Não quero dizer não nem dizer sim.
Não quero ser juíz nem advogado.
Amo a Vida, e não estou parado!
Não sei quem sou senão que sou assim...
Não quero grades nem portões. A mim,
Pés que não achais pé no campo arado!
A mim!, que o meu jardim é um descampado,
E não há cães de guarda ao meu jardim,
Deitai debaixo muro dor-prazer.
Sim, não, talvez, assim, nem sim nem não,
Já nada quero ou recusei querer.
E quando eu diga é futilmente vão!...
Que eu vivo, ou não, se é, ou não é, viver,
O puro Drama e a pura Solidão.
RÉGIO, José, Biografia, 6.ª edição, Guimarães, Ópera Omnia, 2020, p.44.
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