Abriu a janela.
O que sucedeu então foi
noutra manhã: o galo do quintal
do vizinho anunciou a chegada
do verão. A luz hesitante talvez
nem consiga romper a Évora.
De súbito
o grito do pavão rasgo o céu
e, azul, pela janela
entrou o mar.
ANDRADE, Eugénio de, Ofício de Paciência, Porto, Assírio & Alvim, 2018, p. 41
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