Num convento solitário
De Évora, cidade clara.
Claro celeiro de pão,
Existe uma imagem rara
Obra dum imaginário
Dos tempos que lá vão.
É um Menino Jesus,
De bochechinha brunida
Cor de maçã camoesa,
Mas no seu rosto transluz
Uma expressão dolorida
Que enche a gente de tristeza...
Augusto Gil - Obra Poética, 1.º vol., Lisboa, Círculo de Leitores, 1983, p. 145.
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