Nesta região (…) as vicissitudes da atmosfera dominam a vida do comércio.
Vinhateiros, proprietários, negociantes de madeira, tanoeiros, estalajadeiros e
marítimos estão todos à espreita de um raio de sol; receiam ao deitar-se saber
no dia seguinte de manhã que geou durante a noite; temem a chuva, o vento, a
seca, e querem água, calor, nuvens, conforme os seus interesses. Há um duelo
permanente entre o céu e as conveniências terrestres. O barómetro entristece,
desenruga, alegra alternadamente as fisionomias.
BALZAC, Honoré
de, Eugénia Grandet, Lisboa, Editorial Verbo, p. 11.
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