Olhe, uma pessoa
das minhas relações dividia os seres em três categorias: os que preferem não ter
nada que esconder a serem obrigados a mentir, os que preferem mentir a não ter
nada que esconder e, finalmente, os que amam ao mesmo tempo a mentira e o
segredo. (…) Vê-se mais claro, por vezes, naquele que mente
que no aquele que fala verdade. A verdade cega, como a luz. A mentira, pelo
contrário, é um belo crepúsculo que põe cada objecto em realce.
CAMUS, Albert, A queda,s.l., Editorial Verbo, 1971, p.p. 127-128.
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