Assim que te despes
As próprias cortinas
Ficam boquiabertas
Sobre a luz do dia
Os teus olhos pedem
Mas a boca exige
Que te inunde as pernas
Toda a luz do dia
Até o teu sexo
Que negro cintila
Mais e mais desperta
Para a luz do dia
E a noite percebe
Ao ver-te despida
O grande mistério
Que há na luz do dia
DAVID MOURÃO FERREIRA in PEDREIRA, Maria do Rosário, DUARTE, Aldina, Esse fado vaidoso, Lisboa, Quetzal, 2022, p. 194.
Vamos ouvir o poema transformado em fado? Voz de CRISTINA BRANCO:
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