espama?
CESARINY, Mário, Manual de Prestidigitação, Assírio e Alvim, Lisboa, 1980, p. 75.
assim como o avião
têm a grande vantagem
de não terem coração
só formas amplas - metais
de uma brancura de praia-
dentro vão sonhos a mais
é bom que a mala não caia
mala do sonho vais bem
assim deitada de lado?
chega-te a roupa que tens
ou chamamos o criado?
ou chamamos o fanstasma
da queda livre do espaço,
vêrga do pássaro de aço
onde a poesia se espama?
CESARINY, Mário, Manual de Prestidigitação, Assírio e Alvim, Lisboa, 1980, p. 75.
domingo, 18 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Os azulejos de São Bento de Cástris II
O conjunto mais relevante encontra-se na igreja. O ciclo de São Bernardo é composto por dezanove painéis, a que foram adicionados outros dois, numa intervenção de conservação e restauro, pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) - actual Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), cerca de 1955.
Apresentando vários momentos da vida do santo, que se sucedem, de certa forma, de modo cronológico, inicia-se do lado esquerdo da entrada da Igreja, ocupando as paredes da nave, capela-mor e transepto. Representam-se os seguintes episódios: São Bernardo, Sonho da mãe de São Bernardo, São Bernardo expulsa curandeira, Sonho de
São Bernardo, Tentação de São Bernardo, Tentações de São Bernardo, Vitória sobre as Tentações, São Bernardo entra no Mosteiro de Císter, São Bernardo em Císter, Fundação do Mosteiro de Claraval, O Mosteiro de Claraval recebe uma esmola, Milagre (painel de 1955), Conversão de Guilherme da Aquitânia, Amplexus, Concílio de Liège, Milagre (painel de 1955), Lactação, Saudação da Virgem a São Bernardo, Milagre de São Bernardo, Cura Milagrosa de São Bernardo, painel ornamental.
Os painéis, azuis e brancos, são enquadrados por ricas cercaduras polícromas com decoração rococó, que combinam o amarelo e manganês, o verde e o azul, onde surgem já alguns elementos neoclássicos, nomeadamente, pilastras em trompe-l’oeil, apontando para o rococó final.
O sucesso do ciclo deve-se, em grande parte, ao pendor decorativo das cercaduras, ao ritmo que imprime a alternância de frontões e urnas, animado pelo facto de elas envolverem também as portas, sendo que os azulejos se dispõem pelas paredes sem interrupções. Deste modo, os painéis desenvolvem-se num continuum, integrando os vãos das portas, os quais, além de enriquecidos pelas pilastras e urnas pertencentes às cercaduras e com elas confinantes, alteram a sua simplicidade, o que se vê pela junção de um novo elemento de origem cerâmica, composto por entablamento, frontão, cartela e festão, à semelhança do remate dos painéis; bem como um par de anjos que de cada lado sustenta a cartela, como acontece na parte inferior das cercaduras. Utilizando elementos comuns aos painéis, mais se enfatiza a sua integração no todo. Esta tentativa de criar uma espécie de arquitectura ficcional é uma sobrevivência, ainda que ténue, dos grandes enquadramentos cenográficos do período barroco. Uma vez que os painéis ocupam todas as paredes da Igreja, a circunstância de desenvolverem esta forma contínua (em que os fundos marmoreados, com suas bases e entablamentos, ligam os painéis entre si) contribui para uma unificação de todo o espaço.
No que diz respeito às circunstâncias da encomenda, a documentação existente é parca em informações, sendo referidos os montantes dispendidos com os azulejos e os intervenientes, sem nomear os ladrilhadores e o azulejador, que teriam tratado da obra com o padre feitor, a quem competia a supervisão das obras nos mosteiros da congregação.
Ainda que não seja fornecida uma data em concreto, foi possível situar a encomenda entre os anos de 1782-1785. Este facto assume o maior relevo, se tivermos em conta o contexto em que a encomenda foi efectuada. De facto, integra-se numa campanha de renovação geral do cenóbio19, que se verifica após a extinção do mosteiro ocorrida em 1775 e revogada em 1777. Após o regresso da comunidade, desencadeiam-se uma série de obras, renovações e aquisições que se vão estender ao longo de mais de dez anos e que se estende a todos os aspectos do templo e aos mais diversos espaços dentro da cerca monástica.
Na igreja, a aquisição dos painéis coincide com a reforma do retábulo da capela-mor e dos retábulos laterais, dos quais conhecemos os contratos notariais20. As obras na igreja englobam ainda alterações na capela-mor, como nova abóbada e arco triunfal, do púlpito, confessionário, alteração de porta e estuque da igreja, douramentos e ornamentos, ferrarias, pavimentos e sacristia. Estamos pois, em presença de uma campanha de reforma total, sendo que o breve hiato de ocupação do edifício não é suficiente para explicar tal magnitude.
Assim sendo, o conjunto azulejar pode ser integrado numa campanha de renovação material que pretende reafirmar a comunidade de novo reerguida.
Os azulejos relatam episódios da vida de São Bernardo, conhecidos das religiosas, uma vez que se encontram narrados na Crónica de Císter, de Frei Bernardo de Brito.
TERESA VERÃO Os Azulejos do Mosteiro de São Bento de Cástris in CENÁCULO Boletim on line do Museu de Évora | n.º 4 | Outubro 2010 - http://museudevora.imc-ip.pt/pt-PT/Boletim/numero4/ContentDetail.aspx?id=352
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
CONVENTO SÃO BENTO DE CÁSTRIS I
Com origem incerta, o mosteiro terá sido integrado na Ordem de Cister cerca de 1274, havendo anteriormente indícios da existência de um recolhimento. A primeira igreja do cenóbio foi sagrada em 1328, sendo que das primitivas estruturas já pouco resta. Das reformas efectuadas no século XVI, destacam-se a igreja actual e a intervenção no claustro. No século XVII, são alterados e edificados diversos espaços9. No século seguinte já não assistimos a um tão grande esforço construtivo, sendo de destacar as intervenções efectuadas na igreja, a nível de renovação de retábulos e azulejos, que em seguida veremos com mais atenção.
Entre os episódios que marcaram a história deste cenóbio destacam-se o famoso assassínio da abadessa D. Joana Peres Ferreirim, ocorrido nos tumultos de 1383-1385 e relatado por Fernão Lopes10 na crónica de D. João I. Em 1531, o mosteiro foi visitado e reformado pelo abade de Claraval, Dom Edme de Saulieu. Desta visita resultou o relato do seu secretário Claude Bronseval11, que nos descreve a viagem e a situação deste e de outros mosteiros cistercienses, num contexto de afastamento em relação a Claraval. Esta situação teve o seu desfecho com a constituição, em 1567, da Congregação Cisterciense de São Bernardo de Alcobaça, que consagrou a autonomia formal dos cistercienses portugueses, marcando uma nova fase de crescimento. Em 1808, o mosteiro é alvo do ataque e pilhagem das tropas do General Loison, tendo sido possível debelar o incêndio que então deflagrou.
Apesar da legislação vintista, nomeadamente, dos decretos de 5 de Agosto de 1833, onde se estipulava a proibição de admissões ao noviciado ou a obtenção de ordens sacras nas ordens, a casa monástica logrou resistir até 1890, data da morte da última freira, a madre abadessa Joana Isabel Baptista.
FONTE: TERESA VERÃO Os Azulejos do Mosteiro de São Bento de Cástris in CENÁCULO Boletim on line do Museu de Évora | n.º 4 | Outubro 2010 - http://museudevora.imc-ip.pt/pt-PT/Boletim/numero4/ContentDetail.aspx?id=352
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
No meu tempo...
Rodrigo via essas rapariguinhas, mais novas dez ou doze anos, atirarem-se para a vida prontas a receberem dela tudo o que a sua geração só mais tarde lhe começara a pedir. Aprendeu sem querer o sentido desta frase "no meu tempo" e considerou que, mais do que nunca, precisaria, talvez, recomeçar, reconstruir, organizar o seu destino.
TRIGUEIROS, Luís Forjaz, Já não há dias diferentes, Ainda há estrelas no céu, 2.ª edição, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p. 109.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Azulejos de São Bento de Cástris I
O mosteiro de São Bento de Cástris recebeu painéis de azulejos em diversos momentos da sua história. Do século XVI, destaca-se o painel de majólica "Anunciação" atribuído a Francisco Niculoso. A sua datação (1501-1525) permite incluí-lo na campanha de obras da época de D. Manuel, já referida, devendo provavelmente ter sido Clocado após a conclusão do claustro, completado nos primeiros anos da década de 1520.
A cena encontra-se enquadrada por estrutura arquitectónica de feição renascentista, decorada com grotescos. Do lado esquerdo e sob um dossel, a Virgem aponta para um livro que se encontra sobre uma mesa, enquanto o anjo segura com uma mão um báculo e com a outra aponta para uma filactera com a inscrição "Ave Gratia". Surge, ainda, a pomba do Espírito Santo. A cena parece desenrolar-se numa loggia, da qual vemos o muro e colunas. A construção arquitectónica, perspectivada em conjunto com a paisagem representada ao fundo, cria uma sensação de profundidade, ainda que a perspectiva apresente algumas deficiências. A policromia, pautada por amarelos, laranjas, verde e manganês, contribui para a riqueza harmoniosa do conjunto.
O século XVII terá sido fértil em encomendas, como se pode inferir pelos painéis que subsistiram e pela informação documental, enquadrando-se no período de reorganização das casas cistercienses, que coincide com uma fase de consolidação patrimonial. Ainda in situ, são de destacar os painéis de tipo "tapete", com padrão de maçaroca do antigo refeitório, datados de 1654 e o painel do coro de baixo, com a inscrição "DONA ANNA DEALMEIDA SENDO SACRISTAÃMA NDOU FAZER ESTA [O]BRA AS (…) 16 (…)".
Do segundo quartel do século XVIII, são os azulejos da Capela de Nossa Senhora do Rosário, apresentando episódios da vida da Virgem, objecto de particular devoção dos cistercienses. Da esquerda para a direita, podemos observar cinco momentos da vida da Virgem: Adoração dos Pastores, Consagração da Virgem ao Templo, Anunciação, Esponsais da Virgem e São José e Visitação.
TERESA VERÃO Os Azulejos do Mosteiro de São Bento de Cástris in CENÁCULO Boletim on line do Museu de Évora | n.º 4 | Outubro 2010 - http://museudevora.imc-ip.pt/pt-PT/Boletim/numero4/ContentDetail.aspx?id=352
Auto de S. Martinho
Um pequeno auto de Gil Vicente, escrito em espanhol e que foi apresentado pela primeira vez nas Caldas da Rainha, celebra o milagre deste santo que ajudou os pobres.
Exposição "Era uma vez Marionetas", Inatel de Évora
domingo, 11 de novembro de 2012
Saudades da minha avó...
Parabéns avó, hoje se fosses viva fazias junto de nós 109 anos... agora que estás no céu não quero deixar de te dar um beijo neste dia que antes era tão feliz para mim, mas que agora se tornou num dos dias mais tristes...
Saudades da minha avó... dos seus mimos, das suas críticas, dos seus conselhos, das suas histórias e cantigas.
Aqui deixo uma fotografia de um dia feliz de Hortense das Dores Parrinha, orgulhosa por ter sido homenageada pela GNR por ser das sócias mais idosas, porque a minha avó tinha muito orgulho na sua idade!!
Até sempre avó
sábado, 10 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
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