quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Reconheci-te

Reconheci-te logo destruída

Sem te poder olhar porque tu eras

O próprio coração da minha vida

E eu esperei-te em todas as esperas.

 

Conheci-te e vivi-te em cada deus

E do teu peso em mim é que eu fui triste

Sempre. Tu depois só me destruíste

Com os teus passos mais reais que os meus.

 

 Porquê P?

ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, Obra do mar, Caminho, 5.ª edição, 2005, p. 62.

Sem comentários: