O Aqueduto da Amoreira, localiza-se em Elvas, distrito de Portalegre, ligando o local da Amoreira à cidade de Elvas. Com 8,5 quilómetros de extensão, 843 arcos com mais de cinco arcadas e torres que se elevam a 31 metros de altura, é considerado o maior aqueduto da Península Ibérica. O
aqueduto
comporta um conjunto de diversas galerias, que numa primeira zona são
subterrâneas, e ao nível do terreno são formadas por quatro arcadas
sobrepostas, apoiadas em pilares quadrangulares e fortalecidas por
contrafortes semi-circulares, perfazendo uma altura de trinta e um
metros.
No início do reinado de Manuel I de Portugal,
este autorizou o lançamento de um imposto, o "Real de Água", para serem
executadas obras de conservação no poço medieval. Estas obras não
resolveram os problemas de abastecimento existentes, pelo que a
edilidade local pensou em construir um aqueduto que trouxesse a água desde os arrabaldes, no local da Amoreira, até ao centro da cidade.
Em 1537 João III de Portugal designou o arquitecto Francisco de Arruda, então mestre das obras do Alentejo e autor do Aqueduto da Água de Prata de Évora, para executar o projecto do novo aqueduto de Elvas. As obras iniciaram-se no mesmo ano, prosseguindo até 1542, data em que a extensão do canal chegava ao Convento de São Francisco.
Seguiu-se então a execução da parte mais complexa do projecto, uma vez
que depois dos seis quilómetros iniciais já edificados, os arcos do
aqueduto iriam aumentar de dimensão. A obra tornava-se cada vez mais
onerosa, embora os impostos cobrados aos habitantes da cidade destinados
à edificação do aqueduto fossem sendo aumentados ao longo dos anos.
As obras foram retomadas no início do século XVII, e cerca de 1610
concluiu-se que era necessário alterar o projecto do aqueduto,
dando-lhe mais altura, para que fosse possível levar a água até ao Largo
da Misericórdia. Esta decisão atrasou ainda mais a conclusão dos
trabalhos, devido não só às dificuldades práticas relacionadas com o
trabalho de engenharia como também pelo aumento dos custos do projecto.
Finalmente, em 1620
correram pelo aqueduto as primeiras águas dentro dos muros da cidade,
que iam então desembocar numa fonte provisória construída junto à antiga
Igreja da Madalena.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910 e integra o sítio denominado Cidade Fronteiriça e de Guarnição de Elvas e as suas Fortificações, classificado pela UNESCO como Património Mundial desde 2012.
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