“Tornar visível o tempo, a força do tempo”. Talvez se situe aqui o lugar, ou “sem o lugar” do Contemporâneo. Ele é este movimento entre o antes e o depois. Uma dança ao ritmo de tempos e de contratempos, num permanente desejo de acertar o passo com o par. É o movimento entre o dia e a noite, o crepúsculo já esbatido do que foi, a possibilidade do que ainda há-de vir a ser numa nova manhã. O contemporâneo “não é. Torna-se. Há-de vir. Devir”. É um trabalho, um processo de construção, um movimento, como se de um movimento de dança se tratasse, movimento que precisa de todas as partes do corpo, do espaço e do tempo para conseguir ser.
COSTA, Paula
Cristina, O Crepúsculo do contemporâneo, Lisboa, Passagens, 2020, pp. 95-96.
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