Nascemos, crescemos, fazemo-nos adultos e depois velhos. Não habitamos ao longo da vida um único corpo, e sim inúmeros, um diverso a cada instante. A essa corrente de corpos que uns aos outros se sucedem, e aos quais correspondem também diferentes pensamentos, diferentes maneiras de ser e de estar, poderíamos chamar universo – mas insistimos em chamar indivíduo.
AGUALUSA, José Eduardo, A Rainha Ginga e de como os africanos inventaram o
mundo, Lisboa, Quetzal, 2018, p. 219
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