Cansei os braços
a pendurar estrelas no céu.
Destino dos fados lassos.
Tudo termina em cansaços
braços e estrelas
e eu.
(...)
Reacendem húmus as ancas.
terras morenas e brancas,
campo do jogo androceu.
Afrouxam os braços lassos.
Tudo termina em cansaços,
terras
e braços
e eu.
Estrelas, pântanos, abismos,
patamares da mesma escada,
dedos da mesma aliança.
Tudo morre em tédio e em nada.
Tudo maça.
Tudo enfada. Tudo pesa.
Tudo cansa.
GEDEÃO, António, Poemas, Lisboa, Palavrão Associação Cultural, 2015, p. 52
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