Transformaram-te em algo que não é um ser humano. Já não tens nenhuma capacidade de escolha. Estás condenado a actos socialmente aceitáveis, maquineta apenas capaz de fazer o bem. E agora já percebo claramente aquela história dos condicionamentos marginais. A música e o acto sexual, a literatura e a arte, tudo deverá ser agora uma fonte de dor e não de prazer. (...) Mas o verdadeiro pecado reside na intenção essencial. Um homem sem escolha deixa de ser um homem.
BURGESS, Anthony, A Laranja mecânica, Carnaxide, Prisa Edições, 2012, pp. 214-215.
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