A Igreja Matriz da Golegã, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição, situa-se no centro da vila da Golegã. Esta igreja, datada do século XVI, constitui um dos mais emblemáticos e mais bem conservados exemplares do estilo manuelino, merecendo especial destaque o seu magnífico portal. A igreja é Monumento Nacional desde 1910.
A igreja actual foi construída na primeira metade do século XVI, substituindo uma pequena igreja paroquial gótica
que existia neste local. A obra foi parcialmente custeada pela Coroa,
tendo o restante ficado a cargo dos moradores. A este facto, não terá
sido alheio o grande interesse manifestado por D. Manuel I pela vila, beneficiando das suas frequentes estadias em Almeirim, não muito longe da Golegã.
O apreço do rei é muito evidente na própria arquitectura da igreja, pois os seus símbolos pessoais – o escudo real e a esfera armilar
– encontram-se colocados em vários pontos do edifício. O rei chegou
mesmo a visitar pessoalmente a vila, momento no qual ficou determinada a
campanha manuelina de construção do novo templo. Ao que tudo indica, esta campanha teve a intervenção directa de Diogo Boitaca, arquitecto régio que interveio no Mosteiro dos Jerónimos. Em 1530, Filipa Caldeira, mulher de Fernão Lourenço, é sepultada na capela-mor da igreja.
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