(...)
Porém, não teve a coragem de o admitir, ou mesmo de actuar em conformidade com os seus sentimentos.
Chegou ao hotel com uma terrível sensação de mal-estar, que admitiu ser resultante da sua permanente dificuldade em mostrar o que sentia, ou seja, de dizer as palavras que ficavam sempre por dizer.
Tão pouco fora capaz de mostrar o seu interesse por Ayan. Mais uma vez prevalecera em «imagem» que se havia imposto transmitir de si própria, em detrimento dos seus sentimentos mais profundos. Seria alguma vez capaz de se revelar a alguém?...
CABRAL, Helena Sacadura, Caminhos do coração, Lisboa, Clube do Autor, 2011, p 118.
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