sábado, 30 de dezembro de 2023

As ilusões semelham-se a um colar

As ilusões semelham-se a um colar

De pérolas alvísssimas, de espuma.

Se o fio que as segura se quebrar,

Caem no chã, dispersas, uma a uma.


Caem no chão, dispersas, uma a uma,

Se o fio que as segura se quebrar;

Mas entre tantas sempre fica alguma,

Sempre alguma suspensas há-de ficar 


Augusto Gil - Obra Poética, 1.º vol., Lisboa, Círculo de Leitores, 1983, p. 11.

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