segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Batalha das Ardenas ou de Bulge

A Batalha das Ardenas (também conhecida como Ofensiva das Ardenas ou Batalha do Bulge) (16 de Dezembro de 1944 — 25 de Janeiro de 1945) foi a grande contraofensiva alemã no oeste, lançada no fim da Segunda Guerra Mundial na floresta das Ardenas na Valônia, Bélgica, e também chegou a França (Bataille des Ardennes) e ao Luxemburgo na Frente Ocidental. O que explica este simples monumento no jardim ao lado da fundação Pescatore aos mortos de tão sangrenta batalha.


Faço neste blogue também a minha homenagem a estes heróis descrevendo sinteticamnete a história do evento:  a alemã foi oficialmente chamada de Campanha Ardena-Alsácia pelo Exército Americano, mas esta batalha acabou sendo conhecido como Batalha do Bolsão das Ardenas, ou "bulge".

A ofensiva alemã tinha como objetivo dividir os Aliados americanos e britânicos ao meio, capturando a região da Antuérpia, Bélgica, cercando e destruindo as tropas das forças Aliadas, tentando forçar os Aliados ocidentais a negociar um tratado de paz com as potências do Eixo.Uma vez com seus objetivos conquistados, Hitler poderia focar todo seu poderio militar contra os Soviéticos no Leste.

Os reforços Aliados, incluindo o poderoso 3º Exército do General norte-americano George Patton e, com a melhoria das condições climáticas, a esmagadora superioridade aérea, permitiu que as forças alemãs e suas linhas de suprimentos fossem massacradas em especial pela Força Aérea Aliada, o que selou o fracasso do ataque.

À beira da derrota, as tropas mais experientes do Exército Alemão foram deixadas sem suprimentos e com equipamentos insuficientes enquanto os sobreviventes recuavam de volta para a Linha Siegfried. Já os americanos, com um exército de 500 mil a 840 mil soldados, sofreram de 70 a 89 mil baixas, incluindo 19 mil homens mortos, fazendo da Batalha das Ardenas a mais sangrenta para os americanos na Segunda Guerra.

 
A velocidade do avanço dos Aliados, associado a falta de um porto de águas profundas, trouxe um grave problema de logística. O uso dos portos da Normandia acabou por exceder a capacidade dos Aliados de abastecer suas tropas. O único porto de águas profundas capturado pelos Aliados ficava em Cherbourg, mas os alemães destruíram e minaram o porto antes de recuar. Levaria meses para eles construírem um porto que tivesse a capacidade de suprir as tropas de forma eficiente. Os Aliados então capturaram o porto da Antuérpia, na Bélgica, em Setembro mas o porto só ficou em funcionamento total em 28 de novembro, quando o estuário do rio Escalda, que controla o acesso ao porto, estava livre de tropas alemães.
 
Os Generais Patton, Montgomery e Omar Bradley, continuaram a pedir prioridade na entrega de suprimentos aos seus exércitos para que eles pudessem continuar seus avanços e permancer pressionando os alemães. General Eisenhower, contudo, preferia um estratégia com uma ampla frente. Ele então priorizou as forças de Montgomery, que tinha por objetivo capturar a Antuérpia e chegar a área do Vale do Ruhr, o coração industrial da Alemanha.


No oeste, problemas com a falta de suprimentos atrasaram as operações dos Aliados, apesar da abertura dos portos da Antuérpia em novembro de 1944 ter melhorado a situação. As posições Aliadas estavam espalhadas desde o sul da França até a Holanda. Os planos alemães para a contra-ofensiva partia da premissa que um ataque contra as finas linhas inimigas prejudicaria seu avanço no oeste.

A disputa entre Montgomery e Patton era conhecida e Hitler acreditava que ele podia explorar essa desunião. Se o ataque fosse bem sucedido na captura da Antuérpia, quatro grandes exércitos Aliados ficariam presos, cercados e sem munição atrás das linhas alemães e seriam obrigados a capitular, comprometendo assim todo o esforço de guerra dos Aliados na Europa. Ambos os planos eram centrados em priorizar os ataques nas forças americanas. Hitler acreditava que os americanos seriam incapazes de resistir e que o público americano iria se voltar contra o conflito ao saberem de uma grande derrota no continente europeu.

Com um papel secundário, o 15º Exército, sob comando de Gustav-Adolf von Zangen, que havia sido reconstruído depois de pesadas baixas sofridas durante a Operação Market Garden, estava localizado na parte mais ao norte das Ardenas e teve a função de destruir as guarnições americanas na região, com a possibilidade de avançar mais se as condições fossem boas. 

Antes da ofensiva, os Aliados não estavam cientes da movimentação de tropas alemães na fronteira. Durante a libertação da França, a rede de espiões da resistência francesa havia dado várias informações sobre a disposição das tropas alemães. Quando a guerra chegou a fronteira da Alemanha, essa fonte secou. O tempo nebuloso também evitou que os Aliados mandassem aviões de reconhecimento para descobrir onde as tropas alemães estavam.

Assim, o Alto Comando Aliado considerava as Ardenas um setor calmo, se apoiando nas informações da inteligência que dizia que os alemães não tinham a capacidade de lançar uma ofensiva em larga escala naquele estágio da guerra. O pouco que os Aliados sabiam os levaram a crer que os alemães estavam apenas preparando suas últimas defesas, ao invés de um ataque. 

Por causa das Ardenas ser considerado um setor calmo, o local chegou a ser considerado para campo de treinamento para as novas unidades e também como área de descanso para as tropas veteranas. As forças americanas nas Ardenas era uma mistura de tropas bem inexperientes e tropas extremamente fatigadas pela luta continua durante o conflito que estavam lá para descansar.

Em 16 de dezembro de 1944, as 5:30h da manhã, os alemães começaram um maciço ataque com uma barragem de artilharia de 90 minutos de duração com 1 600 tiros em uma área de 80 milhas (130 km) onde as tropas Aliadas enfrentariam o Sexto Exército Panzer da SS. A impressão inicial dos americanos era a esperada, um contra-ataque localizado como resultado da ofensiva dos Aliados ao setor de Wahlerscheid ao norte onde a 2ª Divisão havia avançado fundo além da linha Siegfried. No norte, o Sexto Exército Panzer da SS de Dietrich atacou Losheim e Elsenborn Ridge com o objetivo de chegar até Liège. A forte nevasca inutilizou algumas aéreas das Ardenas. Apesar do mau tempo ter mantido os aviões Aliados no solo, ele também trouxe problemas para os alemães devido as más condições das estradas. Os engarrafamentos de veículos nas ruas pequenas e a falta de combustível atrasou o avanço inicial.

No centro, o 5º Exército Panzer de von Manteuffel atacou as cidades de Bastogne e St. Vith, ambos cheios de cruzamentos das principais estradas com grande valor estratégico. No sul, o 7º Exército de Brandenberger avançou até Luxemburgo para proteger os flancos da invasão. Apenas um mês antes, 250 membros da Waffen-SS haviam falhado em tentar recapturar a cidade de Vianden.

Às 12:30h em 17 de dezembro, o Kampfgruppe Peiper estava próxima a aldeia de Baugnez, a meio caminho da cidade de Malmedy e Ligneuville, quando encontraram elementos da 285º Batalhão de Observação de Artilharia e da 7ª Divisão blindada americana. Depois de uma curta batalha, os americanos, mal armados, se renderam. Eles foram desarmados junto com outros americanos capturados (aproximadamente 150 homens) e foram enviados a um campo com pouca guarda. Depois de 15 minutos que Peiper avançou, um grupo de soldados da SS sob o comando do Sturmbannführer Werner Pötschke chegou. A partir dai, as histórias do massacre variam, mas acredita-se que 84 prisioneiros de guerra foram assassinados. Poucos sobreviveram e a noticia da morte dos prisioneiros correram pelas linhas Aliadas. Depois do fim da guerra, soldados e oficiais da Kampfgruppe Peiper, incluindo Joachim Peiper e o general da SS Sepp Dietrich, foram levados a julgamento pelo massacre de Malmedy. No amanhecer do dia 19 de dezembro, Peiper surpreendeu os defensores americanos em Stoumont e enviou soldados de infantaria da 2º Regimento de Infantaria de Panzergrenadier da SS e uma companhia de Fallschirmjägers que se infiltraram nas linhas norte-americanas. Logo seguiu-se um ataque com os Panzers (tanques), conquistando a parte oriental da cidade. 
 
Um batalhão de blindados americanos chegou e depois de duas horas de combates entre tanques, Peiper capturou Stoumont às 10:30h. Knittel se juntou a Peiper e relatou que os americanos haviam capturado Stavelot a leste. Peiper ordenou que Knittel reconquistasse Stavelot. Avaliando sua situação, seu Kampfgruppe não tinha combustível suficiente para cruzar as pontes ao oeste de Stoumont e continuar avançando. Ele manteve sua posição a oeste de Stoumont por um tempo, até o anoitecer de 19 de dezembro, até que ele recuou até o outro lado da cidade. Na mesma noite, a 82ª Divisão Aero-transportada sob o comando do Major-general James Gavin chegou e se lançou contra La Gleize e se intrepôs nos planos de Peiper.
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Pequenas unidades do 2º Batalhão americano do 119º Regimento atacou as dispersas unidades de Kampfgruppe Peiper durante a manhã de 21 de dezembro, mas eles tiveram de recuar e um bom número de seus soldados foram feitos prisioneiros, incluindo o comandante Major Hal McCown. Peiper soube que os reforços alemães estavam em La Gleize e recuou para o leste, deixando americanos e alemães feridos no Castelo de Froidcourt. Tentando recuar para Cheneux, paraquedistas americanos da 82ª Divisão lutaram um feroz combate casa-a-casa com os alemães. 


FONTE: WIKIPÉDIA



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