No promontório o muro nada fecha ou cerca.
Longo muro branco entre a sombra do rochedo e as lâmpadas das águas.
No quadrado aberto da janela ao mar cintila coberto de escamas e brilhos como na infância.
O mar ergue o seu radioso sorrir de estátua arcaica.
Toda a luz se azula.
Reconhecemos nossa inata alegria: a evidência do lugar sagrado.
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, Ilhas, Assírio & Alvim, 6.ª edição, 2016, p. 67.
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