Um escritor é uma pessoa comum. Vai muito pouca distância entre quem escreve e publica livros e as pessoas que o não fazem. Os mesmos sonhos, os mesmos desejos, as mesmas dúvidas, a conquista de algumas certezas, como a Terra ser quase redonda, a Lua andar à volta da Terra, os cães poderem ser fiéis até à morte aos seus donos, e outras têm pudor em falar das realidades impalpáveis, desejos impróprios, medos arrasadores que provêm dos sonhos da noite e habitam as madrugadas.
JORGE, Lídia, Em todos os sentidos, Alfragide, 2.ª edição, Publicações D. Quixote, 2020, p 231.
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