Tavira |
Apesar de o sol de agosto entrar
pela vidraça, chove.
No céu do sul, em qualquer lugar,
chove sobre os teus olhos,
não pára de chover.
Chove há tantos anos dentro de tudo
que dificilmente os teus olhos
serão olhos ainda.
Chove. Chove
sobre o mundo. Mesmo no verão.
ANDRADE, Eugénio de, Ofício de Paciência, Porto, Assírio & Alvim, 2018, p. 59.
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