Ando pela casa em
silêncio, porque as palavras, com a tristeza, ficam sozinhas, a deambular pela
nossa cabeça, perdidas, sem saber por onde ir, as palavras emagrecem, definham,
já não sabem o que significam, a palavra exultar pode transformar-se na palavra
unhas, a palavra vida pode transformar-se na palavra rato, a palavra riqueza
pode transformar-se na palavra sobras, a palavra felicidade pode transformar-se
na palavra costume.
CRUZ, Afonso,
Enciclopédia da Estória Universal – Mar, Lisboa, Alfragide, 2014, p 22.
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