Amor: o brilho da espada
Que corta as veias do tempo.
E eu ebriamente enrolada
Na onda de um teu movimento.
As nossas sombras unidas
Na estrela de sermos após
Os mortos desta guerra perdida
Para a ganharmos além de nós.
Maliciosa criação do mundo
Que, fulmíneo, o Amor dará por findo.
Eu e tu afogados no fundo
Numa só boca a cantar no cimo.
CORREIA, Natália, Antologia poética, Lisboa, D. Quixote, 2013, p. 74
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