Mas: se o tempo se alongasse?
Se o tempo: um cavalo intenso
e de infinito mistério,
trazendo de novo agosto,
um cheiro a sério de rosas,
o caramanchão bordado,
o meu avô outra vez,
o pão que ele preparava,
a ternura nos seus dedos,
e o seu anel de uma pedra
que eu não consigo lembrar,
mas que a textura me lembra,
e que a sua cor por força
me ajudaria a lembrar?
Se ele trouxesse outra vez
as letras mortas e lentas
(...)
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