terça-feira, 30 de novembro de 2010

Florbela Espanca

Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida de trinta e seis anos foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.

Filha de Antónia da Conceição Lobo e do republicano João Maria Espanca nasceu no dia 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, no Alentejo. Seu pai era casado com Mariana do Carmo Toscano. A sua esposa não pôde dar-lhe filhos. Porém, João Maria resolveu tê-los – Florbela e Apeles, três anos mais novo – com outra mulher, Antónia da Conceição Lobo, de condição humilde. Ambos os irmãos foram registados como filhos ilegítimos de pai incógnito. Entretanto, João Maria Espanca criou-os na sua casa, e Mariana passou a ser madrinha de baptismo dos dois. João Maria nunca lhes recusou apoio nem carinho paternal, mas reconheceu Florbela como a sua filha em cartório só dezoito anos depois da morte dela.

Entre 1899 e 1908, Florbela frequentou a escola primária em Vila Viçosa. Foi naquele tempo que passou a assinar os seus textos Flor d’Alma da Conceição. As suas primeiras composições poéticas datam dos anos 1903-1904: o poema “A Vida e a Morte”, o soneto em redondilha maior em homenagem ao irmão Apeles, e um poema escrito por ocasião do aniversário do pai. Em 1907, Florbela escreveu o seu primeiro conto: “Mamã!” No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas vinte e nove anos.

Flor ingressou então no Liceu Masculino André de Gouveia em Évora, onde permaneceu até 1912. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso secundário. Devido à Revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, os Espanca mudaram-se para Lisboa. Florbela interrompeu os estudos mas aproveitou o tempo para leituras (Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Garrett).

Em 1916, de volta a Redondo, a poetisa reuniu uma selecção da sua produção poética desde 1915, inaugurando assim o projeto Trocando Olhares. A coletânea de oitenta e cinco poemas e três contos serviu-lhe mais tarde como ponto de partida para futuras publicações. Na época, as primeiras tentativas de promover as suas poesias falharam. No mesmo ano, Florbela iniciou a colaborar como jornalista em Modas & Bordados (suplemento de O Século de Lisboa), em Notícias de Évora e em A Voz Pública, também eborense. A poetisa regressou de novo a esta cidade em 1917. Completou o 11º ano do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi uma das catorze mulheres entre trezentos e quarenta e sete alunos inscritos.

Em 1919 saiu finalmente a sua primeira obra, Livro de Mágoas, antologia de poemas. Em 1922, a 1 de Agosto, na recém fundada Seara Nova publicou o seu soneto “Prince charmant...”, dedicado a Raul Proença. Em Janeiro de 1923 veio a lume a sua segunda coletânea de sonetos, Livro de Sóror Saudade, edição paga pelo pai da poetisa. Para sobreviver, Florbela começou a dar aulas particulares de português.

Em 1927 a autora principiou a sua colaboração no jornal D. Nuno de Vila Viçosa, dirigido por José Emídio Amaro. Naquele tempo não encontrava editor para a coletânea Charneca em Flor. Preparava também um volume de contos, provavelmente O Dominó Preto, publicado postumamente apenas em 1982.
Em homenagem ao irmão, Florbela escreveu o conjunto de contos de As Máscaras do Destino, volume publicado postumamente em 1931. Entretanto, a sua doença mental agravou-se bastante. Em 1928 ela teria tentado o suicídio pela primeira vez.
Em 1930 Florbela começou a escrever o seu Diário do Último Ano, pubicado só em 1981. A 18 de Junho principiou a correspondência com Guido Battelli, professor italiano, visitante na Universidade de Coimbra, responsável pela publicação da Charneca em Flor em 1931. Na altura, a poetisa colaborou também no Portugal feminino de Lisboa, na revista Civilização e no Primeiro de Janeiro, ambos do Porto.
Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu o resto da vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário, a 8 de Dezembro de 1930. A causa da morte foi a sobredose de barbitúricos.
A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão os restos do avião pilotado por Apeles na hora do acidente. O corpo dela jaz, desde 17 de Maio de 1964, no cemitério de Vila Viçosa, a sua terra natal.


Autora de poemas, artigos na imprensa, traduções, epístolas e um diário, Florbela Espanca antes de tudo foi poetisa. É à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada é principalmente amorosa. O que preocupa mais a autora é o amor e os ingredientes que romanticamente lhe são inerentes: solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte. A sua obra abrange também poemas de sentido patriótico, inclusive alguns em que é visível o seu patriotismo local: o soneto “No meu Alentejo” é uma glorificação da terra natal da autora.
Fonte: Wikipédia.

Públia Hortênsia de Castro

Públia Hortênsia de Castro (Vila Viçosa, 1548 - Évora, 1595) foi uma das mais notáveis e célebres figuras do humanismo português. Dotada de uma erudição ímpar e de um talento precoce extraordinário, impôs–se à estima dos maiores intelectuais do seu tempo.


Na sua terra natal aprendeu as primeiras letras. Depois, devido à inteligência e capacidade de estudo demonstrada, foi para Évora e, sob a protecção do seu parente o Arcebispo D. José de Melo, aí se matriculou no curso de filosofia da Universidade. Aos 17 anos de idade assombrava já com as suas capacidades de raciocínio os seus doutos professores. Mais tarde cursou Públia Hortênsia de Castro a Universidade de Coimbra, na companhia de um irmão, tendo aí estudado Retórica, Humanidades e Metafísica.


Em Évora, tomou parte em certames literários diversos, em discussões públicas de carácter científico, tendo ganho fama e notoriedade fazendo uso do seu brilhantismo intelectual. No antigo colégio do Espírito Santo, em 1561, prestou as provas finais para alcançar o grau de licenciada, tendo ficado célebre a sua argumentação, que impressionou fortemente as doutas personalidades que a inquiriram. André de Resende, seu mestre, rendeu-se às qualidades da sua discípula e, espantado com a capacidade demonstrada, depressa espalhou a notícia do prodígio, por entre os sábios estrangeiros com que trocava correspondência. Nos círculos culturais de Espanha, França e Itália, a novidade causou assombro e despertou o interesse e a curiosidade das mais insignes figuras da época.




Em 1574, Públia Hortênsia de Castro começa a frequentar o Paço Real de Évora e a erudita academia da infanta D. Maria. Em 1581, vendo-se sozinha e abandonada por quem a protegera até então, tendo mais de 30 anos de idade, desgostosa com a ingratidão do poder, Públia Hortênsia de Castro, resolve consagrar-se a Deus e entra no Convento do Menino Jesus da Graça, em Évora, da Ordem dos Agostinhos. Na clausura conventual faleceu em 1595, com 47 anos de idade.


Faleceu sem ter feito obra marcante, mas do seu talento ficou testemunho o que escreveu em alguns livros de prosa e verso, em cartas escritas em latim e em português, e uns diálogos sobre teologia e filosofia, a que deu o título de Flosculos Theologicales.
Fonte "http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%BAblia_Hort%C3%AAnsia_de_Castro"

Bento de Jesus Caraça



Bento de Jesus Caraça, natural de Vila Viçosa (terra que homenageia os seus filhos ilustres com esculturas nas praças locais), onde nasceu em 1901, veio a falecer em Lisboa em 1948. Matemático, foi também resistente antifascista e militante do Partido Comunista Português.
Em 1941 cria a "Biblioteca Cosmos", para edição de livros de divulgação científica e cultural, a qual publicou 114 livros, com uma tiragem global de 793 500 exemplares (escreveu vários livros de matemática). Colaborou também nas revistas Técnica, Gazeta da Matemática, Seara Nova, Vértice e Revista de Economia.

Fonte:Wikipédia

Vila Viçosa vista do castelo


Palácio Real ao fundo




Vila Viçosa


Como seria a vida do soldado que olhava para os lados de Espanha à espera de inimigos??
Paisagem de Vila Viçosa


Castelo de Vila Viçosa


A primitiva fortificação da Vila pertenceu ao rei D. Dinis, que lhe fundou o
Castelo e a Cerca Velha, em obra levada a efeito na última década do século XIII.



Este primeiro castelo, com a Torre de Menagem, desapareceu na segunda vintena
do século XVI, quando os duques donatários D. Jaime e D. Teodósio I construíram a subsistente fortaleza artilheira, do tipo italiano mas seguindo o modelo das praças africanas e indostânicas que os portugueses haviam introduzido nas suas conquistas ultramarinas.






Actualmente o castelo pertence à Fundação Casa de Bragança e alberga o Museu de Arqueologia e o Museu da Caça.

FONTE: http://www.portugalvirtual.pt/_tourism/plains/vila.vicosa/ptsightseeing.html

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Malaposta


No final da visita do Museu da Carruagem de Vila Viçosa conheci esta carruagem que servia para o transporte de correio e, de passageiros! A primeira classe, no interior, a segunda nos bancos de cima e a terceira classe bem lá no alto! Os pobres naquele tempo tinham de ter um bom estômago ;)


Museu da Carruagem

No espaço da antiga cocheira real do Palácio de Vila Viçosa está hoje instalado o Museu da Carruagem, com os seus admiráveis coches (reais, republicanos, eclesiásticos), berlindas, liteiras, mala-potas, etc;
Muito destes meios de transporte foram utilizados na Tapada de Mafra e de Vila Viçosa.
Também pude apreciar uma oficina de ferreiro e de carpinteiro!
As cocheiras eram muito fresquinhas!!! Felizmente que os cavalos tinham direito a uma lareira para se aquecerem!

domingo, 28 de novembro de 2010

Claustro no Palácio




Depois de sair da cozinha deparamo-nos com este pequeno e bonito claustro! Um sítio bem giro para os 30 cozinheiros relaxarem!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Porta dos Nós



DEPOIS DE VÓS, NÓS


Obra quinhentista que dá entrada para a tradicional Ilha, em cujos vastíssimos terreiros se edificaram, sucessivamente, além das moradias de servos da Casa, a Colegiada de Nª Sª da Conceição, o Seminário dos Reis Magos, estrebarias, cocheiras, abegoaria e outras oficinas necessárias numa grande casa fidalga mas também agrícola e rural.


Em épocas antigas, ladeando o portal e baseado na informação do escritor Fr. Manuel Calado, em 1648, existia o brasão de armas e lápidas de pedra simbolizando a jactância e poder da sereníssima casa brigantina, que diziam: Depois de vós - Depois de nós, cujo significado era: Depois da pessoa Real nós somos os primeiros na grandeza e na pretensão do Reino, e todos os outros Duques, Marqueses e Condes são depois de nós.

FONTE:http://www.portugalvirtual.pt/_tourism/plains/vila.vicosa/ptsightseeing.html

Jardins do Palácio de Vila Viçosa



Interior do Palácio de Vila Viçosa


No interior do Palácio dos Duques de Bragança "consegui fotografar" a sala de jantar e a cozinha, com uma imensa parafernália de utensílios em cobre, de todos os tamanhos e feitios; O guia informou-nos que são limpos de 4 em 4 anos e que levam cerca de 3 a 4 meses a limpar isto tudo!!!
E com a cozinha acabamos a visita ao interior deste palácio que pertence à Fundação Casa de Bragança. Fomos muito bem acolhidos pelos guias, mas pagar 6 euros para ver o interior do palácio sem ter acesso aos jardins e ter de pagar mais por visitar museus anexos sem ter um bilhete único... é preciso ter um pouco de paciência. Sei que são formas de organização que deveria habituar-me mas não consigo. Pessoas que gostam de visitar museus e palácios calmamente, sem ter um grupo por trás e a correr sofrem muito nestes casos! Mas então, o que podemos fazer quando há muita vontade em conhecer um espaço?? Se não sujeitarmo-nos a "em Roma sê romano".

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estátua Equestre de D. João IV

A elegante e monumental Estátua Equestre do Rei Restaurador, que mede acima do plinto seis metros, é obra de bronze da autoria do escultor funchalense Francisco Franco (1885 – 1955) enquanto que o pedestral de granito é do risco do arquitecto Pardal Monteiro (1897 – 1957).

Segundo Sant’Anna Dionísio, o escultor “tentou, parece, de certo modo, reconstruir o falado e fortíssimo ginete de nome o Baluarte que D. João IV mandou comprar na Andaluzia, alguns meses antes da revolução de 1640”, “encantado com a sua grandeza e segurança” e que mantinha tal dignidade nos desfiles e paradas “que mais parecia cavalo de metal”. Este mestre Galvão de Andrade afirmou que foi nesse magnifico animal que o novo monarca fez o percurso em Lisboa desde o Palácio Real até à Sé no dia da sua aclamação.
D. João IV de Portugal e II de Bragança (Vila Viçosa, 19 de Março de 1604 — 6 de Novembro de 1656) foi o vigésimo primeiro Rei de Portugal, e o primeiro da quarta dinastia, fundador da dinastia de Bragança.
Era filho de Teodósio II, sétimo duque de Bragança e da duquesa D. Ana de Velasco y Girón, nobre da corte espanhola e filha de Juan Fernández de Velasco, 4.º Duque de Frias, com a duquesa Maria de Téllez-Girón. João IV de Portugal herdou o senhorio da casa ducal em 1630 como D. João II e foi o 8º duque de Bragança, 5º duque de Guimarães e 3.º duque de Barcelos. Foi ainda 7.º marquês de Vila Viçosa e conde de Barcelos, Guimarães, Arraiolos, Ourém e Neiva.

Por via paterna era trineto do rei Manuel I de Portugal, através da duquesa D. Catarina, infanta de Portugal, sua avó paterna. Ficou para a história como O Restaurador (por haver sido restaurada a independência nacional, pois antes Portugal estava sendo dominada por uma Casa Real estrangeira, a Casa de Habsburgo, tendo acontecido isto por casamentos entre a realeza portuguesa e a do Reino de Espanha) ou O Afortunado (por aparentemente, uma vez "caída a coroa na sua cabeça", não ter querido reinar, e só se ter decidido após a intervenção da esposa).
Fonte: http://www.flickr.com/photos/vitor107/3845110157/ e http://pt.wikipedia.org/wiki/D._Jo%C3%A3o_IV

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Palácio de Vila Viçosa


Antecedido pela moderna estátua equestre de D. João IV, escultura realizada por Francisco Franco, o Paço Ducal de Vila Viçosa ergue-se no topo de um amplo terreiro nesta vila alentejana.

O Palácio pertence à fundação da Casa de Bragança e foi um empreendimento começado por D. Jaime no século XVI, de acordo com os cânones do gótico final.

Dessa primitiva fundação restam alguns elementos arquitectónicos, materializados no claustro do paço e em alguns compartimentos do rés-do-chão, com algumas coberturas abobadadas e portas de inspiração mudejar.

Posteriormente, nos séculos XVII e XVIII, o Palácio dos Duques de Bragança foi remodelado e aumentado, sobretudo ao nível da fachada principal e da decoração das diversas dependências palacianas. Iniciada pelo duque D. Teodósio II (1568-1630), a sua frontaria é severa e marcada por elegantes linhas maneiristas, repartida por três pisos rasgados por portas, janelas e varandas, estruturando-se com pilastras distribuídas segundo os preceitos das ordens clássicas - dórico no piso inferior, jónico no intermédio e coríntio no último -, harmonia quebrada no reinado de D. Maria I quando lhe foi acrescentado um corpo compósito na parte axial da cobertura do palácio.

A entrada do actual museu da Fundação da Casa de Bragança conduz a uma imponente escadaria, cujas paredes apresentam frescos do século XVI, alusivos à tomada de Azamor em 1513, por D. Jaime de Bragança. Do acervo de artes decorativas deste imenso palácio, destacam-se algumas secções que decoram as diversas dependências - a tapeçaria de produção belga ou holandesa; variadíssimas peças de mobiliário provenientes de diversos países; cerâmica oriental e europeia; ourivesaria sacra, ou ainda a pintura, com a vastíssima colecção que vai desde o século XVI até ao século XX, incluindo alguns dos mais famosos pintores nacionais e ainda pinturas do rei D. Carlos.

A Sala dos Tudescos ou dos Duques abre a ala norte e revela-se um magnífico compartimento do palácio, ostentando um tecto barroco de caixotões dourados, contendo as pinturas de todos os duques de Bragança, desde o século XIV até D. José, algumas das quais foram pintadas pelo artista francês Pierre Antoine Quillard e outras pelo pintor saboiano Domenico Duprà. A parede central tem um fogão em mármore, enquanto os outros panos expõem diversas tapeçarias setecentistas. Predomina a pintura de frescos e de painéis de cobertura nas Salas das Virtudes e de Hércules, com as suas pinturas mitológicas, ou ainda na Sala das Duquesas.

No lado oposto, virado a sul, apresentam-se a Sala da Rainha, que se estende para a Sala de David, decorada com cenas históricas pintadas, bem como um soberbo silhar de azulejos dos inícios de Seiscentos, produzidos por Talavera de La Reina e concebidos por Fernado de Loyaza. O oratório privado de D. Catarina expõe um soberbo pano do século XVI, trabalho flamengo que representa o Descimento da Cruz.

Seguem-se-lhe outras dependências, terminadas no flanco sul pelas Salas do Príncipe do Brasil e de D. Maria. Orientada para o jardim do palácio situa-se a ala evocadora da memória de D. Carlos e de D. Amélia. Nesta ala transversal encontra-se a capela real, decorada por finos e coloridos estuques dos séculos XVIII e XIX, começados no reinado de D. João V e terminados por D. João VI. Neste espaço são visíveis pinturas italianas de Maratta ou Rosselini, ou ainda do francês Quillard. Expõe-se também o tríptico quinhentista do Calvário, que veio do Convento das Chagas de Cristo e que actualmente se encontra na Sala da Tribuna, e ainda uma tela de S. João Baptista, pintada em 1793 por Domingos António de Sequeira.

Fonte: http://www.infopedia.pt/$paco-ducal-de-vila-vicosa

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vamos andar de bicicleta?


Estas são menos práticas mas muito mais giras!!!
Palácio de Vila Viçosa
Museu da Carruagem

domingo, 21 de novembro de 2010

SINAGOGA


Também os judeus possuem no centro do Luxemburgo a sua sinagoga, que fica no meio de um dos parques da cidade.

sábado, 20 de novembro de 2010

IGREJA ORTODOXA


A multiplicidade de povos e suas culturas é bem visível no Luxemburgo, cidade onde estamos sempre a ouvir diferentes línguas. Daí a normalidade de encontrar no centro vários locais de cultos de diferentes credos, como o desta Igreja Ortodoxa.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

TEATRO DO LUXEMBURGO


O teatro do Luxemburgo visto por fora, já que nunca cheguei a visitar o seu interior. A maioria dos seus bilhetes já se encontravam esgotados. Neste país apreciam bastante a cultura porque logo no início do ano os residentes compram um bilhete anual para assistir aos mais variados espectáculos. No exterior, o espaço é bastante agradável , dá para estarmos na esplanada, num sítio bem tranquilo!

Aqui fica um pouco sobre este teatro: Built in the 1960s to mark the millennium of the city of Luxembourg, the theatre was designed by the Parisian architect Alain Bourbonnais. Many other European countries have played a part in the building and furnishing of this comparatively new theatre. Since then it has been renovated. Major concert artists from all over the world are presented as well as those from Luxembourg. The theatre is a venue for opera, dance (ballet and modern) and drama in different languages.
FONTE: Wikipédia.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CATEDRAL DO LUXEMBURGO

Fachada da entrada lateral
A Catedral de Notre-Dame, no Luxemburgo é a catedral católica da cidade de Luxemburgo. Neste país, sabemos que a igreja é católica, por na sua maioria ter uma bandeira do Vaticano à entrada (neste caso está hasteada no tecto). Foi, originalmente, uma catedral jesuíta, e sua base foi construída em 1613.
A igreja é um grande exemplo da antiga arquitectura gótica, como podem ver pelas estreitas torres sineiras, que com a sua altura facilmente atingem o céu.
No final do século XVIII, ela recebeu a milagrosa imagem de Maria Consolatrix Afflictorum, a santa patrona da cidade e da nação. Depois, foi consagrada como Igreja de Nossa Senhora e, por volta de 1870, foi elevada à Catedral de Notre-Dame pelo Papa Pio IX. De 1935 até 1938, a catedral sofreu uma expansão, estando actualmente a ser alvo de restauro. Ao lado, pode-se visitar a Biblioteca Nacional.

Fachada da entrada principal
Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PORTEL

Portel é uma vila alentejana, no Distrito de Évora, com cerca de 2 800 habitantes.
É sede de um município com 601,15 km² de área e 8 109 habitantes (2001), subdividido em 8 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Évora, a leste por Reguengos de Monsaraz, a sueste por Moura, a sul pela Vidigueira, a sudoeste por Cuba e a oeste por Viana do Alentejo.
A vila de Portel foi fundada em 1261, tendo recebido foral de concelho em 1262. Tornou-se mais badalada com a construção da barragem do Alqueva, mas ainda lhe falta muito para beneficiar desta infra-estrutura...
FONTE: Wikipédia.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

IGREJA DOS MENINOS DA GRAÇA

A Igreja da Graça ou Convento de Nossa Senhora da Graça (popularmente chamado Convento da Graça ou Meninos da Graça), é um importante monumento religiosa renascentista da cidade de Évora, situando-se no Largo da Graça, na freguesia da Sé e São Pedro. Este mosteiro, dos frades eremitas calçados de Santo Agostinho, foi fundado em 1511, tendo sido projectado pelo arquitecto da Casa Real Miguel de Arruda.

O edifício é um belo exemplar do mais puro estilo renascentista, tendo nos acrotérios da fachada as famosas figuras atlantes a quem o povo de Évora chama desde há séculos, os "Meninos da Graça". Sofrendo o golpe da extinção das ordens religiosas, no ano de 1834, o Convento da Graça foi nacionalizado e transformado em Quartel. Entrou então em grande ruína, perdendo-se grande parte dos seus valores sumptuários, o que constituiu uma enorme perda para o acervo artístico de Évora. Muitos dos altares, imagens e sinos da igreja foram transferidos para a Igreja do Convento de São Francisco, então já paroquial de São Pedro (em cuja freguesia se situava o arruinado Convento da Graça).

Está classificado pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910 e Património Mundial da UNESCO desde 2001.
O edifício veio a ser restaurado só na segunda metade do século XX, conservando (o exterior e algumas dependências conventuais, como o claustro e o refeitório) as linhas da arte renascentista que o tornam num dos mais belos monumentos eborenses.

Presentemente serve de Messe de Oficiais da guarnição de Évora, sendo a Igreja a Capelania da Região Militar Sul.

Fonte: Wikipédia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MONSTROS

Igreja dos Meninos da Graça, Évora


Porque se povoam os mosteiros de monstros, de leões, de grifos, de demónios esgoleados, de frutas redondas, de pequenos símios provocantes? De cada canto dessa reserva da alma, aparecem, mais do que as figuras compensadoras da redenção, os seus inimgos e os desvarios do temor humano. Nunca estamos sós com os anjos e os deuses, sem que a multidão assobiante da nossa realidade animal venha convocar-nos para girar em torno de nós mesmos. E há algo de potente e sagrado nessa forma grotesca do homem pecador, babando-se, contorcendo-se, caindo sobre as mãos calosas, escoiceando o ar, empunhando tridentes e formando o salto sobre os espaços.



LUÍS, Agustina Bessa, Casa morta e pia baptismal, A Brusca, Lisboa, Editorial Verbo, 1971, p. 120.

domingo, 14 de novembro de 2010

Escrita viva

Sim, toda a novela, toda a obra de ficção, todo o poema, quando é vivo é autobiográfico. Todo o ser de ficção, toda a personagem poética criada por um autor faz parte do próprio autor. E se este insere no seu poema um homem de carne e osso que acaso veio a conhecer, é depois de ter feito seu, parte de si mesmo.

UNAMUNO, Miguel de, Como se faz uma novela, A Tia Tula, Lisboa, Editorial Verbo , (1971), p. 141.

sábado, 13 de novembro de 2010

Ferreiro

Feira Medieval de Silves, Agosto de 2008


A profissão de ferreiro traz consigo uma sugestão misteriosa; do mais profundo dos tempos, deuses andróginos da terra e do céu, eles chamam o poder da montanha sagrada sobre os homens. A cova onde cintila o fogo, o tinir da bigorna, o branco resplendor do metal ardente, têm um efeito calmante sobre os que são tentados pela morte. Há algo sacerdotal nesse mester que se relaciona com a matéria inerte moldada à experiência que nela faz o homem.

LUÍS, Agustina Bessa, A Brusca, Lisboa, Verbo Editora, 1971, p. 27.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Viver a História!

Viver na história e viver a história! E uma maneira de viver a história é contá-la, criá-la em livros. Assim o historiador, poeta por sua maneira de contar, de criar, de inventar um acontecimento que os homens julgavam que se tinha verificado objectivamente, fora das suas consciências, quer dizer no nada, provocou novos acontecimentos. Com acerto se diz que ganhar uma batalha é fazer crer aos nossos e aos outros, aos amigos e aos inimigos que a ganhámos. Há uma lenda da realidade que é a substância, a realidade íntima da própria realidade. A essência de um indivíduo e de um povo é a sua história, e a história é aquilo a que se chama a filosofia da história, é a reflexão que cada indivíduo ou cada povo fazem do que lhes sucede, do que neles sucede. Com sucessos, sucedidos, se constituem feitos, ideias feitas carne.



UNAMUNO, Miguel de, Como se faz uma novela, A Tia Tula, Lisboa, Editorial Verbo, (1971), p.p. 142-143.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Hortense das Dores Parrinha (1903-2009)

Para mim a Hortense mais importante do mundo foi a minha avó, a melhor avó do mundo! Hoje, dia do seu aniversário presto-lhe aqui uma singela homenagem a quem me marcou muito na minha vida e cujas saudades não páram de aumentar... Escrevo assim um pequeno resumo da longa vida desta mulher carinhosa e inteligente!
Desde pequena que a história de vida da minha avó me encanta, porque viveu a queda da monarquia, contando muitas histórias sobre o Sidónio Pais e do Afonso Costa, a chegada de Sacadura Cabral a Lisboa, após a primeira travessia aérea do atlântico (chegada que presenciou na primeira pessoa), da I Guerra Mundial, da Guerra Civil de Espanha e do Salazarismo... Talvez tenha sido daí o meu gosto pela História!

Fonte de história viva, a vida da minha avó foi bastante dura. Natural de Beja, deixou a casa dos pais aos 6 anos para ir servir a Lisboa e o facto de estar 2 anos sem ver a mãe e de ter passado fome, tornou-a forte, mas nunca amarga. Não teve a educação que merecia por não ter posses de ir à escola. No entanto, sabia sempre todas as notícias, porque quando era nova juntava-se com outros, numa grande roda a ouvir uma pessoa a ler as notícias para todos.


Trabalhou sempre em casa, gerindo-a com o ordenado do marido, guarda da GNR que devido à sua profisssão obrigou toda a família a mudar várias vezes de terra por todo o Alentejo. Criou 5 filhos, aos 70 ficou viúva, mas em 106 primaveras assistiu ao crescimento da família: 11 netos e 15 bisnetos! E por ter resistido tantos anos até ganhou uma medalha por ser a sócia mais velha da GNR.

Com a idade veio a doença e a agilidade foi-se perdendo enquanto a arterosclorose vencia, mas esteve sempre lúcida até aos 106 anos e eu fui uma neta privilegiada porque morei com a minha avó ao longos dos últimos 15 anos. Apesar da doença e de cada vez mais cuidados necessários no seu dia-a-dia, cuidei sempre da minha avó linda com muito orgulho! Para mim, a sua qualidade de vida tinha de estar em primeiro lugar.

Mimei-a sempre muito porque a minha avó é e será sempre uma grande senhora! É por isso que considero que a minha maior herança é o seu nome, Hortense!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Luisita

Este excerto que publico hoje dedico às Luísas da minha família: à minha mãe, à minha prima, à minha avó paterna e à minha bisavó materna (todas elas mulheres de garra, mas a minha mãe a mais de todas para mim, claro!):

Luisita era uma galante rapariga dos arredores.


O diminutivo com que a designo aqui, e que era o adoptado por todos, vale mais do que qualquer minuciosa descrição.


Nós, os peninsulares, não empregamos indiferentemente as variedades de diminutivos, que possui em abundância a nossa língua.


Entre uma mulher a quem chamamos Luisita e outra que nos valeu a mais doce denominação de Luisinha, vai uma diferença considerável; diferença de tipo, diferença de hábitos, diferença de carácter.
Uma será meiga, ingénua e sensível, quase sempre loura e alva, corando à menor palavra que lhe dirigires, baixando os olhos confusa, se a fitardes um momento; pronta a chorar de saudade, e tendo não sei o quê de triste até nas mais intensas alegrias. Na outra, pelo contrário, encontrareis certa petulância e travessura, que arroatarão com vossos olhares mais impertinentes, um rosto provocador, risos prontos e francamente jovais, movimentos vivos, respostas fáceis e naturalmente pragmáticas...

DINIS, Júlio, Os novelos da Tia Filomela, O espólio do Sr. Cipriano, Lisboa, Editorial Verbo, 1917 (?), p.p. 92-93.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Prazeres de estômago

Sopa de cação
E dentro de alguns minutos achava-me eu ao lado da tia Filomela, participando na sua mais que sóbria refeição.

Não há nada para aumentar a intimidade entre duas pessoas como um repasto em comum.

O estômago é um grande conciliador; tem um poder persuasivo tal que poucos corações lhe resistem, quando ele prega a concórdia - o que faz estando satisfeito.

DINIS, Júlio, Os novelos da Tia Filomela, O Espólio do Sr. Cripriano, Lisboa, Editorial Verbo, 1971(?), p.119.

domingo, 7 de novembro de 2010

Aqui e além...

Serra da Lousã
Aqui e além elevados castanheiros, frondosos caravalhos ou oliveiras verde pálido formavam pequenos bosques em volta de uma ou de outra habitação isolada, como para ocultar o mistério de alguma existência obscura que se deslizasse ali e concentrar no seio da família o grato calor dos lares domésticos que alimenta e vigora os mais afectuosos sentimentos do coração humano.

Cada uma desta habitações solitárias, assim envolvidas na sombra dos olivais, dos soutos ou das devessas, assim recatadas e discretas, como aquelas pessoas naturalmente pouco expansivas que se calam com as suas alegrias e experimentam gozá-las em silêncio na mais casta voluptusidade, me parecia encerrar um poema inteiro de íntimas felicidades. A cada uma delas asscoava a minha imaginação, obedecendo a não sei que irressistível necessidade de fantasiar uma vida de tranquilos e inefáveis prazeres, cuja só concepção me deleitava.

DINIS, Júlio, Os novelos da Tia Filomela, O Espólio do Senhor Cripriano, Lisboa, Editorial Verbo,1971 (?) , p. 96.

Natureza

Serra do Açor


A natureza empregara na tela as mil cambiantes da cor verde, própria às paisagens campestres, e, por um segredo de colorido que a arte mal pôde ainda imitar, soubera introduzir, na pintura em mosaico dessas verdejantes alcatifas, no meio de uma uniformidade aparente a mais aprazível variedade.

DINIS, Júlio, Os novelos da Tia Filomela, O Espólio do Sr. Cripriano, Lisboa, Editorial Verbo,1971 (?) , p.p. 95-96.

sábado, 6 de novembro de 2010

Borboleta Azul


A borboleta-azul (Maculinea alcon), é uma borboleta da família Lycaenidae que pode ser encontrada na Europa e Ásia setentrional. Pode ser vista durante o Verão. Como outras espécies de Lycaenidae, no seu estádio larvar (lagarta) depende do apoio de certas formigas; como tal é designada como uma espécie mirmecófila.

E eu tive a sorte de fotografar uma na vila de Useldange em Junho deste ano! Nunca tinha visto uma na vida... sempre há vantagens em visitar o Luxemburgo!

Fonte: Wikipédia.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CENTRO CULTURAL DO LUXEMBURGO

A antiga Abadia de Munster, localizada no Grund, é o actual Centro Cultural do Luxemburgo. Espaços culturais é coisa que não falta nesta cidade! Já lá estive duas vezes e ainda não consegui visitar todos... Este centro cultural não o vi por dentro, preferi ir ao Museu de História Natural, seu vizinho. Mas não resisti a visitar o magnífico pátio!


Neste local há vários concertos e exposições a visitar. Estacionar ao pé é que é impossível, a comprovar isso foi o de ter assistido a uma discussão de um brasileiro sobre o melhor sítio a estacionar o carro, chegando ao cúmulo de o deixar mesmo à porta da igreja... Visitar a pé a cidade seria o ideal se não fosse a chuva, sempre imprevisível. Mas neste dia, como podem ver pela luminosidade das fotografias, não me pude queixar! O sol estava meu amigo!!


Aqui fica um resumo em francês sobre o funcionamento deste espaço: L’ancienne abbaye articule ses espaces sur 3 niveaux autour de la cour (Agora Marcel Jullian) et du cloître. Expositions permanentes et temporaires, espace de production multimédia, salles de restaurant, brasserie, information interactive, salles de réunions, salles de conférences, salle de presse et espace de réception sont autant des fonctionnalités offertes par cet espace. A proximité du hall d’accueil général, le cloître Lucien Wercollier abrite les œuvres du grand sculpteur. Ces couloirs, le jardin contemporain et la terrasse offrent un espace d’intimité et de sérénité pour les réceptions et la promenade dans un cadre agréable et par ailleurs prestigieux.

Fonte: http://www.ccrn.lu/

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Colégio dos Jesuítas


Edifício imponente, do séc. XVII, com uma fachada de paredes altas e geométricas com remates nas portas principais e frontão de linhas ondulantes, que enobrece a Praça a República, mais conhecida por Alameda, em Portimão.
A igreja foi recentemente restaurada e aconselho a sua visita pela sua beleza!