sábado, 12 de outubro de 2013

Mentira, verdade



Olhe, uma pessoa das minhas relações dividia os seres em três categorias: os que preferem não ter nada que esconder a serem obrigados a mentir, os que preferem mentir a não ter nada que esconder e, finalmente, os que amam ao mesmo tempo a mentira e o segredo. (…)  Vê-se mais claro, por vezes, naquele que mente que no aquele que fala verdade. A verdade cega, como a luz. A mentira, pelo contrário, é um belo crepúsculo que põe cada objecto em realce.
 
CAMUS, Albert, A queda,s.l.,  Editorial Verbo,  1971, p.p. 127-128.

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