domingo, 17 de novembro de 2024

Évora, cidade clara

Num convento solitário

De Évora, cidade clara.

Claro celeiro de pão,

Existe uma imagem rara

Obra dum imaginário

Dos tempos que lá vão.


É um Menino Jesus,

De bochechinha brunida

Cor de maçã camoesa,

Mas no seu rosto transluz

Uma expressão dolorida

Que enche a gente de tristeza...


Augusto Gil - Obra Poética, 1.º vol., Lisboa, Círculo de Leitores, 1983, p. 145.

Sem comentários: