domingo, 1 de janeiro de 2023

Há sempre esperança no fundo das avenidas

 Há sempre esperança no fundo das avenidas.

Mas há poças de água nos passeios. Há frio,

há cansaço, há duas horas que decidi, outono.


E o meu corpo não quer mentir, e aquilo que

não é o meu corpo, o tempo, sabe que

tenho muitos poemas para escrever.


PEIXOTO, José Luís, Gaveta de papéis, 2.ª edição, Quetzal, 2011, p. 45.

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