Portimão |
As vagas vão e vêm na cadência do sangue
que ao coração acorre,
e ecoam bravamente como vozes antigas,
brados, imprecações, emparedadas vozes,
que em espasmos se prolongam acentuando a origem.
São vozes sibiladas, palavras que circulam
entre os destroços, e os roem mais que a água.
GEDEÃO, António, Poemas - Uma antologia bilingue, Lisboa, Palavrão - Associação Cultural, 2015, p.150
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