quarta-feira, 31 de julho de 2013

Aquelas mãos...

(...) a influência daquelas mãos sobre mim foi grande, pois claro. E afinal porquê? Talvez só porque surgiram na minha vida, de repente, e disseram-me assim: "até aqui, tu julgavas que tudo era fácil, evidente, correntio... Até aqui, tu imaginavas que, para viver, bastava respirar, ter as refeições prontas a horas, amar, dormir, tudo funções meramente orgânicas, claro.  Enganaste-te. Viver é isso - evidentemente -, mas é muito mais do que isso. A vida mais viva e verdadeira é a vida que não se vê ao primeiro olhar e que não se sente à flor da pele...

(...) A minha vida não cabe já hoje nos estreitos limites do emprego... Procuro outra coisa, que nem sei bem o que é, mas que, a pouco e pouco, se define em mim e me absorve. E tudo por causa daquelas mãos que me souberam sorrir como nenhuma boca até aí sorrira!

(...) Eis o que eu não sabia e aquelas mãos me ensinaram de repente. Só somos ricos, todos, daquilo que os outros não conseguem ver.

Sinto que até aqui não vivera verdadeiramente. Desde a tarde em que duas mãos rosadas me falaram, sou outro. Mal me reconheço. Compreendo que a vida só agora começa para mim; ando contente e feliz do grande mistério descoberto.

É claro que os outros não podem compreender nem desculpar-me. E é melhor assim.

TRIGUEIROS, Luís Forjaz, Aquelas mãos, Ainda há estrelas no céu, 2.ª edição, Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p.p. 65-67.

sábado, 27 de julho de 2013

São Roque

São Roque (c. 1295 – 1327) é um santo da Igreja Católica Romana, protector contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. É também considerado por algumas comunidades católicas como protector do gado contra doenças contagiosas. A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo orago de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães. A sua festa celebra-se a 16 de Agosto.

Embora haja considerável variação nas datas apontadas para o seu nascimento e morte (consoante os hagiógrafos, a data de nascimento varia de 1295 a 1350; a da morte de 1327 a 1390), Roque terá nascido em Montpellier, França, por volta de 1350, e falecido na mesma cidade em 1379 (embora outra versão da sua biografia o dê como morto naquele mesmo ano, mas na Lombardia). Sabe-se contudo que terá falecido jovem.
Era filho de um mercador rico, de nome João, que teria funções governativas na cidade, e de Libéria. Estava ligada a famílias importantes de Montpellier, sendo herdeiro de considerável fortuna.
Diz a lenda que Roque teria nascido com um sinal em forma de cruz avermelhada na pele do peito, o que o predestinaria à santidade. Roque terá ficado órfão de pai e mãe muito jovem, sendo a sua educação confiada a um tio. Terá estudado medicina na sua cidade natal, não concluindo os estudos.
Levando desde muito cedo uma vida ascética e praticando a caridade para com os menos afortunados, ao atingir a maioridade, por volta dos 20 anos, resolveu distribuir todos os seus bens aos pobres, deixando uma pequena parte confiada ao tio, partindo de seguida em peregrinação a Roma.
No decorrer da viagem, ao chegar à cidade de Acquapendente, próxima de Viterbo, encontrou-a assediada pela peste (aparentemente a grande epidemia da Peste Negra de 1348). De imediato ofereceu-se como voluntário na assistência aos doentes, operando as primeiras curas milagrosas, usando apenas um bisturi e o sinal da cruz. De seguida visitou Cesena e outras cidades vizinhas, Mântua, Modena, Parma, e muitas outras cidades e aldeias. Onde surgia um foco de peste, lá estava Roque ajudando e curando os doentes, revelando-se cada vez mais como místico e taumaturgo.
Depois de visitar Roma (período que alguns biógrafos situam de 1368 a 1371), onde rezava diariamente sobre o túmulo de São Pedro e onde também curou vítimas da peste, na viagem de volta para Montpellier, ao chegar a Piacenza, foi ele próprio contagiado pela doença, o que o impediu de prosseguir a sua obra de assistência. Para não contagiar alguém, isolou-se na floresta próxima daquela cidade, onde, diz a lenda, teria morrido de fome se um cão não lhe trouxesse diariamente um pão e se da terra não tivesse nascido uma fonte de água com a qual matava a sede. O cão pertenceria a um rico-homem, de nome Gottardo Palastrelli, que apercebendo-se miraculosamente da presença de S. Roque, o terá ajudado, sendo por ele convertido a emendar a sua má vida.
Miraculosamente curado, regressou a Montpellier, mas logo foi preso e levado diante do governador, que alguns biógrafos afirmam seria um seu tio materno, que declarou não o conhecer. Roque foi considerado um espião e passou alguns anos numa prisão (alguns biógrafos dizem ter sido 5 anos) até morrer, abandonado e esquecido por todos, só sendo reconhecido depois de morto, pela cruz que tinha marcada no peito.
Uma versão alternativa situa o local da prisão em Angera, próximo do Lago Maggiore, afirmando que teria sido mandado prender pelo duque de Milão sob a acusação de ser espião a soldo do Papa. Não se podendo livrar da acusação de espionagem (ou de disseminar a peste), morreu prisioneiro naquela cidade (diz-se que em 1379).
Embora não haja consenso sobre o local do evento, parece certo que ele morreu na prisão, depois de um largo período de encarceramento.
Descoberta a cruz no peito, a fama da sua santidade rapidamente se espalhou por todo o sul de França e pelo norte da Itália, sendo-lhe atribuídos numerosos milagres. Passou a ser invocado em casos de epidemia, popularizando-se como o protector contra a peste e a pestilência. O primeiro milagre póstumo que lhe é atribuído foi a cura do seu carcereiro, que se chamaria Justino e coxeava. Ao tocar com a perna no corpo de Roque, para verificar se estaria realmente morto, a perna ficou milagrosamente curada.
Embora sem provas que o consubstanciem, afirma-se que Roque terá pertencido à Ordem Terceira de São Francisco.Não se conhece a data da canonização, a qual terá sido por devoção popular e não por decisão eclesiástica, como aliás era comum na época. A primeira decisão oficial da Igreja sobre o culto a São Roque aconteceu em 1414, quando no decurso do Concílio de Constança se declarou uma epidemia de peste. Levados pela fé popular em São Roque, os padres conciliares ordenaram preces e procissões em sua honra, tendo de imediato o contágio cessado.
O papa Urbano VIII aprovou os ofícios eclesiásticos para serem recitados a 16 de Agosto, dia da sua festa.
O culto a São Roque, que tinha declinado durante o século XVI reavivou-se com a aprovação papal da respectiva confraria, tendo surgido igrejas dedicadas ao santo em todas as capitais católicas, recrudescendo a devoção sempre que surgiam epidemias. O último grande ressurgimento ocorreu com a cólera nos princípios do século XIX.
Diz-se que as suas relíquias foram transportadas para Veneza em 1485, sendo aqui objeto de grande veneração. A magnificente igreja seiscentista que as alberga, a Scuola Grande di San Rocco, foi decorada por Tintoreto. A cidade dedica-lhe uma festa anual.

São Roque é geralmente representado em trajes de peregrino, por vezes com a vieira típica dos peregrinos de Compostela, e com um longo bordão do qual pende uma cabaça. Um dos joelhos é geralmente mostrado desnudado, sendo visível uma ferida (bubão da peste). Por vezes é acompanhado por um cão, que aparece a seu lado trazendo-lhe na boca um pão.
Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Pôr de sol em Évora


Molhe de Portimão





 

Igreja da Tourega







He a Igreja(3) de huma nave,tem três altares, o altar mor he fechado por cima a dita capela com huma abobeda defeitio de concha; nele está collocado o tabernáculo do Santissimo Sacramento feito detalha e madeira dourado, o retábollo hé taobém de talha, mui antigo e dourado com seunicho donde está a soberana e bem feita imagem de Nossa Senhora da Assumpção estofada de ouro com sua coroa imperial. A parte da Epístola está huma linda imagemde Santo António com o Menino Jesus sobre o livro estofado de ouro com sua diademade prata e da mesma parte a imagem de S. João de Deos da parte do Evangelho está aimagem do menino Deos de vestidos com sua coroa de prata e o gloriozo São Sebastião. Nas faces do arco da capella mor e dentro do cruzeiro aquem formão humas fortes ebem feitas grades de ferro estão duas capellas collateraes ambas com retabolos de talhadourada. 
 
Da parte do Evangelho esta huma perfeitissima imagem de Christo Crucificado com seu resplendor de prata. Neste altar da parte do Evangelho está aimagem do glorioso Archanjo S. Miguel estofado de ouro muito bem feito e no meio doaltar a gloriosa Santa Comba e da parte da Epístola a imagem de Santa Catherina deestofo dourado; estão estas trêz imagens sobre a banqueta.Na outra capela da parte da Epístola fica o altar do Rozário que em hum nicho tem aimagem de Nossa Senhora do Rozário estofada de ouro, com sua coroa de prata e o seumenino Jesus que tem nos braços. Tem na parte do Evangelho huma perfeitissima imagem do Menino Jesus com sua coroa imperial de prata, e da parte da Epístola o Senhor S. Jozé // (S. Jozé) muito bem feita e estofada de ouro. A irmandade que hanesta Igreja he prezente de Nossa Senhora do Rozário.

A parte principal da Igreja fica ao poente, a porta travessa a nascente ambas debaixo dehuma alpendroada de telhado de madeira sobre treze colunas de pedra parda e algumasde mármore com suas bazes e capitéis que se diz forão dezenterradas deste sítio comotãobem huma pedra de mármore enforma de campa de sepultura(4), de que faz menção oP. Rezende.Tem a inscrição em letras romanas ou latinas na forma seguinte:
D. M. S.Q. lulio Maximo V.Quaestori Prov. SiliciaTrib. Pleb. Leg.Prov. NarbonensGalia Prat. Disig.anno XLVIIICalpumia SabinaManto optimoQ. Iulio Claro C. V.IIII viro viarumCurandarumAnno XXIQ. Iulio Nepotiano C. I.IIII viro viarum curandarumanno XXCalp. Sabina Filis

 A porta desta Irmida fica para o Poente com seu alpendre de tres arcos e frontespiciocom hum campanário e seu piqueno sino, aos lados da porta tem duas janellas comgrades de ferro por onde se ve o altar da Santa, em que já dito estão em pintura os dousIrmãos da glorioza Santa Comba, glória e honra desta freguezia pois nella nascerão eforão martirizadas as duas irmãs em tempo da persecução de Daciano no anno detrezentos e tres da Redempção, cuja verdade a tem das memórias que [...] a comprova o Auctor do Agiólogo Lusitano, principalmente o autor do seu comento em o primeiro diade Mayo, em que trata do martirio dos nossos Santos. Confirmase com o testemunho doM. Rezende in Epist. [ad Barth Kebedium] fl. 15. O Padre António de Vasconcellos[...Lusitanae] pag. 553 n°. 14. Francisco Luiz dos Anjos no Jardim de Potugal [...] os 20de Julho pag. 183.

Aos mais interrogatórios não tenho nesta freguezia que dizer; e por isso nada mais digoao que he ordenado na carta que recebi de Vossa Excelência e Reverendissima que Deusguarde. Nossa Senhora da Assumpção da Tourega. 28 de Mayo de 1758.O Paroco Antonio Pires da Silveyra

terça-feira, 23 de julho de 2013

Igreja do Espinheiro


De acordo com a lenda que envolve a fundação do mosteiro, Nossa Senhora terá aparecido sobre um espinheiro em chamas a um pastor. Em 1458, dada a importância do local como destino de peregrinações, foi fundada uma igreja e posteriormente um mosteiro, que recebeu as atenções de diversos soberanos ao longo de sua história.

Quando da expedição de Afonso V de Portugal a Arzila (1471) este soberano formulou uma promessa à Senhora do Espinheiro para que ajudasse as armas portuguesas naquela campanha. Caso saíssem vitoriosas, oferecer-lhe-ia uma estátua de prata, em que estaria representado a cavalo e vestido com uma armadura branca. Conquistada a praça, o soberano cumpriu o voto. Com o falecimento de D. Afonso V, o seu filho e herdeiro, João II de Portugal, fez reunir, nas dependências deste convento as Cortes de Évora de 1481.

Posteriormente, tendo herdado de seu pai a devoção pela Senhora do Espinheiro, quando estava com a Corte em Évora, ia com frequência ao convento, chegando a pernoitar na hospedaria que mandou erguer junto à igreja, e onde tinha para si uma tribuna. Afirma-se que, quando aí pernoitava, solicitava ao sacristão que lhe levasse um pequeno cofre com cilícios e livros espirituais, do qual só ele possuía a chave. Fechava-se então na igreja, passando a noite em vigília diante da Senhora, penitenciando-se.

Numa noite de calor, enquanto o monarca se entregava a essa prática, o sacristão terá subido a um dos terraços para tomar um pouco de fresco, quando ouviu vozes no claustro. Surpreso, prestou atenção a elas, inteirando-se de uma conspiração para atentar contra a vida do rei, a quem, no dia seguinte, relatou o sucedido. De acordo com a narrativa do padre António Franco, a conspiração era liderada por D. Fernando de Meneses, tendo como cúmplices D. Fernando da Silveira, Álvaro de Ataíde, Guterres Coutinho, Pedro de Ataíde, Pedro de Albuquerque e D. Garcia de Meneses.

Entre março e junho de 1490, reuniram-se novas Cortes em Évora, visando organizar o casamento do príncipe D. Afonso com a princesa D. Isabel, filha dos Reis Católicos, que teve lugar em novembro desse mesmo ano, nessa cidade, tendo o convento do Espinheiro hospedado a princesa na ocasião.

Manuel I de Portugal também foi presença marcante no Espinheiro, tendo-lhe feito valiosas ofertas. Ainda de acordo com o padre Manuel Franco, foi neste convento que o soberano recebeu a notícia da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, o que não se pode ter como certo. De qualquer modo, a princesa D. Maria, sua filha, está aqui sepultada, o mesmo ocorrendo com a Infanta D. Beatriz e o príncipe D. Manuel, filhos de João III de Portugal e de D. Catarina de Áustria. Os restos mortais destes últimos foram trasladados para o Mosteiro de Belém em 1582, por ordem de Filipe II de Espanha.

Sebastião de Portugal também visitava o Espinheiro, tendo mandado erguer uma pequena ermida junto da capela-mor, onde se recolhia em oração. O monarca apreciava tanto o convento que mandou erguer ali uma praça de touros, onde se faziam corridas, indo o próprio monarca algumas vezes tourear. A estas festas nunca deixavam de assistir os frades e muitas vezes o Cardeal-Arcebispo D. Henrique, por especial convite.

A capela de Garcia de Resende, que se encontra na cerca, era rodeada por um belo jardim que se prolongava até à pequena capela de São Jerónimo; também ali se confessava D. Sebastião frequentemente.
O primeiro arcebispo de Évora – o Cardeal D. Henrique, celebrou a sua Missa Nova no convento e ofereceu os preciosos paramentos, que nesse dia solene usou, a Nossa Senhora.

Filipe II de Espanha, ao tornar-se rei de Portugal, foi este o primeiro convento da Ordem de São Jerónimo que visitou no país, e onde se hospedou. Em 1663 D. João de Áustria tendo desistido de tomar Estremoz, depois de ter perdido a Batalha do Ameixial, dirigiu-se para Évora, escolhendo para seu quartel-general, o Convento de Nossa Senhora do Espinheiro. João V de Portugal visitou este convento numa sexta-feira de 1729, tendo ouvido missa; e no dia seguinte também aí se deslocou a rainha D. Maria Ana de Áustria.
  
Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834), o convento foi desocupado, passando à posse do Estado Português, até ser vendido a particulares por quantia insignificante. Nesse período, o conjunto entrou em decadência, até que foi adquirido por Manuel Gabriel Lopes, que o fez restaurar na sua quase totalidade, tornando-o outra vez habitável.

Fonte: Wikipédia.

Évora colorida



 
Verão 2012

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Igreja Paroquial do Cristo-Rei de Algés

Esta Igreja datada do séc. XX , é a actual Igreja Matriz de Algés . A Paróquia de Algés pertence à Vigararia de Oeiras.

Fonte:  http://wikimapia.org/6947492/Igreja-Paroquial-do-Cristo-Rei-de-Alg%C3%A9s-Miraflores

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Capela de Santo Amaro

Classificado como Monumento Nacional por Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910.
Implantada numa colina sobranceira ao Rio Tejo, perto do vale de Alcântara, a Capela de Santo Amaro foi edificada em 1549, conforme indica a inscrição colocada sobre a porta principal do templo. O projecto desta ermida de planta centralizada, única na cidade de Lisboa, é atribuído a Diogo de Torralva (MARKL, PEREIRA, 1986; MOREIRA, 1995; SERRÃO, 2002), um dos grandes arquitectos do século XVI português, que tão bem explorou e entendeu o novo gosto do Maneirismo, nomeadamente as vias da tratadística italiana da época.

Templo de peregrinação, a fundação da capela dedicada ao santo milagreiro está envolta em lendas, não se sabendo ao certo se a sua instituição se deve a um grupo de marinheiros galegos ou a uma confraria instituída no local em 1532 por freires da Ordem de Cristo, com autorização régia de D. João III (CORTEZ, 1994, p. 856).

Na verdade, a Capela de Santo Amaro destaca-se pela singular, e erudita, estrutura centralizada, composta por "(...) dois cilindros secantes de inspiração serliana, a que se agrega uma original galilé de planta semicircular (...)" (CORREIA, 1991). Espaço ímpar no panorama arquitectónico português, este templo terá sido inspirado numa gravura do tratadista Sebastiano Serlio, que representa o mausoléu dos Crescenzi, na Via Appia, em Roma (MOREIRA, 1995, p. 352).

O núcleo da estrutura é o espaço circular do oratório, envolvido em metade da sua área pela galilé semicircular, que compõe a fachada, à qual corresponde, do lado oposto, a pequena capela-mor, também cilíndrica. Aberta por uma arcada de cinco vãos, dois dos quais são cegos, a galilé é coberta por abóbada de nervuras abatida, com fechos decorados com símbolos alusivos ao santo padroeiro, cruzes de Cristo, florões e estrelas. Os três arcos principais foram fechados, no século XVIII, com portões de ferro forjado.

As paredes deste espaço estão totalmente revestidas por azulejos polícromos tardo-maneiristas, organizados em dois registos, cujas figurações centrais, alusivas a Santo Amaro, são envoltas por ferroneries, putti, motivos de grutesco e pendurados. Nos vãos cegos da arcada foram erigidos dois altares de estrutura maneirista, em trompe l'oeil, executados em azulejo policromo.
O acesso ao interior é feito através de três portas, abertas na galilé, estando gravada sobre a porta principal uma inscrição alusiva à data de fundação da capela. A nave circular é coberta por cúpula semi-esférica com lanternim, possuindo coro-alto, ao qual se acede pelo terraço. Um arco de volta perfeita, sem qualquer decoração, abre para a capela-mor, também coberta por cúpula semi-esférica, que ao centro alberga retábulo de talha azul e dourada em estilo nacional. Contígua à capela-mor foi construída a sacristia.


Celebrada a 15 de Janeiro, a romaria de Santo Amaro era uma das mais concorridas da cidade, tendo sido realizada pela última vez em 1911. Com o advento da República, a ermida foi abandonada e saqueada, chegando a servir de carvoaria. Em 1927 foi entregue à Irmandade do Santíssimo Sacramento, e no ano seguinte o espaço foi reabilitado para o culto.
 


Fonte: http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/71201/

RUA NOVA

 




   





ÉVORA

Fonte de Vila Nogueira de Azeitão



quinta-feira, 18 de julho de 2013

Igreja de São Lourenço

A Igreja de São Lourenço, em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, é um templo de fundação medieval, gótica, da qual hoje nada resta. O que chegou até nós foi uma igreja rural, com azulejos do século XVIII e um belíssimo painel de «majólica italiana» do século XVI. Importantes também a talha e as pinturas da capela-mor. Uma das peças mais antigas é a pia baptismal, de meados do século XVI, com características manuelinas, e talhada de uma só peça de brecha da Arrábida. Do século XVIII é o altar-mor, cujo retábulo de talha ladeia uma tela representando a última ceia.

Exposição "Tribunais Europeus"






Na sede do Tribunal Europeu, no Luxemburgo, está patente ao público uma exposição de fotografia de todos os tribunais constitucionais da União Europeia. A visita é livre e têm um catálogo para oferecer! Aproveite!