quarta-feira, 30 de julho de 2014

Janela

Através da janela do quarto, percebi que a tarde estava a acabar e que as luzes da cidade se iam já acendendo. Lá de fora vinha o ruído do trânsito ao fim do dia, um ruído de gente e automóvies apressados, gente que queria voltar para casa, onde estavam os que amavam ou os que se tinham habituado a amar, sem fazer demasiadas perguntas nem exigir nada mais do que esse amor tranquilo de todos os dias.  

TAVARES, Miguel Sousa, No teu deserto – Quase romance, Alfragide, Oficina do Livro, 2009. p.110.

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