A nossa vida quotidiana está sempre a ser bombardeada pelos acasos, mais exactamente por encontros fortuitos entre as pessoas e os acontecimentos, ou seja, por aquilo a que costuma chamar-se coincidências. Há uma coincidência quando dois acontecimentos inesperados se produzem ao mesmo tempo, quando se encontram um com o outro (...)
Mas o amor a nascer aguçou-lhe o sentido da beleza e, por isso, nunca mais esquecerá essa música. Sempre que a ouvir, há-de sentir-se comovida. Tudo o que se passar à sua volta nesse instante ficará aureolado com o brilho dessa música e será belo.
KUNDERA, Milan, A Insustentável leveza do ser, Alfragide, D. Quixote, 32.ª edição, 2015, p.69.
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