Quando a conheci é que comecei a comprender o que sou, comecei a amá-la antes, meu anjinho, e era um sonho (...) Eles, os meus inimigos, diziam que até a minha figura era indecorossa e (...) diziam que eu era um lorpa e, então, eu próprio achei que era um lorpa mas que a a menina apareceu, iluminou a minha alma e o meu coração ganhei paz de espírito, e fiquei a saber que não era pior do que os outros apenas não sou brilhante em nada, não estou polido, não tenho bom tom, mas mesmo assim sou um ser humano, pelo coração e pelos pensamentos sou um ser humano.
DOSTOIÉVSKI, Fiódor, Gente pobre, Lisboa, 3.ª edição, Editorial Presença, 2021, p. 104.
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