quarta-feira, 9 de outubro de 2013

As vicissitudes da atmosfera



Nesta região (…) as vicissitudes da atmosfera dominam a vida do comércio. Vinhateiros, proprietários, negociantes de madeira, tanoeiros, estalajadeiros e marítimos estão todos à espreita de um raio de sol; receiam ao deitar-se saber no dia seguinte de manhã que geou durante a noite; temem a chuva, o vento, a seca, e querem água, calor, nuvens, conforme os seus interesses. Há um duelo permanente entre o céu e as conveniências terrestres. O barómetro entristece, desenruga, alegra alternadamente as fisionomias.

BALZAC, Honoré de, Eugénia Grandet, Lisboa, Editorial Verbo, p. 11.

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