Refeito aragem, pentearei os montes
sem já poder dizer o que não disse,
muito menos fazer, e muito menos dar.
Depressa me não verás, nem o amor
soltará seu tímido vagido, nem será
o banco de jardim onde te sentas:
pois em nenhum lugar passará a brisa
que nem sequer de ti terá saudade,
e assim te pagará com negação
os momentos, mementos, os teus olhos.
TANEM, Pedro, Rua de nenhures, Alfragide Publicações D. Quixote, 2013, p. 41.
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