sábado, 10 de setembro de 2022

Dois

Não cabiam palavras naquele

anoitecer.

Dois corpos, dois cegos. dois eus ambiciososo.

Tudo neles  era um mundo mudo

suspenso do terror da dor

e do prazer.


CARVALHO, Armando Silva, O País das minhas vísceras, s.l., Língua Morta, 2021, p. 409.

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