Faltar-me-ias tanto. Muito e tanto
como tarde de súbito a fugir
em direcção à noite. Corte tão
cheio de pagens e papoulas,
de canela e marfim.
Tudo sem ti, porém. Tudo sem ti.
(E repetir o verso faz-me bem
- consolo de quem tem o que
não há, ou seja: tu). Faltas-me em
sobressalto e em granito de
estátua que não está
e cujo corpo
nem sequer vi
nu.
(dedico este poema ao meu quase amigo P)
AMARAL, Ana Luísa, Imagias, Gótica, Viseu, 2002, p.72
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