Tu ergues um muro de silêncio
Que não consigo escalar
Nem sequer furar
Não sei o que mais fazer para o vencer
Quero combater esta fase
Entristece
Este não diálogo
Reconheço que não há dever de resposta
Mas tu, que conheces tão bem o meu corpo
Pretendes esquecer o meu espírito?
Neste desaparece
Só este poema me acompanha
Tu, que eu tanto adoro
Sinto que arrefece
E toda eu estremece
Por este vazio que me cobre
Tu, por quem eu sinto
Calma e êxtase
Ensinas-me tanto!
Contudo, aula desaparece
Silêncio dói
Eu sei que não me amas
Mas
não compreender porquê este modo de ser me corrói
Só penso
fui negada e reprovada,
ignorada, magoada
e tal não mereço
Espera e silêncio
Constante num ano
que pensei em ser evolução
não devo mesmo prestar para nada...
Conquistaste-me pela tua beleza,
Tranquilidade e sagacidade,
Inteligência e franqueza
Onde andam na realidade?
Descontrais-te!
Contraio-me,
de que me adianta saber
se quem eu gosto não quer?
Imunidade - a ti -
Nunca será felicidade
Mas se para o Mestre tudo é igualdade
Tenho de me salvar e mutilar esta pele - de ti- dependente
XPTO
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