...Volto-me para a morte e chamo como só Deus se chama
A morte é um vizinho que se ama
Não és ainda tu
Nunca nenhum de nós
É que não há ninguém
Deus é distante como o vento ou a vida
e no cúmulo da sede nenhuma fonte nasce
Naqueles que morreram confiávamos
mas não mais se erguerão no dia a dia desta terra.
BELO, Ruy, Na Margem da alegria - poemas escolhidos por Manuel Gusmão, Assírio e Alvim, 2011, p. 50.
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