sábado, 17 de dezembro de 2022

Estendes a mão

Estendes a mão direita, abres os dedos,

admites todo o ar quando fechares

o punho, abrindo o coração.

Só não respira: não sobra já

no teu pulmão um resfolgar qualquer.

um hálito poído. Assim a morte

é julgares ter seguro e circunscrito,

fora de ti,o que em ti já não tens.


 TAMEN, Pedro, Memória Indescritível, Lisboa, Gótica, 2000, p.36.

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